quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Em 2022, brasileiro será obeso como americano


Um estudo do Ministério da Saúde mostra que os problemas de sobrepeso e obesidade pioraram tanto no Brasil que em 2022, mantida a atual situação, a população brasileira será tão obesa quanta a americana. Em 2006, 42,7% dos brasileiros estavam acima do peso, percentual que saltou para 46,6% no ano passado. "Estamos sentados em cima de uma bomba-relógio", disse o ministro da Saúde, Jose Temporão, que vai entregar à presidente eleita, Dilma Rousseff, o Plano de Enfrentamento da Epidemia da Obesidade. Uma das ideias é fazer a indústria reduzir os teores de açúcar e sal nos alimentos processados. Não por acaso, o diabetes passou a ser a terceira maior doença causadora de mortes no país.

Quase metade dos brasileiros está acima do peso

Estudo do Ministério da Saúde revela que indicadores pioraram e, em 2022, podem se assemelhar aos dos EUA

O Brasil está vencendo o fantasma histórico da fome, mas caminha rapidamente para se equiparar à nação mais obesa do mundo.

Estudo divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que, embora o país já tenha atingido a meta de redução da desnutrição infantil fixada pela Organização das Nações Unidas (ONU), os indicadores de sobrepeso e obesidade pioraram tanto que, mantidas as condições atuais, serão semelhantes aos dos Estados Unidos em 2022. Às vésperas de sua provável saída do cargo, o ministro José Gomes Temporão, desde 2007 no comando da pasta, anunciou ontem que reagirá a essa realidade: entregará à presidente eleita, Dilma Rousseff, o Plano de Enfrentamento da Epidemia da Obesidade.


Além de promover ações educativas para estimular a prática de atividades físicas e melhorar a qualidade da alimentação, a ideia é fazer acordos com a indústria de alimentos para reduzir os teores de açúcares e sal. Seriam semelhantes aos que diminuíram os teores de gorduras trans. O retrato do Brasil obeso consta do relatório Saúde Brasil 2009. Em 2006, 42,7% dos brasileiros estavam acima do peso, percentual que saltou para 46,6% no ano passado. Os obesos (com índice de massa corporal muito acima do desejável) passaram de 11,4% a 13,9%. Nos EUA, a prevalência é mais que duas vezes isso (33,8%). Não por acaso, no Brasil, os doentes de diabetes - que tem o excesso de peso entre suas principais causas - aumentaram de 5,2% para 5,8%. Em apenas três anos, a doença passou a ser a terceira maior causadora de mortes no país (49 mil em 2008), atrás apenas dos males isquêmicos do coração (94 mil) e cardiovasculares (97 mil). Em 2005, os homicídios ocupavam a terceira posição. Num período maior, de 1996 a 2007, as mortes por diabetes cresceram 10%.

Fonte: CRN2

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Estudos que podem melhorar a saúde


A cada semana novas pesquisas chegam a conclusões mais ou menos úteis sobre o que fazer para viver melhor. Ao lado, alguns exemplos da safra 2010
Redação Época


1. Junk food e depressão
Uma ALIMENTAÇÃO baseada em carnes processadas, GORDURAS TRANS e saturadas, cereais refinados, açúcar e aditivos alimentares dobra o risco de depressão na meia-idade, segundo o British Journal of Psychiatry.


2. Enxaqueca crônica e infarto
As pessoas que sofrem de enxaqueca têm o dobro do risco de infarto, afirmou a revista científica Neurology. Esses pacientes também teriam mais chance de sofrer derrames e desenvolver outros fatores de risco


3. Fibras contra a barriga
A ingestão diária de muita fibra pode prevenir o ganho de peso e o aumento da circunferência abdominal, fatores de risco cardiovascular, diz um estudo holandês publicado no American Journal of Clinical Nutrition.


AFP 4. Uma hora para perder peso
Para manter o peso saudável, a mulher deve se exercitar ao menos uma hora por dia, cinco a seis vezes por semana, a crer num estudo com mais de 34 mil mulheres publicado no Journal of the American Medical Association.


5. O pão branco virou vilão
O consumo frequente de carboidratos refinados (presentes no pão branco e nos biscoitos) aumenta o risco de problemas cardiovasculares. O estudo foi realizado na Dinamarca com 53 mil adultos durante 12 anos.


6. O efeito dos antidepressivos
As queixas dos pacientes sobre ganho de peso, tremores, diminuição da libido, insônia etc. são subestimadas pelos médicos, diz um estudo publicado no Journal of Clinical Psychiatry. cardiovascular.


7. Sexo oral e câncer de boca
O HPV, transmitido sexualmente, também pode causar câncer na região da boca, segundo cientistas da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos. Eles afirmam, porém, que esse risco é baixo.


8. Estresse e gravidez
O estresse reduz em 12% a chance de engravidar, afirmam cientistas da Universidade de Oxford, da Inglaterra. Eles testaram 274 mulheres de 18 a 40 anos que pretendiam engravidar.


9. A super-TPM feminina
Noites mal dormidas podem piorar a agressividade e a falta de interesse sexual no período que antecede à menstruação, segundo uma pesquisa da Unifesp que usou ratas como cobaias.


10. Bactérias no touch screen
A revista britânica Which? analisou 30 aparelhos celulares. Sete tinham altos índices de contaminação. Os especialistas recomendam que a tela seja limpa com panos levemente úmidos.


Fonte: CFN

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Nova matemática do colesterol

O mais amplo estudo sobre a eficácia e a segurança das estatinas mostra que esses medicamentos contra o maior inimigo do coração podem ser usados em doses mais altas do que as habituais e que as metas para os níveis de LDL devem ser revistas.Desde que foi identificado pela primeira vez, na década de 60, como um fator de risco para doenças cardiovasculares, o colesterol passou a ser medido por taxas padronizadas. O estabelecimento de parâmetros foi fundamental não só para o controle da saúde do doente, como para o desenvolvimento de estratégias de prevenção a infartos e derrames. De lá para cá, os estudos científicos aperfeiçoaram os métodos de medição e reduziram drasticamente os níveis de colesterol considerados ideais. Hoje, os médicos trabalham com dois tipos de colesterol - o bom (o HDL) e o mau (o LDL). O foco, porém, é o LDL, a molécula desencadeadora da formação das placas de gordura. Quem tem histórico de doença cardiovascular deve mante-lo a 70 miligramas por decilitro de sangue. Quem nunca teve o problema, mas apresenta dois ou mais fatores de risco (ou seja, fuma, tem mais de 55 anos, é diabético e/ou hipertenso), pode chegar a um LDL de 100. Os saudáveis devem ficar num máximo de 130.


A lógica das metas padronizadas, no entanto, começa a ser questionada. Já é razoável o número de especialistas que pautam o tratamento na quantidade de LDL a ser reduzida - e não necessariamente com vistas a atingir esse ou aquele índice. É o que eles chamam de redução fracionada de colesterol. De acordo com seus defensores, independentemente da taxa inicial, com quedas a partir de 20 miligramas mas no LDL, é possível diminuir bastante a possibilidade de ocorrência de infartos e derrames. "A redução fracionada é uma forma revolucionária de abordar o colesterol", diz Raul Dias dos Santos, cardiologista do Instituto do Coração e presidente do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia. "No dia a dia dos consultório é mais plausível do que tentar fazer com que um paciente chegue a índices, não raro, inatingíveis." De fato, um terço dos doentes (o que equivale a cerca de 10 milhões de brasileiros) simplesmente não consegue alcançar os parâmetros em vigor - nem com a adoção de uma VIDA SAUDÁVEL. nem por meio das doses usuais de medicamentos anti colesterol.


Em geral os especialistas trabalham com diminuições por meio de estatinas de, no máximo, 40 miligramas de LDL. Não prescrevem. portanto, as quantidades mais elevadas indicadas nas bulas, com receio de efeitos colaterais graves, como hemorragia cerebral, câncer de intestino, de mama e problemas musculares. Um trabalho publicado recentemente na revista científica inglesa The Lancer mostrou que é possível usar doses maiores. a fim de chegar a um limite de 80 miligramas de queda, sem prejuízos à saúde. Isso significa que como não dá para ir além desse patamar apenas com estatinas. e esse patamar nem sempre é suficiente para atingir as metas preconizadas universalmente, a redução fracionada de colesterol é um bom caminho. O novo estudo é o mais amplo já realizado sobre a eficácia e a segurança desses remédios. Trata-se de uma análise exaustiva das 26 pesquisas mais extensas feitas a respeito de tais medicamentos nos últimos quinze anos. O levantamento envolveu 170 000 voluntários e foi patrocinado pelos governos inglês e australiano e por associações médicas dos dois países. Constatou-se que baixar 80 miligramas nos índices de LDL reduz em 45% a probabilidade de sobrevirem doenças cardiovasculares. Tamanho benefício foi visto tanto entre os participantes do grupo de cardíacos quanto entre os pertencentes ao grupo de risco.


Como se aplica, na prática, a nova matemática do colesterol? Tome-se, por exemplo, um paciente que já sofreu infarto e apresenta 180 de LDL. Pelas normas atuais, ele seria incentivado a atingir 70 de LDL Pela lógica da redução fracionada, e a levar-se em conta o máximo sugerido pelo estudo publicado na Lancer, o objetivo desse paciente seria chegar a 100 de colesterol ruim (180 menos 80). Da mesma forma, outro paciente com o mesmo perfil, mas LDL de 120. seria estimulado a chegar a 40 (120 menos 80), em vez dos tradicionais 70. "Esse raciocínio deve influenciar as próximas diretrizes médicas para a prevenção e o tratamento dos distúrbios cardiovasculares", diz Roberto Kalil, cardiologista do Instituto do Coração e diretor do centro de cardiologia do Hospital Sírio-libanês, em São Paulo. O índice de colesterol inicial dos voluntários do levantamento variou, em média, de 80 a 150 miligramas. Obviamente, nunca se cogitou zerar o LDL: apesar de seus malefícios, ele integra processos vitais. Em quantidades adequadas, a substancia é fundamental na fabricação de hormônios e na formação da membrana das células de todo o organismo.


"Para que essas funções não sejam comprometidas, é preciso manter a taxa mínima de 40 miligramas de LDL". afirma o cardiologista Marcus Bolívar mala chias, presidente do departamento de HIPERTENSÃO da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Em 60% dos usuários de estatinas, e que não as associam a outros tipos de remédio nem seguem um estilo de VIDA SAUDÁVEL, só se consegue uma queda de 80 miligramas por meio da ingestão das doses máximas determinadas pelos fabricantes. "Até a publicação da pesquisa anglo australiana, não havia um estudo conclusivo sobre se era seguro prescreve-as". diz o cardiologista Marcus Malachias. Um grupo de voluntários, entre cardíacos e não cardíacos, recebeu o dobro da quantidade de estatinas normalmente utilizada - de 20 miligramas diárias de Rosuvastatina (princípio ativo do Crestor e do vivador. entre outros) a 80 miligramas de Sinvastatina e de atorvastatina (vendidas sob os nomes comerciais de Zocor e Lipitor. entre as marcas mais famosas). Nesse grupo, a incidência de câncer e hemorragia cerebral foi a mesma em relação àqueles que tomaram placebo - 1,4% e 0%, respectivamente. Ou seja, de acordo com esses resultados, as doses máximas de estatinas estão liberadas para todos. Até então, elas só eram indicadas aos pacientes considerados de altíssimo risco aqueles com LDL acima de 200.
A família da dona de casa Guiomar Cruz Antônio, de 68 anos, convive com o fantasma do colesterol alto há vinte anos. Em meados dos anos 80, ao receber o diagnóstico de 327 de LDL, Guiomar foi enfaticamente aconselhada a mudar de modo radical seu estilo de vida, com a adoção de uma DIETA com pouca gordura e a prática de exercícios físicos diários. Em 1994, foi a vez de sua filha Gisele descobrir ser portadora do problema da mãe: seu LDL era de 330. Além de mudar de hábitos, ela foi medicada com estatina. Em 1998, constatou-se que Felipe. filho de Gisele, sofria do mesmo mal: 204 de LDL. com apenas 10 anos de idade. Por causa desse índice tão elevado para uma criança, ele recebeu desde o início a indicação de tomar doses máximas de estatina. Nenhum deles atingiu as taxas preconizadas de 100 miligramas de LDL, mas conseguiram baixá-las em 50%. "A luta para chegar aos 100 é muito angustiante", diz Guiomar. O novo estudo mostra, porém, que a batalha dos Cruz Antônio já rendeu excelentes resultados.


O histórico da família de Guiomar retrata a evolução no tratamento contra o colesterol. Até a década de 80, as indicações praticamente se resumiam a mudanças no estilo de vida. Mas, do total de casos de LDL alto, 5% são determinados principalmente pela genética, contra a qual não fumar, fazer ginástica e ter uma DIETA equilibrada contribui pouco por si só. A imensa maioria dos pacientes mais antigos só conseguiu fazer o LDL baixar para níveis normais ou próximos a ele a partir de 1987, quando foi lançada a primeira estatina. a lovastatina. Atualmente, as estatinas são consumidas regularmente por cerca de 30 milhões de pessoas. das quais cerca de 1 milhão estão no Brasil. A ação do remédio consiste em impedir a fabricação do colesterol diretamente no fígado. Seus efeitos adversos mais comuns são dores musculares. Cerca de 10% dos pacientes relatam tais sintomas. Em 3% deles. o mal-estar é caracterizado como "insuportável" e o tratamento tem de ser abandonado. Por algum motivo ainda não desvendado, as estatinas podem intoxicar as células musculares, ao estimular o acúmulo de gorduras dentro delas. O excesso desses lipídeos faz com que elas entrem "em sofrimento". levando as à morte. E nesse processo que o paciente sente dor.


As lesões musculares. por sua vez. propiciam a fabricação de quantidades elevadas da enzima CPK. Entre as pessoas tratadas com estatinas, o nível de CPK pode ser até dez vezes maior do que o normal. Por isso, a enzima é o mais importante marcador desse efeito adverso causado pelas estatinas. Dores musculares foram verificadas entre os participantes na Lancer. No grupo que tomou as doses mais altas de estatinas, a proporção de relatos sobre dores musculares foi de quatro em cada 10000 pessoas. No das dosagens mais baixas, de um em cada 10000. O diabetes é outro efeito adverso das estatinas. No novo trabalho. não se tocou no assunto. Sabe-se, no entanto, que a probabilidade de desenvolvimento da doença é 9% maior. porque esses medicamentos dificultam a entrada da insulina nas células. Ainda assim, para os especialistas. quando há risco cardiovascular, os benefícios proporcionados pelas estatinas são maiores do que o risco de diabetes oferecido por elas.


Em excesso, o colesterol ruim provoca a oxidação da camada interna dos vasos sanguíneos, levando-os à inflamação. O organismo reage ao processo inflamatório enviando para o local células de defesa. Ao final, a batalha é sempre perdida, visto que as células de defesa acabam se depositando na parede das artérias, o que contribui para a formação das placas de gordura - o aglomerado de células libera enzimas que atraem outras substancias. como cálcio, colágeno e o próprio LDL. Desse modo, formam-se as obstruções. As estatísticas mundiais indicam que metade dos adultos tem LDL alto. O principal fator de proteção contra ele é a produção de outro tipo de colesterol, o Hdl . O colesterol tem a função de "varrer" o excesso de LDL acumulado. Os medicamentos existentes hoje no mercado agem pouco no aumento da quantidade do bom colesterol. As estatinas, por exemplo, conseguem elevar em até 20% apenas as taxas de HDL - o equivalente ao que se obtém com a atividade física regular. Um trabalho publicado em novembro, na revista médica The New England Journal of Medicine, mostrou resultados promissores de testes em humanos feitos com um medicamento experimental, o anacetrapibe, do laboratório MSD. A molécula aumentou em 138% o colesterol bom, além de reduzir em 40% o colesterol ruim.


A maioria dos doentes tem como principal causa para o aumento do LDL os maus hábitos cotidianos, como sedentarismo, DIETA rica em gordura e tabagismo. Para o administrador de empresa Denny Cimatti, de 32 anos, a mudança de estilo de vida foi determinante no controle do colesterol. Aos 18 anos, ao receber o diagnóstico de que seu LDL estava em 130. mudou radicalmente sua DIETA: cortou a gordura da ALIMENTAÇÃO e intensificou a atividade física. Seu colesterol se normalizou. O ritmo regrado durou doze anos. Aos 30, Cimatti acumulou trabalho e um curso de pós-graduação. Resultado: aos 31, seu colesterol ruim havia saltado para 180. Ele passou a tomar estatina e tentar manter uma VIDA SAUDÁVEL. Pela nova matemática, pode chegar a 100.


Agora, também com remédio

A adoção de um estilo de VIDA SAUDÁVEL foi fundamental para a redução do colesterol do administrador de empresas Denny Cimatti, hoje com 32 anos. De 1996 até dois anos atrás, ele conseguiu manter o LDL sob controle graças a uma ALIMENTAÇÃO saudável e à prática regular de exercícios físicos. Em 2008, quando começou a trabalhar e a fazer um curso de pós-graduação, sem tempo para a ginástica e hábitos à mesa adequados, os níveis de LDL foram às alturas, chegando a 180. Dessa vez, os médicos não pensaram duas vezes. O tratamento inicial não poderia basear-se apenas em um dia a dia mais regrado. Desde então, Cimatti passou a tomar estatina.

Fonte: CFN

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Papinha: pesquisa mostra que receitas têm mais sódio e menos ferro do que o recomendado


Você já acrescentou mais sal na papinha do seu bebê porque achou que estava sem graça para o seu paladar? Ou então tirou a carne na hora de servir porque pensou que ele poderia engasgar? Uma pesquisa, feita em parceria pela Universidade Federal de São Paulo e a Universidade do Estado do Pará, mostrou que a papinha feita em casa para crianças de 6 a 18 meses tem mais sódio e menos ferro do que o recomendado – e quanto menor a condição social, pior a alimentação.


O brasileiro consome, em média, o dobro da recomendação diária de sódio, que é 6 gramas. “A regra é a mesma: a alimentação do bebê segue a da família. Por isso é comum que os pais, acostumados com comida salgada, coloquem sal em excesso na papinha”, afirma Giovana Longo-Silva, nutricionista, do departamento de pediatria da Universidade Federal de São Paulo. No começo, o sal não vai causar nenhum problema para a saúde do seu filho. Mas, como o sódio vai se acumulando no nosso organismo ao longo dos anos, o consumo além do ideal pode provocar hipertensão arterial – segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, hoje 30% da população brasileira sofre com esse problema. Se você quiser acrescentar sal no preparo da papinha (na verdade, ele é opcional), ponha uma pitada bem pequena. A regra é: se para o paladar adulto está insosso, então, é o suficiente para o bebê.


O segundo alerta da pesquisa é sobre o consumo de ferro, menor do desejado. Nessa pesquisa, 60% dos bebês tinham deficiência do nutriente, que provoca anemia – de acordo com um levantamento feito pelo Ministério da Saúde, 53% das crianças menores de 3 anos têm algum grau da doença. Para alcançar a recomendação, que é de 11 miligramas/dia, ofereça um tipo de carne, qualquer um, nas refeições principais (almoço e jantar). “O bebê não vai engasgar com a carne. Quando ele não consegue engolir, ele cospe”, diz a nutricionista. Outros alimentos, como feijão e ovo, também têm ferro, mas em menor quantidade. Para facilitar a absorção do nutriente, sirva, até meia hora depois da refeição, uma fonte de vitamina C, como um suco de laranja, por exemplo. E, se tiver alguma dúvida sobre a alimentação do bebê, não deixe de esclarecê-la com o pediatra.

Fonte: Revista Crescer

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Energéticos e o risco de alcoolismo

Uma nova pesquisa, feita nos Estados Unidos, verificou uma importante associação entre o consumo de bebidas energéticas e o risco de desenvolver alcoolismo.

O estudo, que será publicado na edição de fevereiro da revista Alcoholism: Clinical & Experimental Research, avaliou dados de mais de 1 mil estudantes universitários, dos quais 10,1% disseram ingerir energéticos pelo menos uma vez por semana.

Segundo o trabalho, aqueles com elevado consumo de energéticos (52 vezes ou mais por ano) apresentaram risco significativamente maior de desenvolver dependência de bebidas alcoólicas e se embebedavam mais e mais cedo (com relação à idade) do que os demais.

O estudo destaca que os energéticos contêm bastante cafeína e podem levar ao desenvolvimento de outros problemas, além da perda de sono. Segundo o trabalho, uma importante preocupação é que a mistura de energéticos com bebidas alcoólicas pode levar a um estado de “embriaguez desperta”, na qual a cafeína mascara a sensação de embriaguez sem reduzir os prejuízos causados pelo estado.

O resultado é que o usuário se sente menos bêbado do que realmente está, o que pode levar a consumir quantidades ainda maiores de bebida. “Os resultados reforçam a necessidade de maiores investigações a respeito dos possíveis efeitos negativos para a saúde das bebidas energéticas e dos riscos de seu consumo misturado com o álcool”, destacaram os autores.

“A cafeína não se opõe ou cancela os prejuízos associados com a embriaguez, ela apenas disfarça os marcadores mais óbvios desse estado. O fato de que não há regulação a respeito da quantidade de cafeína nas bebidas energéticas é desconcertante”, disse Amelia Arria, da Universidade de Maryland, um dos autores da pesquisa.

Fonte: Agência FAPESP

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Macarrão instantâneo é campeão em sódio


Macarrão instantâneo, batata frita e biscoito de polvilho são os alimentos industrializados com maior teor de sódio, gordura saturada e trans, respectivamente. A constatação é de um estudo da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que analisou mais de 20 categorias de produtos.


O consumo elevado de sódio pode aumentar a pressão arterial e levar à hipertensão. A ingestão de gordura trans e gordura saturada acima dos níveis recomendados pode causar problemas cardíacos.


O caso do macarrão instantâneo com tempero foi um dos que mais chamou a atenção devido ao alto teor de sódio. Dependendo da marca do produto, a pessoa ingere em uma porção até 167% do sódio recomendado para o consumo diário.


A Anvisa comparou 12 marcas de macarrão instantâneo: algumas têm duas vezes mais sódio que outras.


"O consumidor precisa comparar os produtos, há fabricantes que já conseguem produzir alimentos mais saudáveis", diz Maria Cecília Brito, diretora da Anvisa.
Na análise da gordura saturada, a batata frita foi o alimento considerado "vilão". Também houve, nesse caso, grande variação entre as 28 marcas pesquisadas. Há marcas que contêm até cinco vezes mais gordura saturada que outras concorrentes.


Em nota, a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação afirmou estar "surpresa" com a divulgação do estudo da Anvisa, porque esperava discutir o tema em um evento na próxima semana.


Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO – SP

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Falta de tempo não é desculpa...


Uma barra de cereal, por exemplo, serve perfeitamente para as refeições intermediárias


Na vida corrida que a grande maioria da população vive hoje é aparentemente impossível ter uma ALIMENTAÇÃO de acordo com as regras básicas da boa NUTRIÇÃO, ou seja, comer devagar, mastigar bem, não passar muito tempo sem se alimentar, comer ALIMENTOS saudáveis, entre outras coisas. É muito mais comum ver pessoas almoçarem quase ao mesmo tempo em que trabalham.


As consequências são as mais diversas e sempre negativas. O mais comum são ganho de peso indesejado, gases, má digestão, azia, gastrite etc. A nutricionista Michelle Santos explica que isso acontece principalmente porque como a pessoa não mastiga direito o corpo acaba produzindo mais suco gástrico e ácido clorídrico, o que provoca essa inflamação no estômago.



Uma das informações mais básicas é sobre a importância do "café da manhã", o chamado desjejum. "O corpo passa de oito a 10 horas dormindo, e durante esse tempo ele não se alimenta. O café da manhã é justamente o que repõe as energias que o corpo precisa para gastar durante o dia", lembra.


Após o café, o correto é a cada duas horas e meia ou três horas fazer um pequeno lanche. Essa é outra ação que parece impossível para muitas pessoas que trabalham durante o dia inteiro. "Pode parecer, mas é apenas uma desculpa. É sempre possível. Não precisa ser um sanduíche e um copo de suco. Uma barra de cereal, por exemplo, serve perfeitamente e cabe no bolso. Ou mesmo um copo de água de coco. E para isso falta de tempo não é desculpa", ressaltou Michelle Santos.


Outra informação errada, de acordo com a nutricionista, é achar que deixando de fazer essa ALIMENTAÇÃO está perdendo calorias e com isso perdendo peso. "O corpo precisa de ALIMENTOS e quando você deixa de fazer uma destas refeições ele vai acabar cobrando mais tarde. O resultado é que vai comer muitos mais do que devia", disse.


Em resumo, o básico de uma ALIMENTAÇÃO adequada é fazer seis refeições diárias para que o corpo tenha todas as energias que necessita para trabalhar bem. "E este corpo precisa absorver bem esses ALIMENTOS, ou seja, mastigar bem e não inserir líquidos enquanto come são dois exemplos de ações corretas", concluiu.

Fonte: CFN

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Nutricionistas dão dicas de como evitar o sobrepeso e a obesidade

No Brasil, de acordo com o IBGE, são 38,8 milhões acima do peso!!!

A OBESIDADE já pode ser considerada uma epidemia do século XXI. Segundo a World and Health Organization um terço da população mundial está acima do peso, um alerta oportuno na semana do Dia Nacional do Controle da OBESIDADE. Somente no Brasil, de acordo com o IBGE, são 38,8 milhões com sobrepeso ou OBESIDADE, o que representa aproximadamente 22% da população.



E não são apenas os adultos que sofrem com o excesso de peso, pesquisas mostram que 28% das crianças brasileiras até os cinco anos de idade está acima do peso. Crianças que chegam aos 10 anos de idade acima do peso têm 80% de probabilidade de virar um adulto obeso.


A OBESIDADE não é problema estético, mas sim de saúde. Diversas doenças como diabetes, doenças cardiovasculares, pulmonares e intestinais além de câncer estão relacionadas ao excesso de peso.


Entre os causadores, além de fatores genéticos, podemos destacar fatores comportamentais como o sedentarismo, maus hábitos alimentares, uso excessivo de álcool e medicamentos e fatores ambientais.


Atualmente algumas estratégias são usadas na perda de peso, entre elas a REEDUCAÇÃO ALIMENTAR, a prática regular de atividade física, o tratamento da disbiose e da inflamação.


Confira algumas dicas elaboradas pelas nutricionistas da rede Mundo Verde Flávia Morais, Natalia Lautherbach e Thais Souza para prevenir evitar o sobrepeso e a OBESIDADE:

Procure realizar de cinco a seis refeições ao dia, em pequenas quantidades;


Mastigue bem os ALIMENTOS e realize suas refeições em locais tranqüilos, pois favorece o processo de digestão;


Não fique mais de três horas sem se alimentar, estabeleça horários regulares para realizar suas refeições;


Consuma variedades de frutas, verduras e legumes, de preferência orgânicos;


Inicie as principais refeições pelo consumo de saladas de hortaliças, pois são fontes de fibras e promovem saciedade;


Beba bastante líquidos como água, chás e sucos naturais. Os sucos industrializados devem ser evitados já que contém corantes, conservantes, aromatizantes e açúcares;


Substitua os cereais refinados por cereais integrais, tais como: arroz, massas, biscoitos e pães integrais, pois são fontes de fibras, vitaminas e minerais;


Evite frituras e ALIMENTOS gordurosos, prefira as preparações cozidas, assadas, grelhadas ou refogadas;


Evite doces, refrigerantes, ALIMENTOS enlatados, embutidos e outros produtos industrializados;


Inclua na DIETA quinua e amaranto, cereais integrais que são fontes de triptofano. Esse nutriente aumenta a produção de serotonina, um neurotransmissor que diminui a compulsão alimentar. Outras fontes de triptofano são: banana, damasco e açaí;


A prática regular e orientada de atividade física é fundamental, pois aumenta a queima de calorias e promove uma série de benefícios à saúde. Opte por uma atividade física que lhe agrade, como caminhar, andar de bicicleta e nadar.


Lembre-se: Não existe uma DIETA padrão ou uma fórmula milagrosa para perda de peso. O emagrecimento deve ocorrer de forma lenta e gradual, sendo necessário o acompanhamento nutricional por no mínimo um ano para que o indivíduo possa se adaptar a nova rotina alimentar e diminuir a dependência por ALIMENTOS gordurosos e ricos em carboidratos.


Fonte: CFN

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Site sobre Prevenção de Infecções

Olá pessoal!!!

Gostaria de divulgar um site que fala sobre a Prevenção de Infecções Associadas!!!!

Aí vai o link: http://prevencaodeinfeccoes.com

Vale a pena dar uma conferida.

Abraço

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Vantagens do consumo de cada tipo de leite



Alimento é rico em cálcio e em ácido linoleico, substância que ajuda a combater doenças como diabetes e câncer.




A preocupação com uma ALIMENTAÇÃO saudável é o tema da coluna de ciência e tecnologia do Bom Dia Brasil: Você Não Sabia, Mas Já Existe. O assunto é o leite.





Descobrimos muitas coisas que a gente acha que sabe, mas na verdade não sabe sobre o leite. A professora Licínia dá aula numa faculdade de NUTRIÇÃO, trabalha para uma associação que reúne produtores de leite, mas também faz seus próprios estudos.





O laboratório mais parece uma cozinha, mas lá não há carnes, verduras, legumes.... Só tem leite. Nele são feitas misturas, experimentos e ela garante: o leite é um dos ALIMENTOS mais completos.





"Não só por seu valor proteico, mas por agregar vários tipos de nutrientes essenciais ao ser humano. E serve para pessoas de todas as idades", explica a nutricionista.





Todas estas pessoas estão de olho no cálcio, mineral importante, especialmente para idosos, que podem ter os ossos enfraquecidos com o tempo, mulheres grávidas, que precisam de mais cálcio para a formação do bebê e ainda para garantir o crescimento saudável das crianças.





Mas algumas pessoas têm alergia ao leite e precisam de substitutos. E aí, o que fazer?



"A pessoa que tem aleergia ao leite de vaca normalmente apresenta uma boa tolerância ao leite de cabra", diz a professora Licínia.



Para substituir o calcio do leite, alguns apostam em verduras e legumes. Mas não é tão simples assim, segundo a professora.



"Para a pessoa absorver a mesma quantidade que teria absorvido com uma xícara de leite ela precisaria extrapolar no consumo de hortaliças, de vegetais. Um prato só não daria", diz a especialista.



Uma outra dúvida aparece na hora de comprar o leite e por causa da grande variedade. Tem desnatado, semidesnatado, integral. Qual é o melhor?



O que muda é a quantidade de gordura e de um nutriente: o áccido linoleico conjugado, CLA na sigla em inglês, como explica a professora: "O ácido linoleico conjugado está sendo alvo de muitas pesquisas nos Estados Unidos por que ele combate a diabetes, combate a arteriosclerose e combate o câncer", diz a professora Licínia.



A diferença entre o leite desnatado e o integral é visível. Quando viramos o copo com o segundo, fica uma camada grossa, enquanto no desnatado ela some rapidamente. Aparentemente o leite integral é mais grosso que o desnatado.



No desnatado, quando a gordura é retirada o ácido vai junto. Este tipo de leite é indicado para quem tem colesterol alto.



O integral tem o ácido linoleico, mas muita gordura. Daí ser ideal para crianças que não tenham problemas de OBESIDADE.



O semidesnatado reúne o ácido e uma dose menor de gordura. Por isso pode sere consumido por qualquer pessoa saudável.



Todos os tipos de leite têm a mesma quantidade de cálcio. Informação importante para dona Maria de Lourdes, de 53 anos, que já sente os ossos enfraquecerem. No caso dela, o ideal seria consumir três porções de produtos lácteos por dia, segundo a professora Licínia.



"Pode ter uma fatia de queijo, poder ser um pudim, um iogurte", explica a nutricionista.
Alessandra, que é bancária, não gosta de leite. Ela só consome o produto junto com café ou achocolatado.



"Neste caso a absorção de cálcio já fica prejudicada por causa da cafeína. Mas ela pode substituir o leite por algum outro produto lácteo", esclarece a professora.



Na mistura com o chocolate vale a mesma dica: controlar a quantidade para não atrapalhar a absorção de cálcio. Aliás, atenção atletas: pesquisadores estão comprovando que durante o exercício físico quem bebe leite tem um rendimento melhor e gasta mais calorias.



É ou não é uma boa notícia?
Mas o que a doutora Licínia defende é que se coma de tudo. Tenha uma ALIMENTAÇÃO balanceada. Basicamente é o que pensa também a doutora Vania Barberan, outra nutricionista. Ela explica onde encontrar o cálcio fora do leite.



"Nos vegetais verde escuro, nos folhosos em geral, como brócolis, couve principalmente, na salsinha, nas sementes, nos cereais integrais. Quando falamos em sementes também falamos das castanhas, das oleaginosas, que são as melhores fontes de proteína vegetal.



Agora falando sobre o CLA, o ácido graxo, tão importante para atletas, o que as pesquisas estão mostrando?



"As pesquisas sobre o CLA são como elemento isolado. No leite ele faz tão bem quanto todos os outros nutrientes presentes. O que a gente tem que entender é que o cálcio não deve sair do osso e devemos tomar medidas preventivas. Isso através do consumo moderado de todos os ALIMENTOS, principalmente cereais integrais e verduras com cor verde forte. E também o exercício físico. Agora, sem exposição ao sol não há cálcio que se consuma e seja absorvido. Então a gente tem que ter uma exposição moderada e exercício", diz a doutora Vania.




Fonte: CFN

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Homens registram mais sobrepeso do que as mulheres, constata IBGE


Mais homens estão acima do peso que mulheres. É o que constata a Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que avaliou as medidas de 188 mil pessoas no país. Divulgada hoje, 27, a pesquisa mostra que 50,1% dos homens estão com excesso de peso, enquanto entre as mulheres o percentual é de 48%.

Fator de risco para a saúde, o problema tem aumentado entre os adultos desde a década de 1970, quando o índice de sobrepeso era de 18,5% para os homens e 28,7% para as mulheres. Isso também se reflete na obesidade. De acordo com o dados, um a cada quatro homens sofre de obesidade (12,5%) e uma a cada três mulheres (16,9%).

Tanto o excesso de peso quanto a obesidade foram constatados com maior frequência nas regiões Sul e Sudeste e nas mais elevadas faixas de renda. No caso dos homens, a prevalência de sobrepeso foi de 58,7% entre aqueles com ganhos entre dois e cinco salários mínimos e de 63,2% a partir de cinco salários. Entre as mulheres, a prevalência é nas classes intermediárias de renda.

"No caso dos homens, o excesso de peso e a obesidade mostram uma relação direta com a renda", destaca a pesquisadora do IBGE Marcia Quintslr. "Já com as mulheres, observamos que independentemente da classe de renda, os níveis de excesso de peso ficam bastante parecidos."

O excesso de peso é maior entre os homens entre 35 e 64 anos, sendo que tende a diminuir a partir dessa idade. Já entre as mulheres, o ganho foi notificado a partir dos 45 até os 74 anos.

CRIANÇAS

Entre as crianças de 5 a 9 anos, o percentual daquelas com excesso de peso é de 34,8%. Entre os jovens que estão na faixa dos 10 aos 19 anos, o percentual é de 20,5%. A maior prevalência em ambos os casos foi identificada nas regiões Sul e Sudeste, mas ocorre em todas as regiões do país. "É um fenômeno que se mostra crescente na população e aparece de forma generalizada nas faixas etárias, nas categorias diversas de rendimento e nas grandes regiões", reforça a pesquisadora do IBGE.

O documento indica que o problema reflete mudanças na alimentação e no hábito de praticar atividades físicas, já que o excesso de peso expressa um desequilíbrio no aproveitamento de calorias pelo corpo. "Pesquisas realizadas até 2002-2003 revelam a tendência crescente de substituição de alimentos tradicionais (arroz, feijão e hortaliças) por industrializados (refrigerantes, biscoitos, carne processada e comida pronta)", afirma o texto.

O documento do IBGE também lembra que o aproveitamento de energia está ligado à prática de exercícios físicos, que ainda não fazem parte do hábito dos brasileiros, em geral. A mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) mostra que uma a cada dez pessoas com 14 anos ou mais de idade fazem exercícios ou praticam algum tipo de esporte regularmente no país.


Fonte: Portal Gaz

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Beber água antes de refeição pode ajudar a perder peso, diz estudo



Pesquisadores americanos fizeram testes com pessoas entre 55 e 75 anos.



Uma pesquisa feita por cientistas dos Estados Unidos afirma que beber água antes das refeições ajuda as pessoas a perderem peso.



Cientistas do Estado americano da Virgínia afirmam que pessoas que estão em dieta podem perder cerca de 2kg a mais se elas beberem pelo menos dois ou três copos por dia antes das refeições.



A pesquisa foi apresentada em um congresso nacional da Sociedade Americana de Química, em Boston.



Todos os adultos que participaram da pesquisa tinham entre 55 e 75 anos de idade. A teoria dos cientistas foi testada em 48 adultos, divididos em dois grupos, ao longo de 12 semanas. Ambos os grupos seguiram dietas de baixa caloria, mas um deles bebeu água antes das refeições. Ao longo de 12 semanas, as pessoas que beberam água perderam cerca de 7kg, enquanto os demais perderam em média 5 kg.



Um estudo anterior já havia mostrado que pessoas que bebem até dois copos de água antes de cada refeição ingerem de 75 a 90 calorias a menos.



Calorias


Uma das autoras da pesquisa, Brenda Davy, da universidade Virginia Tech, acredita que o fato de se encher o estômago com um líquido sem calorias antes das refeições faz com que menos calorias sejam consumidas.



"As pessoas deveriam beber mais água e menos bebidas adocicadas e com muita caloria. É uma forma simples de se facilitar o controle do peso", afirma Davy.



Segundo a cientista, bebidas dietéticas e com adoçantes artificiais também podem ajudar as pessoas a reduzir o consumo de calorias, ajudando a perder peso.



No entanto, ela disse que bebidas com muito açúcar precisam ser evitadas. Uma lata de refrigerante comum contém, em média, 10 colheres de chá de açúcar.




Fonte: G1

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Diabetes tipo 3


Pacientes com diabetes tipo 3 (DM3), ou diabetes tipo 1 mais tipo 2, possuem características das duas doenças, ou seja, o paciente com DM3 tem dependência total da insulina e normalmente mantém um peso adequado durante a juventude.


Por apresentar uma carga genética favorável a resistência à insulina, associada a exposição aos fatores ambientais (sedentarismo e dieta rica em açúcares e gorduras), este paciente adquire características de um indivíduo com diabetes do tipo 2: obesidade (principalmente a central), hipertensão, dislipidemia e resistência à insulina exógena. Ou seja, é um paciente diabético tipo 1 com sintomas de síndrome metabólica, normalmente apresentada por portadores de diabetes tipo 2.


O tratamento torna-se mais difícil, pois o indivíduo depende totalmente da aplicação de insulina para reduzir seus níveis de glicemia, mas devido a resistência à insulina o hormônio acaba tendo que ser ofertado em doses mais altas, o que facilitaria o ganho de peso deste paciente.


Além do tratamento dietoterápico ser direcionado a indivíduos obesos e do incentivo à prática de atividades físicas, a utilização de medicamentos para pacientes diabéticos do tipo 2 (como a metformina) e/ou inibidores de apetite (como a sibutramina) pode ser feita empiricamente. Quando o peso corporal do indivíduo diminui, os controles metabólicos também melhoram.

Fonte: Nutritotal








segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Colesterol Alto também pode afetar crianças



Quando se fala em pessoas com colesterol alto, a imagem que vem à cabeça é a de adultos de meia idade, engravatados e estressados. Cada vez mais, entretanto, os médicos alertam para o fato de que o problema pode estar em pacientes com o perfil bem diferente: as crianças. E não só as mais gordinhas correm risco.

Alertas sobre o tema foram lançados recentemente pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que avisou que 43 milhões de crianças em idade pré-escolar sofrem de obesidade ou sobrepeso, condição que gera riscos à saúde durante a vida inteira. Segundo o Instituto do Coração (Incor), cerca de 10% das crianças brasileiras têm taxas de colesterol altas.

De acordo com a coordenadora dos cursos de nutrição do Complexo Educacional FMU (SP), Bernadete Azevedo, apesar de o sobrepeso ser indicativo de que algo pode estar errado, os pais devem estar atentos também a outros fatores.

"Níveis de colesterol alterados não provocam modificações físicas. Os pais devem procurar o pediatra do filho como forma de prevenção, quando eles próprios apresentam dislipidemias (níveis elevados ou anormais de lipídios ou lipoproteínas no sangue) ou antecedentes familiares para doenças cardiovasculares. Ou quando a criança tem hábitos alimentares inadequados e não pratica atividades físicas."

Especialista em nutrição na infância e adolescência, Bernadete lembra a importância de os pequenos consumirem frutas e vegetais diariamente. "Fast food e salgadinhos são fontes de colesterol. A ação antioxidante de frutas e vegetais reduz a oxidação de alimentos gordurosos, além da ação das fibras, que 'arrastam' parte da gordura para as fezes e com isso, previnem o aumento do colesterol",explica .

Mãe de Julia, 5 anos, e de Laura, 1, Daniela Neves faz questão de manter alimentação 'colorida' no prato das filhas. "Meu marido já apresentou alterações no colesterol. Por isso, procuro sempre balancear as refeições delas, incluindo frutas e vegetais", conta.

"Basicamente, deve-se diminuir o consumo de gorduras saturadas, que são encontradas em alimentos de origem animal, industrializados e embutidos, como presuntos, salsichas, linguiças, etc", diz Bernadete Azevedo, lembrando que também é importante estabelecer horários para as refeições.

Problemas cardíacos: o grande perigo

O colesterol é uma molécula similar à gordura, que age na composição da membrana que envolve as células, essencial para a fabricação de hormônios e na composição da vitamina D, necessária para os ossos e para o crescimento. Obtido nos alimentos de origem animal ou produzido pelo fígado, ele circula por todo o corpo, mas não é solúvel no sangue.

Problemas podem ocorrer, especialmente quando se ingere alimentos com colesterol em demasia, como carnes gordas e ovos. O excesso se deposita nas artérias, formando placas que podem endurecê-las e entupi-las, o que pode gerar problemas cardiovasculares.

Fonte: CRN2

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Chocolate reduz pressão sanguínea de pacientes hipertensos


Metanálise publicada no jornal BMC Medicine concluiu que o chocolate amargo e os produtos com cacau têm resultados superiores quando comparado ao placebo para o tratamento da hipertensão.


Este estudo avaliou os resultados de 15 experimentos sobre o efeito da ingestão de produtos com cacau em comparação com placebo sobre a pressão sanguínea de adultos. Todos os trabalhos obedeciam os critérios de inclusão: duração de tratamento ≥ 14 dias e disponibilização da média ou mediana da pressão sistólica (PS) ou pressão diastólica (PD) com desvios-padrão.


Além do grupo de estudo (cacau) e do grupo controle (placebo), os autores também dividiram os participantes em subgrupos. De acordo com a PS no início do estudo os grupos separam-se em: hipertensivos (PS ≥ 140 mmHg) e normotensos (PS <>

A idade de todos os participantes variou entre 18 e 70 anos e o IMC manteve-se na categoria sobrepeso/obesidade em 9 estudos (< n =" 6;" n =" 6;"> 30 kg/m2, n = 3).


"Embora os estudos tenham utilizado diferentes dosagens e nomeado o nutriente ativo do cacau de diferentes maneiras (polifenol, flavonóide, epicatequin

a, e catequina), nós estamos confiantes que eles possam ser comparáveis entre si. As diferentes variáveis (dosagem, duração, idade e IMC) não interferiram nos resultados apresentados", afirmam os autores.

Os resultados encontrados nos estudos analisados revelaram uma redução média significante de -3.2 ± 1.9 mmHg na PS e de -2.0 ± 1.3 mmHg na PD dos indivíduos que receberam cacau em comparação com o grupo controle. Com relação aos subgrupos, a redução da pressão sanguínea só foi significativa nos indivíduos com hipertensão, com média de -5.0 ± 3.0 mmHg. Nos participantes do grupo normotenso não foi observada diferença significativa entre os que consumiram cacau ou placebo (-1.6 ± 2.3 mmHg, p = 0.17). Os resultados referentes à PD foram semelhantes: os participantes do subgrupo com PD pré-hipertensiva apresentaram redução significativa de -2.7 ± 2.2 mmHg, enquanto as normotensas praticamente não manifestaram alterações (-1.3 ± 1.6 mmHg, p = 0.12).


"O efeito redutor modesto, mas significante, do cacau no grupo de pessoas hipertensas é clinicamente relevante uma vez que o declínio de 5 mmHg na PS pode reduzir o risco para doenças cardiovasculares em 20%. Este efeito também é comparável a outras mudanças do estilo de vida, como a prática de atividades físicas moderadas, que pode reduzir a PS em 4 a 9 mmHg", explicam os autores.


A inclusão dos locais dos estudos não foi uma variável avaliada nesta metanálise, mas, segundo os autores, as pesquisas futuras poderiam analisar este dado, uma vez que é possível que as características dos participantes (hábitos alimentares e genética/etnia) contribuam para sua resposta ao tratamento com cacau.


"O consumo regular de produtos ricos em cacau (como o chocolate amargo) pode ter um efeito benéfico sobre a redução da pressão sanguínea em indivíduos hipertensos a curto-prazo. Porém, é questionável se este mesmo consumo seria eficaz a longo-prazo. Os polifenóis, em particular os flavonóides, contidos nos produtos com cacau parecem aumentar a formação de óxido nítrico do endotélio, o que promove a vasodilatação e, consequentemente, pode diminuir a pressão sanguínea", concluem os autores.


Fonte: Nutritotal

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Brasil Obeso

Poucas frutas e hortaliças, muita carne engordurada e refrigerante todos os dias. O novo cardápio do brasileiro, revelado pela pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, colocou o país no caminho da OBESIDADE.

A enquete, realizada no ano passado com 54.367 adultos das 26 capitais e do Distrito Federal, mostrou que quase metade da população está acima do peso saudável e 13,9% pode ser considerada obesa. O estudo investigou os hábitos do brasileiro, que, além de consumir poucos ALIMENTOS saudáveis, não costuma praticar atividades físicas. A mistura elevou rapidamente o ponteiro da balança: em apenas três anos, o percentual de indivíduos com sobrepeso aumentou quase 10%, enquanto que o de obesos subiu 22%.


Para o endocrinologista Alfredo Halpern, da Associação Brasileira para o Estudo da OBESIDADE e da Síndrome Metabólica (Abeso), os índices vão crescer ainda mais e se igualarão, em breve, aos dos Estados Unidos, onde um terço da população é obesa. "Essa prevalência vai aumentar devido ao estilo de vida, ao estresse, à falta de sono, ao consumo de GORDURAS TRANS e até por causa do ar-condicionado", diz Halpern, explicando que a falta de variação térmica é um dos fatores que levam ao acúmulo de gordura corporal. Ele destaca, além disso, a influência negativa dos disruptores endócrinos, substâncias artificiais amplamente utilizadas - da agricultura às embalagens plásticas, como copos e filmes de micro-ondas - que promovem depósitos de gordura no organismo. Além disso, o médico acredita que as pessoas estão encarando o excesso de peso com despreocupação. "De repente, virou algo natural. Mas faz mal, mata".

Estilo de vida - A nutricionista Brigitte Olichon, professora de NUTRIÇÃO da Faculdade Arthur Sá Earp Neto (Fase), de Petrópolis, também associa o aumento de peso da população ao novo estilo de vida do brasileiro. "Temos cada vez maior presença da mulher no mercado de trabalho e longe dos afazeres domésticos, optando pela ALIMENTAÇÃO fácil, pronta e rápida", observa.


A endocrinologista Thalita Bittar, do Departamento de Transtorno Alimentar da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, lembra que, além da facilidade com os ALIMENTOS prontos, a modernidade suprimiu o esforço físico. "Antes, as pessoas precisavam se levantar para mudar o canal da TV, tinham de se movimentar para levantar o vidro do carro. Agora, tudo é automático".


Para Brigitte as pessoas sabem dos riscos, mas não querem abrir mão do que trazem como hábito familiar, ou daquilo que lhes dá prazer, muitas vezes do que pode ser uma demonstração de status social. Ela cita, por exemplo, o consumo excessivo de carne gordurosa, um alimento que, até pouco tempo, não estava acessível para boa parte da população. "Com a melhoria na renda da população mais pobre, um dos primeiros ALIMENTOS que entram no cardápio dessas famílias é a carne, por uma questão emocional e social (status). As pessoas mais jovens associam, também, o consumo de carnes gordas a uma melhoria na saciedade. E não construíram o hábito de comer frutas e hortaliças na infância".


O consumo desse tipo de alimento está em baixa entre os brasileiros. A Vigitel revelou que somente 30% da população tem o hábito de incluir frutas e hortaliças no cardápio cinco ou mais vezes por semana. Para a professora da Fase, o dado é preocupante. "A Organização Mundial de Saúde preconiza consumo de cinco porções diárias (cerca de 400 g) desses ALIMENTOS para diminuir os riscos de doenças crônicas, incluindo aí a OBESIDADE. Os estudos mostram que o baixo consumo de frutas e hortaliças está entre os dez principais fatores de risco associados à ocorrência dessas doenças", alerta.


A nutricionista lembra que, longe de estar bem alimentado, o brasileiro acaba sofrendo com a falta de nutrientes, mesmo acima do peso. "O sobrepeso/OBESIDADE é um excesso na ingestão de macronutrientes, importantes para energia, saúde do sistema nervoso e construção dos tecidos. Mas, muitasvezes, não vem acompanhado de uma ingestão equivalente de micronutrientes, presentes nas frutas e hortaliças. É o que alguns pesquisadores chamam de "fome oculta", deficiência que é silenciosa e leva ao mau funcionamento do organismo, culminando nas doenças crônicas. Uma ALIMENTAÇÃO saudável está equilibrada em três pontos: macronutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras), micronutrientes (vitaminas e minerais) e água".


Fonte: CFN

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Novas pesquisas mostram a importância da vitamina K na coagulação


No frio a tendência é que deixemos as saladas de lado e priorizemos os alimentos quentes. Mas as verduras devem continuar sendo consumidas, porque são ricas em vitamina K, nutriente importante especialmente para pessoas medicadas com anticoagulantes: pacientes que já passaram por algum evento cardiovascular importante, como enfarte, trombose e acidente vascular cerebral (derrame), por exemplo.



Professora da Faculdade de Nutrição da Universidade Federal Fluminense (UFF), a nutricionista Silvia Custódio estudou a interferência da vitamina K na coagulação sanguínea em sua tese de doutorado, defendida na Universidade Estadual Paulista (Unesp), em 2001. Foi nessa época que ela fez contato com o Laboratório da Vitamina K, um centro especializado em estudos sobre o nutriente que fica na Universidade Tufts, em Boston (EUA).



Após nove anos de novos estudos, Silvia acaba de escrever um artigo ainda inédito que propõe a revisão das propriedades do nutriente. "Já se falou bastante sobre a relação da vitamina K com a coagulação e, agora, a discussão é sobre as novas funções que os pesquisadores têm atribuído a ela. A mais recente linha de pesquisa indica que a vitamina K teria um efeito benéfico para o coração por inibir a calcificação vascular, ou seja, a formação de placas endurecidas nas artérias, que contribuem para o entupimento delas", esclarece.



Segundo a pesquisadora, a vitamina K aparece nos estudos internacionais relacionada ainda à manutenção dos ossos. Isso, segundo ela, pode mudar a indicação de consumo do nutriente feita pelos nutricionistas: 120 mcg (microgramas) por dia para homens adultos e 90 mcg para mulheres. "Esses dados se referem ao equilíbrio da coagulação sanguínea. Estima-se que a ingestão, para garantir a saúde óssea, deva ser até quatro vezes maior", diz.



A vitamina K, explica Silvia, é necessária para ativar uma das principais proteínas dos ossos, a osteocalcina. Já na coagulação, interfere por ter ação anti-hemorrágica, estimulando a coagulação. "É por isso que, em usuários de anticoagulantes, controlar a ingestão de vitamina K é tão importante. O ideal é que o consumo de alimentos ricos nessa substância seja constante, em quantias semelhantes todos os dias, para manter a coagulação equilibrada. É uma preocupação pertinente sobretudo no inverno, quando o consumo de vegetais costuma cair", comenta a nutricionista Viviane Ferrari, que também investigou a vitamina K em sua dissertação de mestrado, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.



Conheça alguns alimentos ricos em vitamina K:



ÓLEOS - Os óleos vegetais, à base de canola, soja e milho, também contêm quantidades relevantes de vitamina K, segundo a nutricionista Camila Leonel, da Unifesp. "Para os óleos, é bom ter cuidado com o tipo de embalagem, já que a vitamina K é bastante sensível à luz. O melhor é escolher o óleo que vem em lata e evitar as embalagens transparentes", indica. Outro cuidado é com o armazenamento dos alimentos. "A exposição ao ambiente diminui a ação da vitamina K, já o congelamento e o cozimento não têm tanto impacto", completa.



REPOLHO - 339 mcg a cada 100g do alimento, porção que equivale a uma xícara de chá do vegetal cru e picado



AGRIÃO - 315 mcg de vitamina K a cada 100g de alimento, porção que equivale a um prato de sobremesa cheio



BRÓCOLIS - 179 mcg de vitamina K a cada 100g de alimento, porção que equivale a dois talos médios cozidos



ESPINAFRE - 380 mcg de vitamina K a cada 100g do alimento, porção que equivale a um pires de chá da verdura refogada



SALSA - 548 mcg de vitamina K a cada 100 g, porção que equivale a uma xícara e meia de chá



Fonte: Portal Gaz

terça-feira, 6 de julho de 2010


Reduzir o sal na DIETA é a primeira recomendação que um portador de HIPERTENSÃO recebe do médico. Mas uma pesquisa do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia com 1.294 hipertensos mostrou que 93% deles não sabem fazer a relação entre o sal e o sódio descrito nas embalagens de ALIMENTOS. Pior: 75% nem sequer leem os rótulos e 45% não sabem que os produtos industrializados podem conter sal. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o consumo diário de sal não deve exceder seis gramas por dia - uma colher de chá. A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) deve lançar em breve uma nova diretriz reduzindo esse valor recomendado para cinco gramas.

Estudo recente no New England Journal of Medicine apontou que diminuir o consumo de sal pode reduzir doenças cardiovasculares tanto quanto parar de fumar, combater a OBESIDADE e controlar o colesterol. O problema é que a tabela nutricional das embalagens não informa a quantidade de sal e sim a de sódio - um dos componentes do sal de cozinha e o verdadeiro causador da pressão alta.


Para aumentar a confusão, o sódio não está apenas em ALIMENTOS salgados, mas também em conservantes (nitrito de sódio e nitrato de sódio), adoçantes (ciclamato de sódio e sacarina sódica), fermentos (bicarbonato de sódio) e realçadores de sabor (glutamato monossódico).


"Isoladamente, o sódio não tem sabor, mas apenas 24% dos entrevistados sabiam disso", diz a nutricionista Cristiane Kovacs, uma das autoras do estudo. "Costuma-se recomendar a redução no consumo de sal porque ele é a principal fonte de sódio da ALIMENTAÇÃO, mas não é a única."


O cardiologista Daniel Magnoni, coordenador da pesquisa, explica que é preciso multiplicar o valor de sódio no rótulo por 2,5 para saber o quanto aquilo corresponde em gramas de sal. Um alimento com 500 mg de sódio representa 1,25 g de sal.


Fonte: CFN

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Desnutrição infantil cai 62% em cinco anos


A taxa de crianças desnutridas no Brasil caiu 62% em cinco anos. Dados do Ministério da Saúde mostram que, em 2003 – quando o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional começou a verificar esses índices mais de perto –, as crianças menores de cinco anos com baixo peso representavam 12,5% da população nessa faixa etária. Em 2008, o número caiu para 4,8%.


O déficit de altura por idade também diminuiu: baixou de 20% para 14% no mesmo período. A análise do ministério é feita com base nos usuários atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O monitoramento anual das crianças com até dez anos de idade faz parte da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), que completa uma década este ano. Atualmente, 4,5 milhões são acompanhadas pelo SUS.

Apesar da queda, os dados mostram que a situação ainda é preocupante em algumas regiões. O Norte e o Nordeste apresentam os índices mais altos de desnutrição, mesmo com a queda maior tendo ocorrido em estados das duas regiões.

“Por trás das médias, ainda se escondem realidades especificas.Precisamos trabalhar melhor com as populações mais vulneráveis, que não tinham vínculos com o serviço de saúde. O nosso gargalo ainda é a região Norte. Temos de o sistema às dificuldades de acesso às comunidades e, nos grandes municípios, temos de traçar estratégias diferenciadas como nas áreas que sofrem com a violência”, ressalta Eduardo Augusto Nilson, da Coordenação Geral da Política de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde.

A região Norte tinha, em 2003, uma taxa acima de 14% de desnutrição infantil e o Nordeste, entre 11% e 14%, variando de acordo com o estado. Em 2008, ambas passaram para a faixa entre 5% e 8%. Quanto à baixa estatura, as taxas caíram de 34,5% para uma faixa entre 18,5% e 26% no Norte. E no Nordeste, de 34,5% para a faixa que varia entre 11% e 18,5%.

Ações O ministério atribui a redução dos índices de desnutrição da população infantil a algumas políticas adotadas em todos os estados. A partir da análise das carências nutricionais feitas pelas equipes de saúde, são distribuídos aos pacientes xaropes e comprimidos de sulfato ferroso, vitamina A e ácido fólico (para as gestantes).

Eduardo defende que a expansão do Programa Saúde da Família foi essencial para melhorar os resultados. As equipes que acompanhavam 31,3% dos habitantes da região Norte (4,2 milhões de pessoas), em 2003, hoje acompanham 50,8%, (7,7 milhões de cidadãos). No Nordeste, a cobertura era de 50,5% em 2003 e passou para 71,6% em 2010. O atendimento saltou de 24,6 milhões para 38 milhões de habitantes nesse período.

“Estamos vivendo uma transição nutricional. Ainda vivenciamos a desnutrição e, ao mesmo tempo, o excesso de peso da população tem aumentado. Isso mostra que precisamos manter as ações e reforçar o combate à obesidade”, afirma.

Fonte: CRN2

terça-feira, 22 de junho de 2010

Plano de Segurança Alimentar e Nutricional deve ser assinado em agosto

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, deve assinar, em agosto, o decreto que cria o Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. O anúncio foi feito hoje, 22, pelo secretário Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Crispim Moreira.


“O decreto irá definir papéis dos três entes da federação na gestão dos programas, vai instituir o Plano Nacional de Segurança Alimentar que conterá conjuntos de metas e ações para os diversos ministérios e apontar formas de financiamento dos programas”, afirmou Moreira durante o 1º Colóquio sobre Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil e na América Latina


O representante regional da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) para América Latina e Caribe, José Graziano da Silva, disse que as legislações sobre segurança alimentar na América Latina e Caribe são muito recentes. “Apenas o Brasil tem leis que não sejam federais”, destacou, salientando a importância de se trabalhar a questão de forma regional.


O resultado do colóquio embasará um documento que será levado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico à 3ª Mesa da Sociedade Civil Brasil e União Europeia que acontecerá em setembro, em Antuérpia, na Bélgica. Pela primeira vez, o tema segurança alimentar será discutido no conselho que reúne representantes da sociedade civil de 25 países europeus.

Fonte: Portal do Gaz

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Intervenção nutricional na infância e adolescência: um passo rumo ao futuro


Em umas conferências do CONBRAN 2010, mais um dado preocupante foi levantado: as doenças não transmissíveis (DNT) matam mais do que as doenças transmissíveis (DT) no Brasil. Isso se deve há diversas questões epidemiológicas e é preciso, para reverter esse quadro, uma mudança radical de hábitos de vida, especialmente através de uma alimentação saudável e da prática permanente de atividades físicas. Hábitos simples podem ajudar a reduzir sensivelmente esse quadro.


Um fator que contribui para o significativo aumento do número de obesos e para o risco das DNT é o fenômeno da globalização. Esse fenômeno interfere diretamente na realidade dos cidadãos, pois, através da constante e intensa troca de informações, a população adquire novos hábitos de forma muito rápida, muito em função da disseminação rápida de hábitos e novas manias. Especificamente nos casos de obesidade infantil, há um estudo que comprova que a origem da obesidade e de hábitos alimentares inadequados, bem como sua manutenção, se deve à influência da família e da televisão na mesma medida. A maior prevalência dos índices de obesidade se dá nas regiões sul, sudeste e centro-oeste, especialmente nas áreas urbanas.


Para modificar essa realidade, a Organização Mundial de Saúde (OMS) determinou como meta a redução de 2% das taxas até o ano de 2015. Esse compromisso é mundial. E, para que essa redução seja efetivada, estão previstas campanhas que valorizem o uso de alimentos regionais, campanhas para a prática de saúde, incentivo ao consumo de frutas, verduras, e legumes, e a promoção da alimentação saudável nas escolas.


Se estas ações forem ratificadas, as crianças e adolescentes terão seus hábitos criados de forma saudável, evitando doenças como obesidade, hipertensão, diabetes, problemas cardíacos, AVCs, entre outros. Com esses hábitos consolidados, nem mesmo propagandas poderão desfazer a rotina saudável das crianças. A maior prevalência nas regiões sul, sudeste e centro-oeste, especialmente nas áreas urbanas.


Outro dado interessante apresentado na conferência diz respeito à diferença nos índices de obesidade nas escolas públicas e privadas. Nas escolas públicas o índice de crianças obesas é de 2%. Já nas escolas privadas, esse índice sobe para 7,5%. A isso, somam-se outras situações que precisam ser revistas: a ingestão de sal, muito alta especialmente na infância e na adolescência; o consumo excessivo de sódio por crianças e adolescentes; a carência no consumo de consumo de cálcio por essa mesma população.


Entre os desafios apresentados, citamos a seguir alguns: conciliar o consumo de produtos naturais e de produtos industrializados; diminuição diminuir o consumo de sal e sódio; incentivar a prática de atividades físicas; criar hábitos alimentares que incluem alimentos naturais e diversificados diariamente.

Fonte: Boletim Informativo CRN2