sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Chá verde com inulina melhora composição corporal de sobrepesos


Estudo publicado na revista British Journal of Nutrition demonstrou que a adição de inulina ao chá verde é benéfica para o controle de peso, com redução de peso corporal total e de massa gorda, em indivíduos com sobrepeso.


Os pesquisadores avaliaram trinta indivíduos com idades entre 20-50 anos e índice de massa corporal ≥ 24 kg/m2. Os participantes foram divididos aleatoriamente em dois grupos: grupo experimental (n=15) e grupo controle (n=15). Para o grupo experimental, o chá foi preparado da seguinte maneira: 28 g de folhas de chá verde (Camellia sinensis) foram extraídos em 2 litros de água quente (70 °C) por 8 minutos e depois filtradas, em seguida foram adicionadas 18 g de inulina em pó. Para o grupo controle: 8,5 g de folhas de chá foram extraídos com os mesmos procedimentos citados acima, sem adição de inulina. As duas bebidas foram embaladas de forma idêntica em um frasco contendo 325 ml. As concentrações finais de catequinas presentes no chá foram 81 e 267 mg/frasco no grupo controle e experimental, respectivamente. 


Os indivíduos ingeriram o chá durante seis semanas, duas vezes ao dia, totalizando 650 ml/dia. Todos os participantes receberam refeições (sem restrição de calorias) fornecidas pela pesquisa, para maior controle da ingestão alimentar. As avaliações antropométricas e de composição corporal foram realizadas antes e após a ingestão do chá, além de duas semanas depois que haviam parado de tomar o chá. 


Após as seis semanas, o grupo experimental reduziu o peso corporal em 1,29 kg, enquanto no grupo controle esta diminuição foi de apenas 0,35 kg (p < 0,05). A redução de massa gorda foi significativamente maior no grupo experimental, que reduziu 0,82 kg de gordura, e no grupo controle foi de 0,27 kg. Além disso, depois de se abster do consumo do chá verde durante duas semanas, os efeitos continuaram sobre a perda de peso e massa gorda no grupo experimental. Nenhum efeito adverso foi observado com a ingestão do chá associado com inulina.


“O chá verde contém catequinas, tais como epigalocatequina galato (EGCG), com propriedades antioxidantes, anticâncer, anti-obesidade e efeitos hipolipemiantes. A inulina, por sua vez, é um prebiótico que beneficia o metabolismo lipídico e está associada com redução do peso corporal. Portanto, o presente estudo foi desenhado para investigar se o consumo de chá verde combinado com inulina poderia ter efeitos eficazes na perda de peso e de gordura corporal em indivíduos com sobrepeso”, destacam os autores.


“Nossos resultados sugerem que a combinação de chá verde com inulina durante seis semanas contribui para a perda de peso e redução da massa gorda. Esses efeitos benéficos podem justificar a sua utilização como estratégia para o controle do peso corporal em populações com sobrepeso, a fim de evitar o surgimento de doenças cardiovasculares e metabólicas”, concluem.

Fonte: Nutritotal

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Atenção ao sódio nas bebidas industrializadas


O sódio é um dos grandes inimigos da saúde nos dias atuais. Invisível aos olhos, muitas vezes é consumido em excesso e acaba trazendo diversos danos à saúde como a retenção de líquido, hipertensão e problemas renais. De acordo com Daniel Henrique Bandoni, professor do curso de Nutrição da Universidade Federal de São Paulo, a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do ano de 2009 mostrou que o brasileiro consome 4,7g de sódio, em uma ingestão diária de 2 mil calorias. "A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é a de 2g por dia, ou seja, consumimos mais que o dobro", explica. 

 A nutricionista Carla Magri, do Hospital São José, em São Paulo, explica que o sódio é rapidamente absorvido no intestino e, depois, transportado para os rins, o­nde é filtrado. "A quantidade absorvida é proporcional ao consumo. Cerca de 90 a 95% da perda normal de sódio do corpo é por meio da urina; o resto é perdido em fezes e suor. Normalmente, a quantidade de sódio excretada diariamente é igual à quantidade ingerida." 

Para manter a saúde em ordem, é preciso buscar o equilíbrio na alimentação como um todo, não só nos líquidos. "O teor de sódio contido nas bebidas industrializadas não traz, isoladamente, riscos à saúde, porém devemos ficar atentos ao consumo de alimentos ricos em sódio ao longo do dia para que quantidade final não ultrapasse a recomendação máxima", reforça Carla. 

A nutricionista afirma ainda que os rótulos das bebidas industrializadas não trazem as quantidades de corantes e conservantes presentes. O benzeno, substância cancerígena, é um bom exemplo. Há ainda corantes que são prejudiciais à saúde. 

Para Kelly Salute, nutricionista do Laboratório Femme, outro grande problema é a crença que o refrigerante "zero" é inofensivo. "Têm altas taxas de sódio e não agrega nada em termos nuticionais." Ela adverte ainda para a composição de sucos. "Os sabores artificiais servem para imitar determinado alimento, mas trata-se de uma composição química. São prejudiciais porque não são naturais. O refrigerante é agressivo à mucosa gástrica e o suco concentrado, embora tenha uma quantidade de frita, passa por um processo químico para conservar o produto. Uma polpa de fruta congelada é muito mais benéfica do que o suco concentrado".

Além dos refrigerantes, águas com sabor e sucos industrializados, é preciso moderar em alimentos como azeitonas, embutidos (salame, salsicha, mortadela, presunto etc), queijos amarelos, tabletes de caldos concentrados, bacalhau, carne seca, e condimentos como catchup, mostarda e molho inglês. "Também alimentos tipo fast food que ultrapassam o limite diário devem ser consumidos com moderação", observa a especialista.

Fonte: ASBRAN

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Resveratrol melhora parâmetros metabólicos na obesidade


Estudo publicado na revista Cell Metabolism demonstrou que a suplementação de cápsulas contendo resveratrol induziu alterações metabólicas em pacientes obesos, semelhante aos efeitos da restrição calórica.



Os pesquisadores realizaram um estudo randomizado, duplo-cego, cruzado e controlado por placebo com onze homens obesos. Os participantes foram designados a receber 150 mg/dia de resveratrol, durante 30 dias e, ao término desse período, foi dado um intervalo de mais 30 dias para receber o placebo por mais 30 dias. Os indivíduos foram avaliados no início e no final de cada período de suplementação. Diversos parâmetros foram medidos, incluindo índice de massa corporal, gasto energético de repouso, pressão arterial, além de biomarcadores do metabolismo energético.

A suplementação de resveratrol reduziu significativamente (p = 0,007) a taxa metabólica de repouso, efeito semelhante ao que ocorre quando há restrição calórica. Por outro lado, os pesquisadores verificaram que houve aumento do metabolismo mitocondrial no músculo, o que implica no aumento da queima de calorias, por meio da ativação das proteínas AMPK (adenosina monofosfato quinase), SIRT1 (sirtuina 1)  e PGC-1alfa (co-ativador 1 alfa do receptor ativado por proliferador do peroxissoma).

 
As concentrações plasmáticas de glicose e insulina foram menores após a suplementação de resveratrol (p = 0,05 e p = 0,04, respectivamente), sugerindo uma melhora da sensibilidade à insulina. O resveratrol também reduziu as concentrações de triglicérides plasmáticos (p = 0,03). Além disso, foi capaz de diminuir o acúmulo de lipídios no fígado e diminuiu os níveis de alanina–aminotransferase (ALT), com consequente melhora da função hepática (p < 0,005).


  
Os marcadores de inflamação sistêmica, incluindo interleucina 6 (IL-6) e fator de necrose tumoral alfa (TNF-alfa), foram menores após suplementação de resveratrol, mas apenas o TNF-alfa foi estatisticamente significativo (p = 0,04). Outro efeito importante foi a redução significativa da pressão arterial sistólica em aproximadamente 5 mmHg (p < 0,05).


Os pesquisadores também avaliaram o perfil de expressão dos genes antes e após a suplementação de resveratrol. Foi utilizada a técnica de microarranjos de DNA em biópsias do músculo, em que 469 genes foram alterados pelo resveratrol, dos quais 219 foram aumentados e 250 foram reduzidos. Dentre esses genes, houve aumento na expressão dos genes relacionados com a fosforilação oxidativa mitocondrial, enquanto que os genes relacionados com inflamação foram reduzidos.


“Nosso trabalho demonstrou, pela primeira vez, os efeitos benéficos do resveratrol em 30 dias de suplementação sobre o perfil metabólico de homens obesos. Embora a maioria dos efeitos tenha sido modesto, eles foram muito consistentes, apontando para adaptações metabólicas benéficas. Além disso, não houve nenhum evento adverso com a suplementação”, argumentam os autores.

 
“Portanto, o resveratrol foi seguro e bem tolerado na concentração testada. Estudos futuros devem investigar os efeitos em longo prazo da suplementação de resveratrol, a fim de estabelecer se maiores doses podem melhorar ainda mais as alterações metabólicas associadas com a obesidade”, concluem.


Fonte: Nutritotal

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Diminui consumo de arroz e feijão e aumenta de sal e açúcar no país

O país enfrenta, atualmente, uma espécie de transição nutricional, já que hábitos até então comuns como o consumo de arroz e feijão registraram queda, enquanto carnes gordurosas e alimentos embutidos passaram a ser amplamente consumidos. A avaliação é da coordenadora de Doenças e Agravos Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Déborah Malta.


Em entrevista à reportagem, ela explicou que o problema de alimentos como salsichas e linguiças é o alto teor de sal, responsável por aumentar o risco de doenças cardiovasculares. A presença de elevados níveis de açúcar na dieta do brasileiro, segundo a coordenadora, também representa uma agravante --sobretudo quando associada a um baixo consumo de frutas e hortaliças.

Os dados fazem parte da pesquisa Vigitel 2010, que mostra que 48,1% da população adulta no país estão acima do peso, enquanto 15% dos brasileiros estão obesos. O estudo indica ainda que apenas 18,2% das pessoas consomem cinco porções de frutas e hortaliças por cinco dias ou mais por semana; 34% consomem alimentos com elevado teor de gordura e 28% consomem refrigerantes cinco ou mais dias por semana.

O consumo diário de sal no Brasil, atualmente, é de 12 gramas --mais de duas vezes maior que o recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Já o açúcar é consumido de forma considerada exagerada por 61,3% da população.

"Temos, entre os brasileiros, uma piora dos hábitos alimentares", avaliou Déborah. "Nos últimos anos, a desnutrição, que era um problema, recuou, mas a obesidade e o excesso de peso cresceram --em função de uma alimentação não adequada e não balanceada e também de níveis baixos de atividade física", concluiu.

De acordo com a coordenadora, a meta do ministério é estabilizar o quadro de excesso de peso e obesidade entre adultos até a próxima década e, ao mesmo tempo, diminuir os índices entre crianças e adolescentes. A pasta firmou, em abril deste ano, um acordo com a indústria alimentícia com foco na redução de sal e de gorduras trans na fabricação de produtos como macarrões instantâneos.

Fonte: CRN2 

terça-feira, 2 de agosto de 2011

IBGE: pobres têm melhor qualidade nutricional


A parcela mais pobre da população brasileira é a que mantém uma dieta mais saudável, considerando os itens presentes na mesa dessas pessoas diariamente. De acordo com a análise de consumo alimentar da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (28), além de comer mais arroz e feijão do que as outras classes, as pessoas com renda de até R$ 296 comem o dobro de batata-doce e a metade de batata frita que os brasileiros com renda superior a R$ 1.089.


“Como [as pessoas de menor renda] não têm disponibilidade para comprar tanto, têm uma alimentação mais básica. E a alimentação mais básica tem melhor qualidade nutricional. Mas a diferença entre o consumo dos melhores e piores alimentos é muito pequena. Todo mundo consome os dois tipos de coisa”, avaliou André Martins, pesquisador da POF/ IBGE.


A análise mostrou que as pessoas com menor renda foram as que revelaram um consumo maior de peixe fresco e salgado e carne salgada. Essa parcela de brasileiros também se destaca por consumir menos doces, refrigerantes, pizzas e salgados fritos e assados. Refrigerante diet é um item praticamente inexistente na mesa dos mais pobres.


Se, por um lado, o consumo de refrigerante aumenta à medida que a renda melhora, os mais ricos são os que mais consomem frutas, verduras, leite desnatado e derivados do leite.


O levantamento do IBGE mostra que quanto mais alta a renda, maior é o número de pessoas que fazem pelo menos uma refeição fora de casa por dia. “Os dois consomem coisas erradas [mais pobres e mais ricos]. Entra a disponibilidade de rendimento, e a pessoa começa a comprar biscoito recheado, batata industrializada, já começa a consumir mais fora de casa e come pizza, toma refrigerante. Na classe de rendimento mais alta é absurdo o consumo de refrigerante”, disse o pesquisador.


Essa mesma comparação pode ser feita entre a população urbana e rural. A análise do consumo alimentar mostrou que as médias diárias de consumo per capita de itens como arroz, feijão, batata-doce, mandioca, farinha de mandioca, manga, tangerina, peixes e carnes foi muito maior na zona rural. Na área urbana os entrevistados revelaram um consumo maior de alimentos prontos ou processados, como pão de sal, biscoitos recheados, iogurtes, vitaminas, sanduíches, salgados, pizzas, refrigerantes, sucos e cervejas.

Fonte: CRN2

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Brasileiro mantém tradição do arroz e feijão, mas prefere alimentos com baixo teor nutritivo

Todos os dias o brasileiro come em média dez colheres de sopa de feijão, nove colheres de sopa de arroz, carne bovina, sucos, refrigerantes, café, sopas e caldos. Os números da inédita Análise de Consumo Alimentar Pessoal no Brasil, da Pesquisa de Orçamentos Alimentares 2008-2009, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que o brasileiro combina a dieta tradicional à base de arroz e feijão com alimentos de teor reduzido de nutrientes e de alto nível calórico. O que mais preocupa é o consumo excessivo de açúcares livres (açúcar de adição + açúcar proveniente dos sucos) e gorduras saturadas, além da insuficiência de ingestão de fibras. O alto teor de sódio nos alimentos consumidos também é um alerta.

Arte: Mariana Nobre

Aquele biscoito recheado que adoça a tarde de muita gente não está entre os alimentos mais consumidos, mas aparece no cardápio relatado por aqueles que têm as dietas mais inadequadas: as adolescentes com idade entre 14 e 18 anos.


A pesquisa mostra ainda que cerca de 40% das pessoas comem fora de casa e que a escolha na rua é por itens rápidos e menos saudáveis, como salgados fritos e assados, salgadinhos industrializados, chocolates, pizzas e sanduíches.


Arte: Mariana Nobre

Para o gerente da pesquisa, Edilson Nascimento Silva, os dados mostram a necessidade de as autoridades pensarem políticas de prevenção sobre os hábitos alimentares do brasileiro:


- Principalmente as crianças e adolescentes precisam ter uma dieta diversificada. Os índices de inadequação indicam um alerta sobre sobrepeso, obesidade e desenvolvimento de doenças crônicas - explica.


Durante os anos de 2008 e 2009, foram entrevistados 34 mil brasileiros em todos os estados.

Fonte: CRN2

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Campanha busca conscientizar população em relação ao uso excessivo de sal


O consumo diário do produto no Brasil atualmente é de 12 gramas, enquanto o recomendado pela Organização Mundial de Saúde é de apenas 5 gramas.


A campanha “Menos sal. Sua saúde agradece!” foi lançada nesta terça-feira (26), por meio de uma parceria entre o Ministério da Saúde, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O evento foi realizado durante a cerimônia oficial de abertura da 30ª ExpoEcos, que reúne supermercados das regiões Centro-Oeste e Norte, em Brasília (DF).


“A campanha trabalha a conscientização dos consumidores e empregados dos estabelecimentos comerciais em relação aos malefícios do consumo excessivo de sal, trazendo orientações para o uso racional do sal, como a retirada do saleiro da mesa e o uso de temperos naturais”, explicou Patricia Jaime, coordenadora geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde. “Além de orientá-los a fazer escolhas de alimentos mais saudáveis com base nas informações dos rótulos”, completou.


De acordo com dados da Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, o consumo diário de sal no Brasil atualmente é de 12 gramas, enquanto o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de apenas 5 gramas. “Queremos atingir esse consumo diário recomendado pela OMS até 2022, como parte do Plano de Ações Estratégicas para Enfretamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT)”, disse Patricia.


O Plano de Ações está disponível nesta semana para consulta pública no Portal do Ministério da Saúde. Sociedade civil e demais parceiros podem enviar contribuições por meio de formulário específico. A intenção é traçar uma série de ações para reduzir as mortes prematuras por doenças como câncer, diabetes, doenças cardiovasculares e respiratórias crônicas, responsáveis por 68% das mortes ocorridas anualmente no país. Além do impacto na mortalidade, as DCNT têm gerado perda de qualidade de vida com alto grau de limitação nas atividades de trabalho e de lazer, além dos impactos econômicos para as famílias, comunidades e a sociedade em geral.


Um dos fatores de risco para desenvolvimento dessas doenças é a hipertensão, causada principalmente pelo alto consumo de sal. A campanha lançada nesta terça é uma das respostas ao acordo firmado em abril de 2011, no qual estão previstas medidas para o consumo consciente e promoção da alimentação saudável, entre outras. “O projeto piloto da campanha é resultado do trabalho conjunto entre o Ministério da Saúde, a Anvisa e a Abras e será realizado nos supermercados do Distrito Federal. Depois, deve ser estendida aos demais estados”, adiantou Patricia.


COMPROMISSO – No último Dia Mundial da Saúde, celebrado em 7 de abril, as associações que representam os produtores de alimentos processados assinaram um termo de compromisso com o Ministério da Saúde para estabelecer um plano de redução gradual na quantidade de sódio presente em 16 categorias de alimentos, começando por massas instantâneas, pães e bisnaguinhas.


O documento definiu o teor máximo de sódio a cada 100 gramas em alimentos industrializados. Algumas metas devem ser cumpridas pelo setor produtivo até 2012 e aprofundadas até 2014. No caso das massas instantâneas, a diminuição anual será de 30%.


O objetivo é reduzir o consumo excessivo de sal (cerca de 40% do sal é composto de sódio), que está associado a uma série de doenças crônicas, como hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, problemas renais e cânceres. A recomendação de consumo máximo pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 5 gramas de sal diários por pessoa.


Até o fim de 2011, será a vez dos biscoitos (cream cracker, recheados e maisena), embutidos (salsicha, presunto, hambúrguer, empanados, lingüiça, salame e mortadela), caldos e temperos, margarinas vegetais, maioneses, derivados de cereais, laticínios (bebidas lácteas, queijos e requeijão) e refeições prontas (pizza, lasanha, papa infantil salgada e sopas).


Fonte: Ministério da Saúde

terça-feira, 26 de julho de 2011

Adolescentes ingerem muito sal e não consomem nutrientes suficientes


A ingestão de nutrientes por jovens entre 14 e 18 anos é insuficiente, segundo um estudo da Faculdade de Saúde Pública da USP. De acordo com a pesquisa, os 512 adolescentes avaliados em São Paulo apresentaram um consumo inadequado das vitaminas A, C e E, nutrientes que têm função antioxidantes no organismo, e dos minerais fósforo, magnésio e cálcio, responsáveis pela manutenção da saúde óssea.


— Se essa ingestão inadequada de nutrientes continuar a longo prazo poderá levar a um risco maior de desenvolvimento de câncer, doença cardíaca e osteoporose. Entretanto, essa constatação não é motivo para a suplementação vitamínica e sim para a adoção de uma dieta equilibrada com a presença de frutas e vegetais — aponta o nutricionista e pesquisador Eliseu Verly Junior.


Também foi constatado uma elevada ingestão de sódio por 99% dos meninos e 86% das meninas.


— O limite máximo de ingestão diária de sódio é de 2.300 miligramas, valor encontrado em 6 gramas de sal de cozinha. Apesar de essencial ao organismo, o consumo excessivo de sódio é prejudicial.


Renda e escolaridade

Com base na análise dos dados coletados e nas recomendações internacionais de consumo de vitaminas e minerais, o estudioso constatou que a ingestão inadequada de nutrientes é maior em famílias cuja renda familiar per capita é inferior a um salário mínimo. Ao mesmo tempo, quando a renda é superior a um salário, Verly Junior observou uma menor ingestão inadequada de nutrientes.


Essa mesma tendência também foi observada quando o nutricionista analisou a escolaridade do chefe da família: quando este apresentava até oito anos de estudo, a ingestão inadequada de nutrientes pelos adolescentes era maior. E quando os anos de escolaridade eram superiores a estes anos, diminuía o número de jovens com ingestão inadequada de nutrientes.


Fonte: CRN2

sábado, 2 de julho de 2011

Ganho de peso está associado a bebida diet e aspartame

Pense duas vezes se você consome refrigerante diet para manter a forma física. Um novo estudo norte-americano apresentado durante uma conferência da Associação Americana de Diabetes diz que a bebida diet está associada ao ganho de peso.



A cintura de quem toma dois ou mais refrigerantes diet por dia pode aumentar seis vezes se comparado com os não consumidores. O estudo vem da Escola de Medicina da Uni­versidade do Texas, que acompanhou 474 indivíduos durante dez anos.


Conclusão

A conclusão obtida é que quanto mais uma pessoa bebe refrigerante diet, mais ela engorda. A circunferência abdominal, cujo tamanho pode indicar a propensão ou não a doenças cardíacas, também ficou 70% maior.


Uma outra pesquisa apresentada no mesmo evento mé­­dico afirma que o aspartame, presente como ingrediente de produtos diet e usado como adoçante, aumentou o nível de acúçar no sangue de camundongos com propensão a diabetes.


Estudos como esses mostram que o refrigerante diet e o aspartame não são tão bons para as saúde quanto as propagandas costumam sugerir.


Alerta

Para a professora de epidemiologia clínica Helen Hazuda, que conduziu o estudo da Uni­versidade do Texas, os consumidores deveriam ser alertados sobre os perigos à saúde ao ingerir esses produtos.

Fonte: CRN2

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Embalagens podem confundir consumidores


Antes de escolher os ALIMENTOS nas prateleiras dos supermercados é preciso observar os ingredientes que vêm descritos nas embalagens. Sempre quando há menção de gordura hidrogenada ou gordura vegetal, é bom saber que na sua preparação foi adicionado GORDURA TRANS.


Por vezes, as embalagens divulgam zero por cento de GORDURA TRANS, mas é preciso ficar atento porque se refere apenas à porção caseira descrita Informação Nutricional ou rotulagem do produto. É que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) especifica para cada produto sua porção caseira padronizada, ou seja, se você comer mais do que aquela quantidade indicada na porção caseira, estará ingerindo a GORDURA TRANS.


Como não se consegue quantificar percentualmente as pequenas porções, se diz zero de gordura. Outra maneira de verificar é através das letras VD (quantidade não estabelecida). Como não existe quantidade mínima estabelecida para ingestão de GORDURA TRANS, um fabricante mal intencionado pode se utilizar destes termos e confundir os consumidores menos informados.

Fonte: CFN

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Obesidade já atinge 10% das crianças brasileiras; saiba como evitar


A OBESIDADE e os níveis elevados ou anormais de lipídios no sangue são os principais fatores de risco causadores de doenças cardiovasculares e, embora possam se iniciar precocemente, quase não são diagnosticados clinicamente na infância.


Os crescentes índices de OBESIDADE e de doenças cardiovasculares em crianças estão diretamente associados às mudanças no modo de vida, particularmente o sedentarismo e o consumo de ALIMENTOS gordurosos e açúcares. Segundo dados da Sociedade de Pediatria de São Paulo, a OBESIDADE infantil já atinge cerca de 10% das crianças brasileiras.


A redução do consumo de ALIMENTOS saudáveis como vegetais e frutas e o aumento no porcentual de gordura saturada e animal também resultam na menor ingestão de micronutrientes alimentares antioxidantes - importantes para controlar ou diminuir a ação prejudicial dos radicais livres no organismo.


As alterações do perfil lipídico na infância ocorrem silenciosamente e as lesões geralmente são diagnosticadas apenas na idade adulta. De acordo com o Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas), a OBESIDADE na infância e na adolescência pode antecipar de 10 a 20 anos a manifestação de doenças cardiovasculares, uma das principais causas de morte e de incapacidade no Brasil e no mundo.


ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

Nos primeiros anos de vida da criança é essencial uma ALIMENTAÇÃO qualitativa e quantitativamente adequada para proporcionar ao organismo a energia e os nutrientes necessários ao bom desempenho de suas funções e à manutenção da saúde. Como são muito ativas e possuem metabolismo mais acelerado, as crianças precisam de uma DIETArica em ALIMENTOS energéticos, ferro, vitamina C e cálcio.

Fonte: CFN

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Embalagens de alimentos poderão ter código de cores para componentes nutricionais


As embalagens de ALIMENTOS poderão ter seus componentes nutricionais identificados por um código de cores. A proposta do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) deverá ser votada pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), na reunião da próxima terça-feira (24), às 11h30. O senador Paulo Davim (PV-RN), relator da proposta, emitiu parecer favorável à aprovação.


Em sua justificação, Cristovam argumentou que a mudança no perfil alimentar do brasileiro tem produzido "notícias dramáticas" no cenário epidemiológico brasileiro, causadas pelo crescimento vertiginoso da OBESIDADE e das doenças crônico-degenerativas a ela associadas, especialmente a DIABETES e as cardiovasculares.


"Em recente audiência pública realizada na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), assistimos à exposição de um médico especialista que classificou como alarmante o aumento nos casos de DIABETES tipo 2. Ele afirmou que a doença deverá atingir, em 2030, no mundo todo, mais de 400 milhões de pessoas, o que tornará o seu tratamento insustentável", alerta.


O senador assinalou que, em relação ao Brasil, o especialista apresentou a estimativa de que existam 10 milhões de diabéticos, número compatível com a estimativa do Ministério da Saúde de que 5,3% dos brasileiros têm a doença.


Cristovam disse ainda que, em 2006, a Associação Brasileira das Indústrias da ALIMENTAÇÃO (ABIA) defendia, em seu anuário, uma proposta de auto-regulamentação do setor, que incluía, entre suas estratégias, o oferecimento de produtos mais baratos e com valores nutricionais melhorados, além da simplificação da rotulagem dos ALIMENTOS.


"Julgamos que a identificação por meio de um selo de cores diferenciadas conforme o conteúdo nutricional irá auxiliar a população a escolher os ALIMENTOS e melhorar suas condições de saúde", conclui o senador na justificação.


Fonte: CFN

terça-feira, 17 de maio de 2011

Em pesquisa, 28% dos brasileiros consomem refrigerante regularmente



O Ministério da Saúde constatou em pesquisa que 28% da população consome refrigerante pelo menos 5 vezes por semana. O consumo regular é encontrado em todas os níveis de escolaridade. Os dados são da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel Brasil 2010).



O sobrepeso (IMC acima de 25) foi encontrado em 48% das pessoas, sendo que 15% são obesas (IMC acima de 30). Em 5 anos, este índice subiu 4 pontos percentuais. Os mais gordos concentram-se em Rio Branco e Rio de Janeiro.



Os homens apresentam mais excesso de peso do que as mulheres. Elas tendem a ter uma prática alimentar melhor, com maior consumo de frutas e hortaliças, além de retirarem o excesso de gordura da carne e beberem menos leite integral. A população com menos escolaridade (de 0 a 8 anos) apresenta práticas de alimentação menos saudáveis.



Os refrigerantes, e as demais bebidas adoçadas, são indicados como um dos principais vilões da obesidade, já que seu consumo subiu muito nos últimos anos. A obesidade está ligada a problemas cardíacos e diabetes.



A pesquisa visa medir a prevalência de fatores de risco para Infarto, diabetes, doenças respiratórias, responsáveis por mais de 64% das mortes no país.



O levantamento, realizado anualmente desde 2006, apresenta dados sobre a saúde do brasileiro, a partir de indicadores como tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, sobrepeso e obesidade, alimentação e sedentarismo. É ouvida a população adulta com mais de 18 anos, nas 26 capitais e no Distrito Federal.



Fonte: AGAN

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Sal? Só uma pitadinha!


Não mais do que isso, garantem médicos e NUTRICIONISTAS. Do contrário, você estará se expondo a uma série de problemas de saúde


O paladar do brasileiro é acostumado ao sal. Churrasco e feijoada, por exemplo, se não forem bem salgados, parecem perder a graça. O problema em abusar do condimento é o que está por trás dele, em sua composição química: o sódio. Segundo o cardiologista Lucimir Maia, o brasileiro consome, em média, 13 gramas de sal por dia. Todavia, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a ingestão máxima de apenas 5 gramas do produto.


Insuficiências renal e cardíaca, HIPERTENSÃO, ameaça de derrame, problemas circulatórios, edemas pulmonares - tudo isso pode decorrer do consumo excessivo de sódio. A explicação é até simples, diz Maia: as moléculas de NaCl têm uma imensa capacidade de atrair água para os vasos sanguíneos, deixando-os inchados além da conta.


Mara Saleti De Boni, presidente do CONSELHO REGIONAL DE NUTRICIONISTAS no DF, ensina que a medida correta do consumo, indicado pela OMS, corresponde a uma colher rasa de chá. "Outra forma, menos higiênica, mas também válida, é a quantidade necessária para encher a tampa de uma caneta Bic", sugere. Ela ressalta que o padrão se aplica à população adulta de um modo geral. Os que não se encaixarem nesse perfil devem procurar um médico e um NUTRICIONISTA para uma DIETA adequada.


A NUTRICIONISTA alerta para o mau hábito de acrescentar sal a ALIMENTOS que já o têm naturalmente, como laticínios. O perigo maior, porém, está na comida industrializada, que abusa do sódio para fins de conservação. Enlatados, embutidos, macarrões instantâneos são exemplos disso. "Para se ter uma ideia, cada tablete daqueles de caldo de carne ou de legumes contém o necessário de sódio para um dia inteiro. E quase ninguém usa só um para cozinhar", observa.


Apesar de todos os contras, o sódio não é um vilão. O problema é o consumo exagerado. "Com o potássio, ele é responsável pela manutenção da quantidade de água no organismo", ensina a especialista. E não é preciso retirar o sal da DIETA de uma vez, ainda que seu objetivo seja "desintoxicar". "Quanto mais usamos um sabor, doce ou salgado, mais as papilas gustativas vão perdendo a sensibilidade para sentir o gosto natural dos ALIMENTOS", explica Mara. Por isso, o uso de temperos alternativos pode ser difícil no começo, mas, com o tempo, auxiliam no processo de readaptação.


Kátia Simone Pereira de Paulo, 35 anos, está aprendendo isso na prática. A coordenadora de atendimento de uma clínica descobriu faz um ano que tem HIPERTENSÃO. "É difícil ficar sem o sal. Sempre que vou a um restaurante, meus amigos reclamam", confessa. Mas em casa é mais tranquilo. Quem prepara as refeições é sua sogra, também hipertensa, assim todos da família entram na DIETA mais SAUDÁVEL. Frutas e verduras são obrigatórias no cardápio, e os gordurosos foram reduzidos. "Às vezes, a gente foge um pouquinho do recomendado, mas o acompanhamento com o médico mostra que estou melhorando", afirma.


A dica para substituir gradualmente o sal de cozinha é usar mais alho, cebola, orégano ou misturas de ervas naturais. O cardiologista Lucimir Maia também indica o uso de açafrão e sal DIETético. "Este é composto metade por cloreto de sódio (sal comum) e metade por cloreto de potássio. É o mesmo sabor, mas menos nocivo", explica.


Metas para a redução do sódio

Em 7 de abril, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e as associações que representam os produtores de ALIMENTOS processados assinaram um acordo que estabelece um plano de redução gradual na quantidade do sódio presente em 16 categorias de ALIMENTOS - começando por massas instantâneas, pães e bisnaguinhas. O pão de forma, por exemplo, terá de respeitar o limite de 645mg da substância por 100g de alimento. Outras metas, previstas para julho próximo, são relacionadas ao pão francês, bolos prontos, salgadinhos de milho e batatas fritas. Antes do fim do ano, será a vez dos biscoitos tipo cream cracker, embutidos, salame, mortadela, caldos, temperos e refeições prontas. "Essa redução terá impacto na população como um todo. Se intervirmos agora, diminuiremos os casos crônicos no futuro", opina o cardiologista Lucimir Maia.

Fonte: CRN2

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Quase metade da população está acima do peso


O Ministério da Saúde divulgou nesta segunda-feira (18) pesquisa que aponta que 48,1% da população brasileira está acima do peso e 15% são obesos. Há cinco anos, a proporção era de 42,7% para excesso de peso e 11,4% para obesidade. Os dados fazem parte da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel Brasil 2010).

Segundo a pesquisa, se for considerada somente a população masculina, mais da metade dos homens está acima do peso (52,1%). Entre as mulheres, a proporção é de 44,3%. Em 2006, a pesquisa apontava excesso de peso em 47,2% dos homens e em 38,5% das mulheres.

Para Deborah Malta, coordenadora de Vigilância de Agravos e Doenças Não Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, o expressivo crescimento no número de pessoas com sobrepeso e obesidade, em um curto período, é uma tendência mundial.

“A ocorrência do excesso de peso decorre do sedentarismo e de padrões alimentares inadequados. Essa é uma tendência mundial e o Brasil não está isolado. Ela é um reflexo do baixo consumo de alimentos saudáveis como frutas, legumes e verduras e do uso em excesso de produtos industrializados com elevado teor de calorias, como gorduras e açúcares, além de baixos níveis de atividade física”, explicou Deborah Malta.

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, disse que, mantido o ritmo atual, o Brasil terá em 13 anos o mesmo número de obesos que os Estados Unidos têm atualmente. "Se nós mantivermos o rtimo de crescimento [no índice de obesidade] que o Brasil vem tendo, em 13 anos nós vamos ter o mesmo índice de prevalência que os Estados Unidos têm atualmente".

A pesquisa mostra que 14,2% dos adultos não fazem nenhuma atividade física no tempo livre e que 30,2% dos homens e 26,5% das mulheres assitem televisão por mais de três horas ao dia. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a prática de 30 minutos de atividade física pelo menos cinco vezes por semana.


Alimentação
Em relação à alimentação, a pesquisa aponta que o brasileiro está consumindo menos feijão , mais leite integral - com gordura - e bastante carne com gordura aparente. O número de adultos que comem feijão pelo menos cinco dias por semana é de 66,7%. Em 2006, 71,9% dos brasileiros consumiam feijão.


A pesquisa aponta ainda que somente 18,2% dos brasileiros adultos consomem cinco porções diárias ou 400 gramas de frutas e hortaliças, quantidade recomendada pela OMS. O levantamento mostra que 34,2% se alimentam de carnes vermelhas gordurosas ou de frango com pele; e 28,1% consomem refrigerantes cinco vezes ou mais na semana.

Fonte: G1

Ministério da Saúde anuncia combate a alimentos gordurosos e com muito sal


O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, divulgou nesta sexta-feira (8) uma nova medida do governo para garantir a saúde dos brasileiros: um plano de redução de gordura nos alimentos industrializados. A medida foi anunciada um dia após Padilha ter fechado acordo com as indústrias de alimentos processados para diminuir o teor de sódio em pelo menos 16 categorias de produtos, e demonstra uma maior preocupação do governo federal com a alimentação da população.


"No segundo semestre vamos abrir a agenda para a redução de gordura. É um programa fundamental porque traz a indústria de alimentos para o debate (hábitos alimentares). O Brasil é pioneiro em relação aos demais países nisso", afirmou o ministro.


De acordo com Padilha, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ficará responsável pela fiscalização e controle das novas regras, que visam a cobater a obesidade e a melhorar a qualidade de vida dos brasileiros. Quanto à medida para diminuir o sódio, o Ministério afirmou que tem por objetivo estimular o povo a ingerir menos sal - os dados mais recentes mostram que o brasileiro consome, em média, 9,6 gramas de sal por dia, quase duas vezes mais que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).


A preocupação com a saúde da população é legítima, para o ministro. O consumo excessivo do sal, por exemplo, acarreta em um aumento na incidência de doenças crônicas como a hipertensão e os problemas cardíacos. E é um costume do brasileiro salgar sua comida bem mais que outros povos, já que seu paladar está mais acostumado. Sobre esse assunto, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), Edmundo Klotz, afirmou: “Devem ter alterações [no gosto], mas poderão ser imperceptíveis.”


As metas para a redução de gordura nos alimentos ainda não foram definidas, mas para a diminuíção do sódio o governo espera uma queda de 30% na concentração do elemento químico em massas e de 10% nos pães em um primeiro momento. Em julho, quando o plano de ação deve entrar em sua segunda fase, o governo espera ampliar o leque de produtos afetados pela nova regulamentação. E até o final do ano será definido o teor máximo de sódio para biscoitos, embutidos, pão francês, bolos prontos, mistura para bolo, salgadinhos de milho, batatas fritas, caldos, temperos, margarinas, maioneses, laticínios e refeições prontas.


Uma pesquisa realizada recentemente pelo ministério descobriu que 48% da população das capitais tem sobrepeso e 15% já é classificada como obesa. "É fundamental que a gente divulgue os hábitos de alimentação saudáveis", afirmou Padilha.

Fonte: CRN

sexta-feira, 11 de março de 2011

Obesidade geral prevê risco cardíaco tão bem quanto gordura localizada


Saúde. Estudo contesta consenso de que medida de circunferência abdominal estimaria ocorrência de doenças vasculares com mais precisão que o índice de massa corporal (IMC); as duas medidas seriam igualmente eficazes quando acompanhadas por outros exames.


Medidas de obesidade geral - como o Índice de Massa Corporal (IMC) - são tão boas para prever risco cardiovascular quanto estimativas de obesidade localizada - como a medida de circunferência abdominal. É o que diz estudo da Universidade de Cambridge publicado na revista The Lancet.


O resultado contesta o consenso anterior, que afirma que a medida de circunferência abdominal prevê com uma precisão três vezes maior o risco de enfarte do miocárdio quando comparado às estimativas baseadas no IMC.


A pesquisa avaliou informações sobre 221.934 pessoas, que participaram de 58 estudos de longo prazo. Os autores avaliaram o impacto de três variáveis comumente relacionadas ao surgimento de doenças cardiovasculares: a medida da circunferência do abdome, o IMC e a relação entre a medida do abdome e do quadril.


A conclusão foi que esses três fatores têm capacidade igual de determinar riscos cardiovasculares, desde que se levem em consideração dados adicionais sobre pressão sanguínea, histórico de diabetes e colesterol.


De acordo com o cardiologista Heno Lopes, coordenador do Ambulatório de Síndrome Metabólica do Instituto do Coração (Incor-USP), esses resultados concordam com os estudos que estão sendo realizados dentro do instituto paulista.


Ele enfatiza que, apesar de alguns médicos considerarem que a medida da circunferência abdominal diz mais sobre os riscos cardíacos do paciente, a tendência dos estudos atuais é considerar mais o IMC ao tentar estimar os riscos.


Lopes diz que parte da comunidade científica discute se a obesidade é um fator tão determinante para o surgimento de problemas no coração. "Sem dúvida, a obesidade está associada a mais de 30 doenças", aponta o cardiologista. "Mas em relação à doença cardiovascular, as coisas estão começando a mudar um pouco. Não é só a gordura que é responsável por esses problemas. Outros fatores genéticos podem ser mais determinantes (mais informações nesta página)".


O cardiologista Daniel Magnolli, diretor de Nutrologia do Hospital do Coração (HCor), concorda. "A obesidade, isoladamente, é um fator de risco com impacto menor que diabete, hipertensão e colesterol elevado." Ele afirma que as pessoas obesas costumam ter outras condições associadas relacionadas aos riscos cardiovasculares.


A endocrinologista Cláudia Cozer, diretora da Associação Brasileira para o Estudo da obesidade (Abeso), questiona o estudo, enfatizando que a medida da circunferência do abdome é determinante para o risco cardiovascular.



"A medida da circunferência abdominal é a que mais se equipara com resultados de tomografia para ver o quanto de gordura visceral o paciente possui. Os trabalhos de literatura mostram que esse exame de consultório simples e barato tem um índice de acerto de 96%", diz.


Para o médico Marcus Malachias, presidente do Departamento de hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia, a regra sobre o risco associado com o tamanho da circunferência abdominal continua valendo. "Quando medimos a circunferência abdominal, estamos medindo também uma gordura que está por dentro."


O endocrinologista Bruno Geloneze, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), sublinha que o IMC e a medida de circunferência abdominal só oferecem previsões igualmente precisas quando estão acompanhados de "dados adicionais sobre pressão sanguínea, histórico de diabetes e colesterol", como precisam os autores do estudo.


Mas ele recorda que tais dados são obtidos com exames mais complexos que o simples uso de uma fita métrica e uma balança - únicos instrumentos necessários para cálculo do IMC e da circunferência abdominal. Na prática, o uso conjunto do IMC e da medida de circunferência abdominal continua sendo uma alternativa eficaz para uma primeira triagem em pessoas que procuram a rede de saúde para avaliação de riscos cardiovasculares.


Vários autores do artigo declararam conflitos de interesse: de contratos com farmacêuticas a patentes relacionadas a exames de biomarcadores para doenças cardiovasculares.

Fonte: CFN

quinta-feira, 10 de março de 2011

Estudo encontra elo entre baixo peso ao nascer e obesidade na vida adulta

Já faz algum tempo que os cientistas tinham percebido que muitas crianças que nascem com pouco peso acabam virando adultos obesos. O motivo ainda está sendo estudado, mas um grupo de cientistas americanos apresentou nesta quinta-feira (10) uma possível explicação na revista científica “Brain Research”.


De acordo com os pesquisadores do Instituto de Pesquisas Biomédicas de Los Angeles, bebês de baixo peso acabam com menos neurônios na área do cérebro que controla a ingestão de comida.


Eles estudaram modelos animais que mostram que baixo peso ao nascer faz acontecer um crescimento acelerado para compensar. Segundo a autora principal do estudo, Mina Desai, o trabalho mostra a importância do aleitamento materno para manter a saúde das crianças e evitar a obesidade.


A pesquisa de Desai também afirma que a desnutrição ao nascer pode gerar problemas de cognição e comportamento.


Fonte: G1

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Alimentos termogênicos


Fuja das dietas da moda e encare uma alimetação saudável e diversificada que permite acelerar o metabolismo e queimar as gordurinhas extras.


A preocupação com a balança é presença constante no universo de mulheres que desejam manter a forma. Quando se tem uma rotina corrida, com horários apertados e pouco tempo destinado à alimentação, é comum dar atenção aos alimentos rápidos de comer, porém menos saudáveis.


Para deixar a preocupação de lado e aproveitar o que de melhor os cardápios oferecem, que tal dar preferência aos alimentos termogênicos? Como o próprio nome sugere, tais alimentos causam um efeito térmico que acelera o metabolismo e aumenta a temperatura corporal. Dessa forma, como são responsáveis por um gasto energético de 10%, ajudam a emagrecer com a queima de gordura corporal.


Gostou? Uma pena que os termogênicos não sejam milagrosos. Para que façam o efeito necessário eles devem estar aliados a uma alimentação saudável e a pratica de exercícios físicos. "Sozinhos, não têm nenhum efeito positivo no organismo", explica a nutricionista Luana Stoduto.


Para fazerem efeito, os alimentos termogênicos devem ser inseridos com regularidade no dia-a-dia. Outro hábito interessante, como beber bastante água, especialmente gelada, pode queimar cerca de 200 calorias quando ingerido um litro e meio diariamente, o equivalente a oito copos de água. "Isto acontece porque o organismo gasta energia para elevar a temperatura da água de 5ºC para 37ºC, que é a temperatura corporal interna", diz Luana.


Gengibre, pimenta vermelha e chá verde têm esse poder. Além de mostarda, laranja, kiwi, cafeína, guaraná em pó e aspargos, os vegetais fibrosos (brócolis, acelga, couve) e as gorduras vegetais, em especial a de coco, também possuem a característica de acelerar o metabolismo.


Produtos derivados de chocolate e os que contém ômega-3 (bacalhau, salmão, arenque, sardinha, anchova) e ácido linolêico conjugado (nutriente encontrado na carne bovina, de peru e em alguns laticínios) ainda entram na lista.


A seguir, seguem alguns alimentos termogênicos que ajudam você a entrar em forma:


Pimenta Caiena (pimenta vermelha) e pimentões: aumentam a circulação, melhoram a digestão e aumentam a temperatura do corpo. Em preparos quentes ou saladas, contendo de 3 a 4 gramas, é capaz de aumentar o metabolismo em 20%.


Gengibre: aumenta o metabolismo em 20%. O gengibre pode ser consumido cru, no tempero de aves e peixes, refogado, em forma de chá ou batido no liquidificador com frutas. Deve ser consumido três vezes ao dia.


Vinagre de maçã: uma colher de chá duas vezes ao dia.


Ômega 3: Aumenta o metabolismo basal, ou seja, queima calorias. Elimina o excesso de líquidos e aumenta a energia do organismo. Além disso, funciona como antiinflamatório, previne e trata doenças cardiovasculares. Fontes: óleo de prímula, óleos de peixes (como salmão e sardinha). Também está presente na semente de linhaça (misturar duas colheres de sopa a vitaminas, salada de frutas, saladas, etc.).


Chá Verde: uma xícara de chá de 5 a 10 minutos antes das principais refeições. O chá verde e o branco possuem inúmeras propriedades terapêuticas já conhecidas na prevenção de doenças, além de acelerar o funcionamento do metabolismo. Os compostos presentes na planta reduzem a absorção de açúcar no sangue - o que ajuda a diminuir a compulsão por doces - e inibem a ação da amilase, enzima responsável pela digestão de carboidratos. Além disso, aceleram o trânsito intestinal.


Canela: uma grama, duas vezes ao dia, na forma de chá, preparada com queijo, gratinada no forno ou polvilhada em sopas ou frutas como maçã, banana e mamão.


Guaraná: em pó ou cápsulas, 2 gramas, duas vezes ao dia. Encontrado em drogarias e casas de produtos naturais.


Apesar desses alimentos serem naturais, hipertensos,cardiopatas, gestantes e lactantes precisam ter atenção ao consumi-los, já que o excesso pode levar ao aparecimento de sintomas como dor de cabeça, tontura e insônia.

Fonte: CFN

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Óleo de cártamo, opção saudável para emagrecer


Muito difundido atualmente nas academias e no meio desportivo, o suplemento alimentar conhecido como óleo de cártamo vem ganhando cada vez mais adeptos, principalmente por aqueles que desejam perder peso com saúde. Segundo a nutricionista Natalia Lautherbach, da Rede Mundo Verde, usá-lo para moderar o apetite é possível pois ele estimula a lipólise, ou seja a “quebra” de gordura e a oxidação, “queima”, de gordura corporal.


Dessa forma, a pessoa se sente mais satisfeita com a ingestão de uma quantidade menor de alimentos.


— Por tratar-se de uma gordura, o óleo de cártamo promove a sensação de saciedade, auxiliando na redução do apetite. Além disso, ele é responsável por regular o hormônio gastrintestinal grelina, de ação orexígena, isto é, estimulante da fome — explica a especialista.


No entanto, a nutricionista afirma que, sozinho, os benefícios do nutriente são limitados.


— Para que a perda de peso e para eliminar a gordura corporal de forma saudável é essencial realizar uma reeducação alimentar e praticar exercícios físicos regularmente — alerta.


Conforme Natalia, as sementes que dão origem ao óleo de cártamo são ricas em polifenóis e ácidos graxos essenciais, nutrientes que temos que obter através da alimentação, pois o nosso organismo não os produz. Além disso, o óleo é composto por acido oléico (Ômega-9) e, principalmente, por ácido linoléico (Ômega–6).


De acordo com a especialista, por ser um óleo de origem vegetal, ele é riquíssimo em vitamina E, que possui ação antioxidante e atua “varrendo” os radicais livres do organismo.


Natalia diz ainda que, apesar de se tratar de um produtor natual, a auto-indicação é desaconselhada, pois é fundamental estar atento a possíveis danos à saúde.


— Por tratar-se de um suplemento alimentar, o seu consumo deve ser acompanhado por um nutricionista ou por um médico — destaca.


Fonte: ClickRBS - BEM-ESTAR

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Dieta da aveia acelera perda de peso


Se sua resolução de ano novo é emagrecer, aí vai uma dica preciosa: de acordo com especialistas, a aveia, mais do que um simples complemento alimentar, é uma grande aliada para a perda de peso. A conclusão é de uma pesquisa realizada recentemente pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Resultados iniciais do estudo mostraram que, quando o cereal é introduzido em uma dieta de baixa caloria, a perda de peso é bem mais significativa: 60% maior.


Segundo a professora Ana Maria Lottenberg, coordenadora do estudo, nos 16 dias da fase inicial, sem qualquer outra mudança no estilo de vida além da dieta, os pacientes que consumiram aveia chegaram a perder cerca de 2,6% do peso corporal. O mesmo não aconteceu com voluntários que, durante o teste, ingeriram uma cápsula semelhante, porém, sem aveia.


"Quando as pessoas ingeriram placebo (comprimido sem aveia), a média foi menor, 1,5%. Esta diferença pode ser explicada pela sensação de saciedade daqueles que comeram o cereal", diz. A aveia é rica em beta-glucana, uma fibra solúvel que, além de deixar o bolo alimentar por mais tempo no trato digestivo - o que mantém a pessoa satisfeita -, reduz a absorção de gordura e glicose, que são excretadas nas fezes, além de ajudar a baixar o colesterol ruim (LDL).


Segundo Ana Maria, essa fibra, também presente em outros grãos integrais como centeio, cevada e trigo, contribui ainda para a redução do diabetes e doenças cardiovasculares - frequentes em quem sofre de obesidade. Embora a aveia possa ser utilizada em todas as refeições, é importante restringir a quantidade diária, adverte o estudo. Em excesso, ela pode fazer até mal à saúde.


"Mesmo que a fibra traga muitos benefícios e seja rica em proteína, vitamina E, cálcio e zinco, em excesso ela diminui consideravelmente a absorção de gordura pelo corpo, prejudicando a captação de outros nutrientes", alerta a nutricionista Renata Pigliasco.


Por isso, o recomendado, segundo Renata, são duas colheres de sopa de farelo de flocos grossos por dia. "E para completar a dieta, muita água para ajudar o intestino a funcionar regularmente e não haver prisão de ventre" aconselha a nutricionista.

Fonte: CFN