segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Hormônios da saciedade


Um estudo realizado na Grécia sugere que comer uma refeição rapidamente corta a liberação de hormônios que induzem a sensação de saciedade, o que frequentemente pode levar a comer além do necessário. A associação entre comer apressadamente e ingerir alimentos demais já era conhecida, mas esse estudo inédito traz uma explicação provável para essa relação ao mostrar que a velocidade com que uma pessoa come pode impactar na liberação dos hormônios do intestino que avisam ao cérebro que chegou a hora de parar de comer.

No estudo, os voluntários tomaram 300ml de sorvete a diferentes velocidades. Os cientistas retiraram amostras de sangue dos participantes antes e depois da refeição e descobriram que os que demoraram 30 minutos para tomar o sorvete inteiro tinham concentrações mais altas dos hormônios PYY e GLP-1 e tendiam a sentir-se mais satisfeitos do que os que acabaram antes.

Fonte: Gazeta do Sul, Viver Bem, 23 de novembro de 2009

Boas novas para os diabéticos


A culinária mediterrânea é considerada uma das mais saudáveis e tem em seus pratos grãos integrais, hortaliças, azeite, noz, peixes, frutos do mar. Pois os amantes dessa dieta tem mais um motivo para apreciá-la. De acordo com pesquisa financiada pela Segunda Universidade de Nápoles, na Itália, ela reduz a probabilidade de que recém-diagnosticados com diabetes tipo 2 precisem de tratamento à base de remédios.

Dario Giugliano e seus colegas conduziram um estudo entre janeiro de 2004 e setembro de 2008 na Clínica de Diabetes da universidade italiana. Acompanharam 215 pessoas com sobrepeso (IMC maior que 25) entre 30 e 75 anos. Todos haviam descoberto a doença recentemente, nunca tinham recebido remédios anti-hiperglicêmicos e apresentavam níveis de hemoglobina A1c (HbA1c) inferiores a 11%.

Metade dos participantes aderiu à dieta mediterrânea. O outro grupo adotou uma alimentação de baixo teor de gordura. Em ambos os casos, as mulheres estavam restritas a 1,5 mil calorias por dia, enquanto os homens podiam alcançar 1,8 mil. Todos contaram com conselhos de nutricionistas e tinham de registrar diariamente o que ingeriam.

Segundo o relatório publicado no Annals of Internal Medicine, apenas 44% dos diabéticos que provaram as iguarias mediterrâneas precisaram do auxílio medicamentoso, contra 70% dos que fizeram refeições de baixo teor de gordura. Outras vantagens da dieta mediterrânea em comparação à outra foram maior perda de peso e melhor controle de açúcar no sangue e de risco coronariano.

Apesar desse efeito benéfico, a Associação Americana de Diabetes recomenda que os pacientes recém-diagnosticados com diabetes tipo 2 sejam tratados com a farmacoterapia, bem como com mudanças de estilo de vida.

Fonte: Gazeta do Sul, Viver Bem, 23 de novembro de 2009