sábado, 13 de junho de 2009

Anvisa quer alerta nos rótulos de suplementos


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quer que barras de proteína, repositores energéticos, sachês e outros suplementos alimentares sejam classificados como alimentos para atletas. A proposta, já discutida em consulta pública, pretende evitar o consumo desnecessário desse tipo de produto, cujas vendas vêm aumentando de forma significativa no país.

"Para quem faz exercícios moderados, mesmo que todos os dias, uma alimentação balanceada é suficiente. Não é preciso suplementos", afirma a gerente-geral de alimentos da agência, Denise Resende. O efeito prático é que esses alimentos passariam a estampar advertência de que são produtos destinados a atletas.

Para a diretora, pessoas que praticam atividades físicas no lazer são bombardeadas por uma ação de marketing que associa o uso de suplementos à melhoria do desempenho, a um corpo forte e bem condicionado. "Não é o suplemento que vai garantir essas condições", diz.

Ela alerta que o consumo excessivo de suplementos pode trazer prejuízos à
saúde. "Tanto é que, no texto da resolução, incluímos um alerta para que o produto não seja consumido por crianças, gestantes, idosos e portadores de enfermidades."

De olho no mercado crescente, a Associação Brasileira de Produtos Nutricionais (Abenutri) organizou um manifesto contra a proposta. "A medida é desnecessária, exagerada, um desrespeito à liberdade", avalia o presidente da Abenutri, Euclésio Bragança. Embora a resolução não proíba o uso de produtos por não atletas, ele está convicto de que os novos termos poderão trazer prejuízos para o setor.

Segundo ele, o alerta nas embalagens de que o produto é destinado para atletas pode afastar parte dos consumidores. Bragança conta que o manifesto já reuniu sete mil assinaturas. Entre os argumentos usados está o de que a resolução fere a liberdade de escolha. "O que é alimentação balanceada?", questiona. Ele acrescenta ainda que as pessoas têm direito de subtituir uma refeição por um complemento, desde que tenham vontade.

A gerente da Anvisa observa que, mesmo com a resolução, nada vai impedir o consumo. "Complementos são considerados alimentos. E alimentos não são proibidos", diz ela. Mas ela observa que cabe a agência fazer recomendações para garantir que os produtos sejam usados de forma adequada.

Pela regulamentação, empresas devem colocar nos rótulos advertências como a necessidade de uso do produto sob recomendação de nutricionista ou médico. E, ainda, que o produto não substitui alimentação equilibrada. Também não podem haver expressões que façam referências a hormônios ou queima de gorduras, anabolizantes ou hipertrofia muscular.

A consulta pública já terminou. Agora, as sugestões estão em análise pela Anvisa. Uma audiência pública deverá ser marcada para discutir as alterações e, terminada essa etapa, a resolução será publicada.

Fonte: Jornal Gazeta do Sul

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Carne vermelha: consuma com moderação


A ingestão de carne vermelha está relacionada à maior prevalência de doenças cardiovasculares e de diversos tipos de cânceres. Consequentemente, também tem ligação com o aumento do risco de morte. As conclusões acima são do estudo Red and Processed Meat Intake Linked to Mortality, publicado recentemente na revista Archives of Internal Medicine.


Após acompanhar 332.263 homens e 223.390 mulheres, o registro de mortalidade por todas as causas foi estatisticamente significativo nas pessoas com maior ingestão de carne: 31% maior entre os homens e 36% maior entre as mulheres. Na avaliação de mortalidade por câncer, percebeu-se um aumento de 20% nos indivíduos com elevada ingestão de carne vermelha. No caso das doenças cardiovasculares, o aumento foi de 27% para os homens e 50% para as mulheres.


Há diversas hipóteses para tal associação. O dr. Eric Slywitch, docente dos cursos de especialização do GANEP Nutrição Humana, explica que a própria composição da carne, por seu maior teor de gordura saturada e ferro heme; a formação de compostos durante o seu aquecimento (hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, aminas heterocíclicas mutagênicas, mutagênicos N-nitroso); e os conservantes utilizados na preservação (nitritos) podem estar ligados ao aumento do risco de desenvolvimento dessas doenças.


Segundo o nutrólogo, fatores como sedentarismo, tabagismo e obesidade, associados ao consumo de carne, aumentam a suscetibilidade. Também colaboram para isso a hipercolesteolemia, a hiperinsulinemia ou diabetes, atividade inflamatória elevada, níveis elevados de homocisteína e de ferro, antecedentes familiares para tais doenças, baixa ingestão de alimentos de origem vegetal (frutas, verduras, legumes, cereais integrais e feijões), entre outros.


Os carnívoros inveterados não têm muitas alternativas para se prevenir dos problemas decorrentes. “Cozinhar a carne em água ou comê-la crua seriam as duas formas que não se associam ao crescimento do risco de câncer de intestino. Mas, considerando todos os riscos no geral, o ideal é consumir o mínimo possível (menos de 20 gramas por dia) de carnes processadas ou, se possível, não consumir. O mesmo serve para churrasco, grelhados e outras formas não cozidas ou cruas”, afirma o dr. Slywitch.

Fonte: Nutritotal

terça-feira, 9 de junho de 2009

Consumo mundial de alimentos


O gráfico ao lado mostra o consumo mundial de alimentos, publicado pela FAO agora em junho (2009). Como pode ser observado na figura o consumo de cereais, laticínios e carnes caiu no último ano, mas veja o consumo de açúcar (Sugar - linha mais clara): voltou a aumentar e aumentou muito! O consumo de açúcar não deveria ultrapassar 10% das calorias diárias.


O IBGE estima que os brasileiros consumam 13% de calorias derivadas de açúcar só em casa, sem contar com o açúcar, doces, balas e refrigerantes consumidos na rua! O USDA recomenda que não sejam ultrapassadas 10 colheres de sopa de açúcar ao dia. Há, isso é muito, certo? Certo, mas uma única lata de refrigerante contém estas 10 colheres de sopa de açúcar; 10 balas (50g) contém 11 colheres, 1 xícara de cereal matinal já adicionado de açúcar contém 4 colheres, 250ml de limonada no restaurante pode conter até 7 colheres! Fora o açúcar dos cafezinhos, do achocolatado para o leite, do iogurte de frutas, do chocolate ou da sobremesa do almoço.


E você sabe: açúcar em excesso contribui para o aumento do peso e dos triglicerídeos. Além disto, este açúcar simples não contém fibras, vitaminas e minerais o que ocasiona um desequilíbrio em nosso organismo. Alguns autores relacionam, inclusive, o excesso de açúcar com depressão, constipação, congestão, ansiedade, inflamação e disfunções no sistema imune, dentre outros problemas.

Fonte: Dicas da Nutricionista