sexta-feira, 29 de maio de 2009

Marcador de risco cardiovascular


Um pescoço robusto representa uma ameaça para todo o corpo. Para chegar a essa conclusão foi realizado um estudo avaliando a circunferência do pescoço de mais de 3 mil pessoas. Quanto maior a medida obtida, maior a associação com problemas que levam ao entupimento dos vasos, como hipertensão e baixos níveis de colesterol bom.

Outros estudos já relacionavam a largura do pescoço à obesidade total e à resistência à insulina, distúrbio que pode resultar em diabetes.

Foi destacada a importância das dimensões do colarinho como um possível alarme independente do tamanho da barriga, que em tese poderia até ser enxuta, se bem que é raro encontrar alguém de pescoço grosso que não seja barrigudo. Também não dá para dizer que esta medida será um marcador isolado.

Ainda não se tem parâmetros seguros para definir as medidas ideais. Isso somente novos trabalhos poderão dizer. É preciso buscar uma média que sirva para todos os homens e uma para todas as mulheres, senão o marcador perde sua praticidade.

A gordura instalada no pescoço pode ser comparada à gordura que se acumula na barriga, pois acredita-se que ela tenha uma atividade anormal e produza substâncias nocivas.

As artérias situadas na região da garganta, caso das importantes carótidas (levam o sangue para o cérebro), seriam bastante prejudicadas. O tecido gorduroso situado ali afeta os vasos próximos ao coração. Um pescoço gordo pode abrigar uma carótida cheia de placas de gordura e, assim, favorecer um derrame.

Quem tem gordura sobrando no pescoço também possui maior chance de desenvolver apneia do sono (interrupções na passagem do ar enquanto a pessoa dorme), que está associada a fatores de risco cardiovascular, como a hipertensão.

Para evitar que a gordura se acumule ali, devem ser adotadas as mesmas estratégias que eliminam o excesso de gordura em outros cantos do corpo. A clássica parceria entre dieta balanceada e a prática regular de exercícios físicos.

Fonte: Revista Saúde

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Grávidas e mal alimentadas

Um levantamento realizado pela Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo apontou que cerca de 80% das adolescentes grávidas se alimentam de maneira inadequada durante a gestação. A pesquisa, feita no Ambulatório de Nutrição do Hospital Maternidade Interlagos, indicou também que apenas 10% conseguem mudar os hábitos alimentares na gravidez.


O levantamento foi feito com 200 adolescentes gestantes, com até 17 anos, atendidas no ambulatório no primeiro trimestre deste ano. Entre os problemas, o principal é a ingestão excessiva de alimentos altamente calóricos e com grande teor de sódio.


Os que lideram a lista dos mais consumidos pelas jovens na gestação são os s
algadinhos industrializados, bolachas doces recheadas, hambúrguer, macarrão instantâneo, chocolate, sucos de saquinho e batata frita.


Segundo Marta Del Porto Pereira, nutricionista do ambulatório, esses problemas alimen
tares são prejudiciais tanto para a mãe quanto para o bebê. “Consumir comidas assim durante a gestação provoca alterações sérias nos níveis de glicemia da mãe, além de causar pressão alta. E para o bebê, o sofrimento é inevitável, interferindo até mesmo na sua formação e no ganho de peso”, disse.


De acordo com a nutricionista, é preocupante o fato de não ocorrerem mudanças na alimentação, apesar de toda a orientação que elas recebem durante o pré-natal. “As jovens de uma maneira geral não medem as consequências de que o que elas fazem hoje de errado vai refletir amanhã diretamente no bebê. Mudar esses hábitos e essa visão é uma tarefa muito complicada”, alertou.


A Secretaria da Saúde destaca que durante a gestação é fundamental ter uma alimentação equilibrada e ingerir alimentos saudáveis, como frutas, verduras, legumes e fontes de ferro e ácido fólico, como o feijão. Beber bastante água também é fundamental nesse período.


Para ter uma gestação saudável, é importante evitar alimentos gordurosos como frituras, embutidos, doces em excesso e grande quantidade de carboidratos. Eles elevam os níveis de glicemia do corpo e podem ocasionar pressão alta na mãe.

Fonte: Agência FAPESP