sábado, 9 de janeiro de 2010

Benefícios da troca de sal para a saúde cardiovascular


A atual recomendação da Organização Mundial da Saúde é que o consumo diário de sal não exceda 6 g por dia, o que equivale a uma colher de chá. No entanto, o consumo está muito além disso. Nos países ocidentais chega a 10 g em média, enquanto que no Brasil, assim como nos países asiáticos e na Europa oriental atinge 12 g.

Para se ter uma ideia, um estudo recém-publicado pelo periódico British Medical Journal revela que uma redução de pelo menos 5 g no consumo diário de sal seria capaz de diminuir o risco de acidente vascular cerebral em 23%, e o de doenças cardiovasculares em 17%.
Isso significa que a redução do consumo de sal evitaria mais de um milhão de mortes ao ano por acidente vascular cerebral e outras três milhões por doenças cardiovasculares em todo o mundo, no mesmo período.

A explicação para isso está no fato do consumo de sal estar diretamente ligado a hipertensão arterial, que por sua vez está presente em cerca de 50% dos casos de doença das coronárias e em 60% dos acidentes vasculares cerebrais.

Estudos também têm alertado para um novo aliado da pressão arterial: o potássio. Já é consenso entre especialistas que o consumo regular de potássio é capaz de reduzir a pressão arterial. O ideal, portanto, é que pouco a pouco o sódio seja substituído pelo potássio em benefício da redução do risco de doenças cardiovasculares.


Sódio e potássio


Para aumentar o consumo de potássio, abuse de alimentos como feijão, ervilha, vegetais verde-escuros, banana, melão, cenoura, beterraba, frutas secas, tomate, batata inglesa e laranja. Na outra ponta, podemos começar a reduzir o consumo de sódio com a simples medida de retirar o saleiro da mesa. Para temperar a comida, o sal e outros condimentos industrializados devem dar lugar a ervas como a sálvia, tomilho, louro, cebolinha, alecrim, e outros, que podem temperar a comida adequadamente. Devem ser evitadas as conservas, enlatados e salgadinhos, bem como carnes processadas, embutidos e fast food.

Fonte: Nutritotal

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Boas notícias sobre a merenda escolar


O Ministério da Educação anunciou na semana passada o aumento do valor do repasse por aluno no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), passando de R$ 0,22 para R$ 0,30.


Esse aumento atende a reivindicação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea). Em reunião plenária realizada em junho, os conselheiros aprovaram uma sugestão de valor per capita de R$ 0,35.


Entre 1994 e 2003, o valor per capita esteve congelado em R$ 0,13. De 2004 para cá, o reajuste é de 130%, segundo informações do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão do Ministério da Educação.


A mudança da semana passada foi feita através da resolução 67. Esse valor de R$ 0,30 será para os alunos matriculados na pré-escola, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos (EJA).


Para alunos matriculados em creches, escolas de educação básica em áreas indígenas e quilombolas, o valor será de R$ 0,60. Para os estudantes do Programa Mais Educação, o per capita era de R$ 0,90.


Criado entre os anos 1940/1950 e hoje atendendo a 47 milhões de estudantes, o PNAE é um do maiores e mais antigos programas de alimentação escolar em todo o mundo. Sua finalidade é contribuir para o crescimento e desenvolvimento biopsicossocial do aluno, bem como a aprendizagem, o rendimento escolar e, sobretudo, a formação de hábitos alimentares saudáveis.


Os seguidos reajustes do valor per capita não são os únicos avanços conquistados através de demandas apresentadas pelo Consea. No período de 2003 a 2009, o PNAE incluiu alunos de creches, do ensino médio (antigo 2º grau) e de alfabetização de jovens e adultos; atendimento diferenciado a alunos de áreas indígenas e quilombolas; atendimento especial para alunos de municípios com baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb); aquisição direta de gêneros da agricultura familiar e criação e expansão de Centros de Alimentação e Nutrição do Escolar.

Entre 2004 e 2008, o número de municípios com nutricionistas cuidando da merenda escolar quase quadruplicou, saltando de 1.001 para 3.872. Há dois anos o FNDE formou parcerias com cinco universidades federais para a criação dos Cecanes - Centros Colaboradores em Alimentação e Nutrição do Escolar.


Outra conquista no campo da segurança alimentar e nutricional nos últimos tempos foi a obrigatoriedade de oferta mínima de três porções de frutas e hortaliças por semana e a fixação de limites máximos de sódio, gordura e açúcar na alimentação escolar.


Com relação ao repasse do governo federal aos municípios, o montante que em 2003 era de R$ 954 milhões, chegará a R$ 3 bilhões agora em 2010.

Fonte: CFN