quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Sibutramina


A realização de estudo sobre sibutramina, concluído ao final de 2009, demonstrou um aumento em 16% do risco cardiovascular não fatal nos pacientes tratados com sibutramina, tais como infarto do miocárdio, derrame, parada cardíaca com ressuscitação, comparados aos pacientes tratados com placebo. Denominado SCOUT (Sibutramine Cardiovascular Outcomes), o estudo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo foi realizado por um período de 6 anos em aproximadamente 10.000 pacientes com obesidade associada a doenças cardiovasculares e pacientes com diabetes do tipo 2, com sobrepeso ou obesidade, e associada a fatores de risco de doenças cardiovasculares.


O estudo confirma, com maior abrangência no número de pacientes, o que já se encontra advertido em bula sobre aumento no risco do desenvolvimento de eventos cardio e cerebrovasculares com o uso da sibutramina em pacientes com o perfil semelhante ao dos pacientes incluídos no estudo.


Esta análise é suficiente para que a Anvisa tome a seguinte medida imediata:

Contra-indicar o uso de medicamentos contendo sibutramina para os pacientes com perfil semelhante aos incluídos no estudo em questão, ou seja:

a) Pacientes que apresentem obesidade associada à existência, ou antecedentes pessoais, de doenças cardio e cerebrovasculares;

b) Pacientes que apresentem Diabetes Mellitus tipo 2, com sobrepeso ou obesidade e associada a mais um fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares;


Já se iniciou uma avaliação pormenorizada do estudo em questão, agregada de outros fatores relativos ao uso da sibutramina, no sentido de elucidar os níveis de segurança do medicamento em pacientes com perfis distintos dos ora estudados. Esta avaliação poderá levar a Anvisa a determinar outras medidas restritivas ao uso da sibutramina.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Câncer colorretal


Um estudo norte-americano publicado na revista Cancer Epidemiology Biomarkers and Prevention apontou que o câncer colorretal teve crescimento mundial que varia de 11% a 92%, no período de 1983 a 2002. Segundo os pesquisadores, o aumento da incidência pode ser atribuído a um maior consumo de carne vermelha em detrimento de frutas, verduras e cereais.

A pesquisa avaliou dados de pacientes em 51 países. Em 27 deles, distribuídos nos cinco continentes, foi constatado o aumento desse tipo de câncer. Em todo o mundo, foi o terceiro tumor mais frequente entre mulheres e o quarto entre homens. No Brasil, ocupa o terceiro lugar entre as mulheres e o quarto entre os homens, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Em números absolutos, a mortalidade por esse tipo de câncer no País também deu um grande salto na última década. Entre homens, passou de 2.843 (em 1996) para 5.142 (em 2006), um aumento de 81%. Entre mulheres, o aumento foi de 69% (de 3.352 para 5.679).

O câncer colorretal, quando detectado em seu estágio inicial, possui grandes chances de cura. Pessoas com mais de 50 anos devem se submeter anualmente ao exame de pesquisa de sangue oculto nas fezes e, se o resultado for positivo, devem realizar colonoscopia. Indivíduos com histórico pessoal ou familiar de câncer de cólon e reto, portadores de doença inflamatória do cólon (retocolite ulcerativa e doença de Chrohn) e de algumas condições hereditárias (FAP e HNPCC) devem procurar orientação médica. Uma dieta rica em frutas, vegetais, fibras e cálcio ajuda a prevenir sua incidência.


terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Mangaba contra a hipertensão


O Jornal Nacional mostrou uma matéria interessante sobre os últimos estudos envolvendo esta fruta indígena.


Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais estão animados com os primeiros testes com plantas para tratamento da hipertensão. A mangabeira, na dose certa, se mostrou muito mais eficaz que o remédio mais vendido contra a pressão alta.


Os pesquisadores fizeram um extrato da folha, dissolveram em água e serviram a camundongos hipertensos.


As análises mostraram que o chá da mangabeira tem três princípios ativos. Juntos, eles são até dez vezes mais potentes do que o captopril, usado no tratamento da pressão alta.


O chá ainda tem uma qualidade extra: além de inibir a produção de substâncias que causam a hipertensão, ele também é vasodilatador. Nos animais, a pressão arterial baixou e ficou controlada.


A especialista em plantas medicinais, Maria das Graças Lins Brandão, professora da UFMG, alerta que não se deve trocar medicamentos por chá sem autorização médica.


“O perigo é de fazer o remédio de forma inadequada, extrair uma quantidade grande de princípio ativo, usar uma dose excessiva e fazer até mal ou não fazer o efeito adequado”.


Os testes em humanos devem começar neste ano. A pesquisa também investiga os poderes da raiz do olho-de-boi contra a pressão alta.

Fonte: Blog Converse com a Nutricionista