terça-feira, 11 de agosto de 2009

Dieta para o bem dos olhos


O consumo regular de peixes, redutos de ômega-3, diminui o risco de degeneração macular relacionada à idade, problema que pode levar à cegueira. Altas doses dessa gordura são encontradas na retina e precisam ser constantemente renovadas. Comer pescados no mínimo uma vez por semana já reduz a probabilidade de ver a mácula sofrer.

O ômega-3 é importante para preservar os pequenos vasos que irrigam os olhos e ainda protege a retina contra inflamações. Não são apenas os peixes que merecem entrar no seu prato: as nozes também são guardiãs da visão. O azeite de oliva é outro exemplo. O benefício vem da mistura de gorduras saudáveis e substâncias antioxidantes.

As gorduras benéficas selecionadas para o cardápio ainda mantém um elo com a lubrificação do globo ocular. E quem sobressai de novo é o ômega-3, consagrado no combate ao olho seco.

Os radicais livres, moléculas que, em excesso, danificam as células do corpo, não poupam os olhos. No fundo, a degeneração macular é resultado do acúmulo de oxidação numa porção da retina. Isso é motivo para investir nos antioxidantes, como as vitaminas C das frutas cítricas e E das nozes e castanhas, faz diferença para evitar que a visão enferruje.

Ainda existe a luteína, presente nas folhas verde-escuras, e a zeaxantina, encontrada no milho. Essa dupla protege contra a degeneração macular. Elas se depositam seletivamente na retina, onde se concentra a maior parte dos receptores de luz. Ali, elas também atuam como filtros contra a luz azul, uma readiação que lesa os nervos ópticos.

Na cenoura, na abóbora e no tomate deparamos com o betacaroteno, substância que se transforma em vitamina A dentro do corpo. A vitamina A pronta é oferecida pelo leite, pelos ovos e pelo bife de fígado. Essa vitamina ajuda a manter a lubrificação dos olhos e é componente de um pigmento que nos permite enxergar com pouca luz ou no escuro. A carência do nutriente causa cegueira noturna principalmente entre crianças e, em casos graves, leva à perda total da visão.


O grande vilão da visão é a gordura trans, pois ao longo dos anos, ela multiplica a probabilidade de um indivíduo sofrer de degeneração macular. A trans está ligada a níveis desregulados de gordura no sangue e a processos inflamatórios, condições que aumentam o risco da doença. A degeneração da mácula é marcada pelo aparecimento de vasos sanguíneos anormais e por uma constante inflamação local.

O açúcar é outro fator prejudicial nessa história. São os diabéticos que não controlam os níveis de glicose no sangue os principais alvos de lesões que, no decorrer de décadas, fazem a retina sucumbir. Nessa região, o excesso de glicose propicia a formação de radicais livres e um processo inflamatório que levam a estrutura celular ao colapso.

Exagerar na carne vermelha traz prejuízos aos olhos. O consumo elevado desse tipo de alimento vem associado a altos níveis de compostos nocivos, como as nitrosaminas. Essas substâncias aceleram a oxidação, contribuindo para o surgimento de degeneração macular.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Café, chás, sucos estão no lugar do leite materno


Pesquisa do Ministério da Saúde mostra introdução precoce de outros líquidos que não seja o leite materno na alimentação do bebê. Água (60,4%), chás (16,5%), sucos (37%) e outros leites (48,8%) foram oferecidos às crianças já nos seis primeiros meses de vida, período em que o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde recomendam aleitamento materno exclusivo. Além dessas bebidas, foi constatada a ingestão de alimentos não saudáveis como bolachas, refrigerantes e café por crianças com menos de 12 meses. O levantamento foi feito em 27 capitais e em outros 239 municípios, o que somou informações de aproximadamente 118 mil crianças.

Cerca de 1/4 das crianças, entre 3 e 6 meses, já consumiam comida salgada (21%) e frutas em pedaço ou amassadas (24,4%). A Região Sudeste foi a que apresentou maior percentual de crianças recebendo comida salgada entre 3 e 6 meses de idade (28,9%), superando em mais de três vezes a Região Norte (8,9%).

Em contrapartida, cerca de 27% das crianças entre 6 e 9 meses, período no qual se recomenda a introdução de alimentos sólidos/semi-sólidos na dieta da criança, não recebiam comida salgada. A Região Sudeste também foi a que mais as crianças recebem frutas precocemente, entre 3 e 6 meses (28,3%). A Região Norte apresentou o menor índice (17,5%).

Em relação aos marcadores de alimentação não saudável, constatou-se o consumo elevado, em crianças entre 9 e 12 meses, de café (8,7%), de refrigerantes (11,6%) e, especialmente, de bolachas e/ou salgadinhos (71,7%).


A recomendação do Ministério da Saúde é que o bebê deve se alimentar exclusivamente de leite materno até seis meses de idade. Não há necessidade nem de ingestão de água. Após essa idade, ao introduzir água, por exemplo, deve ser dada em copo e não em mamadeira. Pois tanto a chupeta e a mamadeira acostumam o bebê a sugar de maneira diferente, o que influencia na sucção do leite.

- Aleitamento materno: o tempo médio do período de Aleitamento Materno (AM) no País aumentou um mês e meio: passou de 296 dias, em 1999, para 342 dias, em 2008, nas capitais e Distrito Federal.

- Aleitamento exclusivo: o estudo também revelou um aumento do índice de Aleitamento Materno Exclusivo (AME) em crianças menores de quatro meses. Em 1999, era de 35%, passando para 52% em 2008. Outro resultado importante está relacionado com o aumento na duração do AME nas capitais e Distrito Federal. Em 1999, era de 24 dias e, em 2008, passou a ser de 54 dias.

Fonte: Ministério da Saúde