quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

11 alimentos que derrubam o colesterol

1 - AVEIA: o mérito é da betaglucana, um tipo de fibra que inibe a síntese do colesterol. A recomendação diária de fibras varia entre 20 e 35 gramas, sendo de 5 a 10 gramas solúveis. Um pote de aveia pela manhã oferece de 1 a 2 gramas desse tipo de fibra.

2 - SOJA: seus grãos e derivados carregam uma proteína que auxilia a excreção de ácidos biliares no intestino - uma boa, porque eles são ricos em colesterol. Além disso, o consumo desse alimento reduz a oxidação do LDL, o colesterol maléfico. A ingestão diária deve ser de 25 gramas.

3 - FITOESTERÓIS: você encontra margarinas, iogurtes e leites enriquecidos com a molécula vegetal que, aliás, também está presente na soja. Sua grande vantagem é diminuir a absorção do colesterol ingerido. Coma duas porções desses produtos por dia.

4 - CEVADA: a exemplo da aveia, o que sobressai aqui são as fibras. Elas marcam presença em todos os grãos integrais, como o farelo de trigo, a semente de linhaça e o gergelim. Essa turma ainda fornece vitaminas e minerais importantes, principalmente vitamina B e selênio.

5 - PEIXES GORDOS: neste grupo entram o salmão, a sardinha, o arenque, a cavala e o atum. Entre seus ingredientes está o ômega-3, que ajuda o coração de duas maneiras: substitui as gorduras saturadas e aplaca os efeitos do mau colesterol. Lembre-se de incluir esses pescados no cardápio duas ou três vezes na semana.

6 - FEIJÃO: pesquisas mostram que é possível reduzir em até 10% os níveis de LDL comendo a leguminosa diariamente. Quem se arrisca a chutar o motivo? De novo, as fibras. Sem falar que o feijão é um ótima fonte de proteínas e aumenta a sensação de saciedade.

7 - OLEAGINOSAS: castanhas, nozes e amêndoas estão cheias de gorduras monoinsaturadas. Muitos estudos apontam que, além de reduzir as moléculas gordurosas nocivas, esse tipo de gordura é capaz de elevar o HDL, a versão benéfica do colesterol. Outra boa fonte é o azeite de oliva.

8 - BERINJELA E QUIABO: se você é daqueles que torcem o nariz para essa dupla, é hora de repensar suas preferências. Ambos os vegetais possuem baixíssimo valor calórico e substâncias antioxidantes. De quebra, são boas fontes de fibras solúveis.

9 - ÓLEOS VEGETAIS: de soja, milho ou girassol, eles guardam bastante ômega-6 uma gordura poli-insaturada famosa por reduzir os níveis de colesterol. Duas colheres de sopa de um desses óleos ao dia são suficientes para controlar a produção de LDL.

10 - MAÇÃ, MORANGO E FRUTAS CÍTRICAS: essas frutas são ricas em pectina, outro tipo de fibra solúvel que contribui para a eliminação do colesterol. Elas também estão repletas de vitaminas e antioxidantes, verdadeiros protetores das células.

11 - SUPLEMENTOS DE FIBRA: no Brasil, esses produtos são mais recomendados para quem tem o intestino preguiçoso. Mas, nos Estados Unidos, eles já são usados para deixar as artérias mais relaxadas. Aqui, os especialistas concordam que é preferível adotar uma alimentação equilibrada antes de recorrer aos suplementos.

Fonte: Revista Saúde (dezembro de 2009)

Contaminação cruzada


Há algumas semanas, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fez um alerta sobre o risco de contaminação cruzada de alimentos, que acontece quando o mesmo objeto – utensílios e equipamentos – é utilizado em alimentos crus e, em seguida, nos cozidos, ou até mesmo pela manipulação. De acordo com dr. Wilson Roberto Catapani, professor titular da disciplina de gastroenterologia da Faculdade de Medicina do ABC, o risco não é apenas atual, mas recorrente e está presente em qualquer lugar.


“O importante é ter sempre cuidado na manipulação de alimentos crus. Para eliminação das bactérias, é preciso submetê-los ao cozimento em temperaturas acima de 70ºC, além de lavar todos os alimentos muito bem. O grande potencial de contaminação está nos frutos do mar e no ovo cru, assim como seus derivados, por exemplo, a maionese”, explica dr. Wilson.


Estes alimentos citados pelo médico gastroenterologista são responsáveis por 34,5% dos episódios de doenças originadas de alimentos no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Um desses males, a intoxicação alimentar, se manifesta de formas diferentes, conforme o estado de saúde do paciente. Se o indivíduo possui alguma doença de base ou não, e a faixa etária são algumas das variáveis. Nos casos dos mais debilitados e com idade avançada, o quadro se agrava significativamente, com risco de óbito.


O processo de contaminação ocorre pela transferência de microrganismos, presentes em carnes cruas e vegetais não lavados, para os alimentos cozidos. Em 2009, a Anvisa determinou que o rótulo dos ovos deve conter declarações como “O consumo deste alimento cru ou mal cozido pode causar danos à saúde” e “Manter os ovos preferencialmente refrigerados”. Carnes e miúdos de aves têm informações semelhantes em sua rotulagem.


Como evitar contaminação cruzada

- Separar carnes e peixes crus de outros alimentos

- Manipular alimentos crus e cozidos utilizando equipamentos e utensílios, como facas ou tábuas de corte, independentes

- Guardar os alimentos em embalagens ou recipientes fechados para evitar o contato entre crus e cozidos

- Lavar bem os utensílios e as mãos após a manipulação de alimentos crus

- Guardar na geladeira os alimentos cozidos, mesmo que ainda estejam quentes.

Fonte: Nutritotal

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Sedentarismo e maus hábitos alimentares

Com previsão de ser finalizado ainda este ano, um estudo realizado por acadêmicos da Faculdade de Enfermagem (FE) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) revela dados alarmantes sobre os alunos daquela instituição que podem espelhar a má alimentação dos jovens nos dias de hoje.


Segundo o estudo, apenas 50% dos alunos almoçam durante a semana. Ainda assim, muitas destas refeições são substituídas por um lanche. Outros pontos identificados foram o alto índice de sedentarismo (74%) e grande quantidade de pessoas que acrescentam sal nos alimentos já preparados (35,48%).


A “Análise dos Hábitos Alimentares dos Discentes da Faculdade de Enfermagem da Uerj”, de autoria de Diana da Silva Marinho, foi realizada com o apoio da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), e orientação da doutora e professora Lina Márcia Miguéis Berardinelle, do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica (DEMC) da FE da Uerj.


O estudo

Foram avaliados 124 estudantes em um período de três meses, observando-se a frequência, a substituição e o tipo de alimentação, além das interferências destes hábitos na saúde.


A pesquisa partiu do princípio de que por meio de uma alimentação balanceada temos os nutrientes necessários para desenvolver resistência aos riscos a que somos expostos no meio ambiente, assim como às agressões hereditárias.


Apesar de mostrar um perfil ainda distante do ideal, o estudo observou ao menos um ponto positivo: apenas 3,2% dos alunos são fumantes. De acordo com as autoras, isso pode ser resultado das recentes campanhas antitabagismo.


A popularidade dos regimes alimentares também pode ser observada neste estudo. Quase 84% das respostas foram afirmativas para a realização de dietas, sendo 24% com restrição de gorduras.


Com base nestas e em outras informações coletadas, as pesquisadoras concluíram que o estudo enquadra-se nas projeções feitas pela Organização Mundial da Saúde em análise da estratégia Global para alimentação, atividade física e saúde.


O documento indica um crescimento epidêmico de doenças cardiovasculares, neoplasias e diabetes tipo 2 na maioria dos países em desenvolvimento. Um dos principais fatores que explicam esta tendência é a alimentação predominante nesses países, que tem levado ao aumento expressivo da obesidade.


Conclusões

A conclusão, no entanto, não é nada animadora. Os hábitos identificados como frequentes entre os estudantes são danosos e, somados ao histórico familiar, ampliam os riscos para o adoecimento precoce e o desenvolvimento de distúrbios cardiovasculares.


O motivo apresentado pelas pesquisadoras para essa rotina inadequada vivida pela maior parte dos estudantes é a falta de conhecimento sobre o próprio corpo. Por se tratar de indivíduos que estão entrando na fase adulta, os pesquisados ainda têm muitas dúvidas acerca de como se manterem saudáveis.


Observando as influências do mundo globalizado sobre todas as situações durante a vida, o estudo é um alerta para a importância dos programas globais para a melhoria do estilo de vida da população, não apenas focando a dieta e o controle do peso.

Fonte: Nutritotal

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Beber café faz bem


Embora existam mitos em relação à bebida e ao coração, ela não parece elevar o risco de doenças cardiovasculares, pois o consumo de três a quatro xícaras diárias, por um grupo de 27 voluntários, não mostrou aumento da pressão arterial.

Hoje não há mais razão para as pessoas temerem o cafezinho, nem mesmo as crianças. Algumas substâncias ajudam na concentração e melhoram a memória, por isso a preparação é bem-vinda para quem está na escola.

Um trabalho recém-concluído na Universidade do Sul da Flórida, nos Estados Unidos, revela que, na massa cinzenta, a cafeína reduz os níveis de uma proteína chamada betaamilóide, que, em concentrações elevadas, seria um dos principais estopins para o Alzheimer.

O café merece lugar de destaque no seleto rol dos alimentos funcionais. E qual seria o motivo? É que, além de oferecer nutrientes, ele contém substâncias capazes de reduzir o risco de doenças.

Ele contém vários compostos fenólicos, e um dos destaques é o já mencionado ácido clorogênico, mas existem ainda o ácido cafeico, o ácido ferúlico e o ácido p-cumárico.Todos eles têm ação antioxidante.

Quanto menor a torra, maior o número de compostos fenólicos e de nutrientes encontrados na bebida. Os grãos menos torrados também resultam em bebidas mais aromáticas. Aliás, a bebida não precisa ser totalmente negra para ser de boa qualidade, muito pelo contrário. Os cafés mais escuros costumam acumular cinzas. E, para piorar, o gosto não fica dos melhores, o que leva o consumidor a lotar a xícara com açúcar ou adoçante.

A maioria dos especialistas sugere que a quantidade ideal é até 600 mililitros, o que corresponde a três ou quatro xícaras por dia. Mas para os fãs do cafezinho não existe dose certa. Jamais deve haver excessos. Para aqueles que têm dor de estômago, insônia ou palpitação, o melhor é ir com parcimônia.

Fonte: Revista Saúde (novembro de 2009)

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Adoçantes na gestação

Atualmente, mulheres de diversas idades tem o hábito de substituir o açúcar pelo adoçante. Durante a gestação, a escolha do adoçante deve ser feita de maneira cuidadosa, pois determinadas substâncias utilizadas em sua formulação podem ser prejudiciais neste período.

É essencial que a gestante receba orientação adequada do obstreta ou NUTRICIONISTA sobre a utilização dessas substâncias.


O que são os adoçantes?

São substitutos naturais ou artificiais do açúcar que conferem sabor doce com menor número de calorias por grama de um alimento. São compostos por substâncias edulcorantes, - que possuem a capacidade de adoçar muito em pequenas concentrações.


Adoçantes mais utilizados, seus possíveis riscos à gestante e o feto e quantidades recomendadas:

Sacarina

Apesar de cruzar a barreira placentária de forma limitada, estudos em ratos não demonstraram efeitos teratogênicos, ou seja, não são capazes de produzir danos ao feto ou embrião durante a gravidez.


Porém como existem ainda poucos estudos comprovando ou não os riscos da sacarina para fetos humanos, o uso deste adoçante deve ser evitado durante a gestação de forma preventiva. De qualquer forma, não há relatos da associação entre a exposição à sacarina durante a vida fetal e o surgimento de câncer, posteriormente.


Algumas evidências demonstram que a sacarina teria um efeito de aumento progressivo de sua concentração no leite humano, após ingestões repetidas dessa substância. Não existem recomendações oficiais quanto ao uso de sacarina durante a amamentação, porém, é prudente evitar seu uso.


A sacarina foi um dos edulcorantes que sofreu redução na recomendação de consumo pela ANVISA. Passou de 22 a 30 mg por 100ml de produto para 10 a 15mg por 100ml. O limite diário máximo recomendado é de 5mg por kilo de peso.


Ciclamato

Suspeita-se que o ciclamato possa causar efeitos citogenéticos (na constituição genética da célula) sobre linfócitos humanos. Porém, até hoje não existem relatos de malformações e problemas comportamentais nos fetos expostos ao ciclamato.


O ciclamato também teve suas quantidades ateradas pela ANVISA. Diminuiu de 97 a 130mg para 40 a 56mg por 100ml de produto. O limite diário máximo ficou em 11mg/kilo de peso.

Aspartame

Segundo estudos da atualidade, a ingestão de produtos que contenham aspartame durante a gestação é considerada segura, desde que não haja excesso no consumo. No entanto, poucos estudos têm avaliado este tema e a maioria dos profissionais da saúde opta por restringir o aspartame na gestação.


Após sua ingestão, o aspartame se decompõe no intestino em metanol, aspartato e fenilalanina, então inclusive durante a gravidez, indivíduos com fenilcetonúria devem evitar seu consumo.


Metanol e ácido aspártico não são considerados tóxicos para o feto, nas doses consumidas por humanos.


Para aspartame, os limites da ANVISA mantiveram-se os mesmos, de 56 a 75mg por 100ml de produto, e o limite diário máximo continua 40mg/kilo de peso.


Sucralose

Assim como o aspartame, a sucralose pode provocar crises de enxaqueca em pacientes propensos. A sucralose não apresenta riscos carcinogênicos, neurológicos ou reprodutivos para os seres humanos, segundo estudos recentes. Não existem dados disponíveis de recomendações para uso durante a gestação ou lactação.


Acessulfame-K

Segundo evidências recentes, o acessulfame-k não é considerado tóxico, carcinogênico ou mutagênico em ani mais. Não existem estudos controlados em humanos nem dados sobre o uso desse adoçante durante a lactação.


O limite de uso manteve-se inalterado segundo a ANVISA, de 26 a 35mg por 100ml. O limite diário recomendado é de 15mg por quilo de peso.

Estévia

Estudos em animais e humanos indicam que esse adoçante possui propriedades anti-hiperten sivas, reduz a glicemia pós-prandial de pacientes com diabetes tipo 2 e pode modificar o resultado de testes de tolerância à glicose, reduzindo significativamente os níveis de glicemia. Portanto, a estévia deve ser evitada antes da realização de exames de rastreamento ou diagnóstico de diabetes durante a gestação.


Em animais, não produziu efeitos adversos sobre a gestação. Não foi oficialmente classificado pela FDA quanto à possíveis riscos na gravidez, e também não existem dados disponíveis sobre seu uso durante a lactação.


Considerações sobre o uso de adoçante na gravidez

De uma forma geral, o uso de adoçantes durante a gestação deve ser reservado para pacientes que precisam controlar o seu ganho de peso e para diabéticas.


A melhor conduta durante esse período é evitar o uso dos adoçantes em produtos industrializados e evitar adicionar adoçante às bebidas, afinal como os estudos ainda são muito recentes e inconclusivos, sendo a prevenção ainda é a melhor opção. Se for necessário o uso de adoçantes, o ideal é seguir as recomendações de consumo.


A Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA) divulgou recentememente algumas modificações e limitações no uso de edulcorantes para a população em geral, já que alguns estudos mostravam o efeito negativo de alguns tipos de adoçantes para a saúde. Para as gestantes as limitações são as mesmas.


Fonte: RG Nutri

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O mundo sem Trans

Desde que a ciência comprovou os riscos da gordura trans ao coração, seu império desmoronou, e a indústria entrou em uma corrida para podá-la dos produtos e encontrar um subtituto à altura.

Em busca de uma solução perfeita, pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo criaram um salgadinho que, em vez de trans, oferece um nutriente capaz de proteger o intestino.

O segredo é uma mudança no processo de aromatização, que dá cheiro e sabor ao produto, usando um composto não oleoso e rico em fibras, que de quebra substitui com sucesso a trans. O ingrediente é à base de inulina e oligofrutose, um tremendo prebiótico. Ou seja, estimula bactérias benéficas da flora intestinal.

O salgadinho apresenta as mesmas características dos similares encontrados no mercado. Talvez a única desvantagem seja o preço final, uma vez que as fibras são um pouco mais caras.

A gordura trans ainda está presente em metade dos produtos do mercado nacional.
Até o momento, o óleo de palma é o ingrediente que mais se destaca como substituto da trans. Mas ele tem um alto teor de gordura saturada, nutriente que também eleva o risco de doenças cardiovasculares.

Além de optar por matérias-primas mais saudáveis, há técnicas que espantam a trans, como a interesterificação. Trata-se de uma mistura entre uma gordura em estado sólido e um óleo líquido, cujo resultado é uma versão livre da substância.

Os cientistas ainda se debruçam sobre ingredientes inusitados, derivados de ácidos graxos benéficos, carboidratos e ate proteínas. A grande dificuldade é preservar a textura e o sabor das guloseimas. O futuro, ou melhor, o presente sem trans já é possível e ao menos o preço que o nosso corpo terá de pagar para desfrutar desses alimentos não será tão alto.

Fonte: Revista Saúde (novembro de 2009)

Ômega-3


Um time de especialistas franceses diz ter descoberto a quantidade ideal de ômega-3 para defender o peito.

Uma dose diária de 200 miligramas de DHA, um tipo de ácido graxo ômega-3 essencial para o bom funcionamento do cérebro, seria suficiente para afastar o fantasma de doenças cardiovasculares em homens saudáveis.

Até então as recomendações variavam demais: entre 250 e 700 miligramas.

Embora esse valor ainda não seja um consenso, é possível adotar o bom hábito de ingerir ômega-3 no dia a dia. Em torno de 40 gramas de sardinha ou 30 de truta contemplam a quantia amiga do coração.

Fonte: Revista Saúde (novembro de 2009)

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Consumo de frutas e hortaliças no Brasil

Em artigo publicado na Revista de Saúde Pública, objetivou estimar a frequência do consumo de frutas e hortaliças e os fatores associados.

Foram avaliados 54369 indivíduos com idade maior de 18 anos, residentes nas capitais brasileiras e no Distrito Federal.

Menos da metade dos indivíduos consumiu frutas (44,1%) ou hortaliças (43,8%) em cinco ou mais dias por semana, e menos de um quarto (23,9%) referiu o consumo regular de frutas e hortaliças em conjunto. O consumo adequado, ou seja, em cinco ou mais vezes por dia foi referido por 7,3% dos entrevistados.
O consumo regular de frutas e hortaliças variou bastante entre as regiões do País, sendo maior nas capitais da região Sul (36,5%) e menor nas capitais da região Norte (11,9%).

A frequência de consumo foi maior entre as mulheres (29,2% versus 17,8% nos homens), aumentou com a idade, e foi significativamente maior entre os indivíduos com idade maior ou igual a 65 anos em relação aos jovens com 18 a 24 anos. O aumento na frequência de consumo mostrou-se diretamente associado com a escolaridade.

Concluiu-se que são necessárias iniciativas de promoção do consumo de frutas e hortaliças no Brasil voltadas à população geral, visto que o consumo esteve aquém das recomendações atuais. Entretanto, deve ser dada atenção especial às cidades da Região Norte e Nordeste, aos indivíduos jovens, ao sexo masculino e aos estratos populacionais com baixa escolaridade.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Hormônios da saciedade


Um estudo realizado na Grécia sugere que comer uma refeição rapidamente corta a liberação de hormônios que induzem a sensação de saciedade, o que frequentemente pode levar a comer além do necessário. A associação entre comer apressadamente e ingerir alimentos demais já era conhecida, mas esse estudo inédito traz uma explicação provável para essa relação ao mostrar que a velocidade com que uma pessoa come pode impactar na liberação dos hormônios do intestino que avisam ao cérebro que chegou a hora de parar de comer.

No estudo, os voluntários tomaram 300ml de sorvete a diferentes velocidades. Os cientistas retiraram amostras de sangue dos participantes antes e depois da refeição e descobriram que os que demoraram 30 minutos para tomar o sorvete inteiro tinham concentrações mais altas dos hormônios PYY e GLP-1 e tendiam a sentir-se mais satisfeitos do que os que acabaram antes.

Fonte: Gazeta do Sul, Viver Bem, 23 de novembro de 2009

Boas novas para os diabéticos


A culinária mediterrânea é considerada uma das mais saudáveis e tem em seus pratos grãos integrais, hortaliças, azeite, noz, peixes, frutos do mar. Pois os amantes dessa dieta tem mais um motivo para apreciá-la. De acordo com pesquisa financiada pela Segunda Universidade de Nápoles, na Itália, ela reduz a probabilidade de que recém-diagnosticados com diabetes tipo 2 precisem de tratamento à base de remédios.

Dario Giugliano e seus colegas conduziram um estudo entre janeiro de 2004 e setembro de 2008 na Clínica de Diabetes da universidade italiana. Acompanharam 215 pessoas com sobrepeso (IMC maior que 25) entre 30 e 75 anos. Todos haviam descoberto a doença recentemente, nunca tinham recebido remédios anti-hiperglicêmicos e apresentavam níveis de hemoglobina A1c (HbA1c) inferiores a 11%.

Metade dos participantes aderiu à dieta mediterrânea. O outro grupo adotou uma alimentação de baixo teor de gordura. Em ambos os casos, as mulheres estavam restritas a 1,5 mil calorias por dia, enquanto os homens podiam alcançar 1,8 mil. Todos contaram com conselhos de nutricionistas e tinham de registrar diariamente o que ingeriam.

Segundo o relatório publicado no Annals of Internal Medicine, apenas 44% dos diabéticos que provaram as iguarias mediterrâneas precisaram do auxílio medicamentoso, contra 70% dos que fizeram refeições de baixo teor de gordura. Outras vantagens da dieta mediterrânea em comparação à outra foram maior perda de peso e melhor controle de açúcar no sangue e de risco coronariano.

Apesar desse efeito benéfico, a Associação Americana de Diabetes recomenda que os pacientes recém-diagnosticados com diabetes tipo 2 sejam tratados com a farmacoterapia, bem como com mudanças de estilo de vida.

Fonte: Gazeta do Sul, Viver Bem, 23 de novembro de 2009

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Publicidade de alimentos


As crianças menores de seis anos não conseguem diferenciar conteúdo publicitário na televisão da programação de entretenimento a que assistem. Assim, essa parcela da população está mais propensa a consumir produtos anunciados, que, na muitas vezes, são ALIMENTOS não saudáveis.


As observações foram feitas pela pesquisadora do Centro de Pesquisa em ALIMENTAÇÃONUTRIÇÃO da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília ( UNB), Renata Fagundes, que participou, nesta quinta-feira (19), de audiência pública promovida pelas comissões de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) e de Assuntos Sociais (CAS).


Renata Fagundes informou que, de acordo com estudo realizado pelo centro de pesquisa de 2006 a 2008, quase 70% das peças publicitárias veiculadas em canais de televisão abertos e pagos são direcionadas ao público infantil. A pesquisa também mostrou que 96,7% da propaganda de comida divulgam ALIMENTOS não saudáveis.


A pesquisadora disse que as estratégias de marketing utilizam apelos emocionais - como brindes lúdicos, círculo de amizades e lazer - para aumentar o consumo de ALIMENTOS com alto teor de gordura, açúcar ou sal. Em algumas estratégias, destacou, o consumo do produto é estimulado pela oferta de brindes colecionáveis.


- A criança não começa a consumir o produto pelo produto em si, mas pela estratégia de marketing em que ele é veiculado. E a grande maioria é de produtos não saudáveis - ressaltou.

Abuso

Na avaliação da coordenadora do Projeto Criança e Consumo do Instituto Alana, Isabella Vieira Machado Henriques, a publicidade direcionada ao público menor de 12 anos é abusiva, uma vez que explora a vulnerabilidade infantil. Ela informou que, em alguns países, a veiculação de ALIMENTOS relacionados como causadores de doenças como OBESIDADE e diabetes é controlada. Na Inglaterra, por exemplo, é proibida qualquer propaganda de ALIMENTOS com alto teor de gordura, açúcar ou sal, destinada ao público menor de 16 anos. Já na Noruega é proibida qualquer publicidade desses produtos.


Isabella Henriques informou que 30% das crianças brasileiras estão com sobrepeso e 15% são obesas. Em sua opinião, o número de obesos no país poderia diminuir de 15% a 30% caso a publicidade desses ALIMENTOS não saudáveis fosse banida da televisão. Ela destacou que o Brasil superou em grande parte o problema da desnutrição infantil e, atualmente, enfrenta a OBESIDADE, que causa outras doenças graves.

Fonte: CFN

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Chá verde nas dislipidemias


Em artigo publicado no periódico Arquivos Brasileiros de Cardiologia, em agosto de 2009, objetivou-se investigar os efeitos do chá verde (Camellia sinensis) em pacientes portadores de dislipidemias.

Nos últimos anos, uma crescente atenção tem sido dada ao uso do chá verde na promoção da saúde humana. A redução nas concentrações sanguíneas do colesterol total e do LDL-colesterol, por meio do consumo desse chá, tem sido repetidamente demonstrada em diversos estudos. Alguns estudos postularam que os flavonóides do chá verde (catequinas), em especial a epigalocatequina gallate (EGCG), devido à sua alta concentração de polifenóis antioxidantes, possa ser responsável pela ação benéfica do chá. Acredita-se ainda que os flavonóides do chá sejam efetivos antioxidantes e possam proteger o organismo contra diversas doenças crônicas, principalmente as doenças cardiovasculares.

No estudo não foi possível introduzir o chá na forma de bebida, sendo assim foi administrado em forma de cápsula, o equivalente a quatro xícaras de chá (150ml) por dia. Também foi realizada uma dieta com ingestão menor que 35% do total de Kcal na forma de lipídios totais, com menos de 7% de gordura saturada, quantidade igual ou inferior a 10% de gordura poli-insaturada e até 20% de gordura monoinsaturada. A recomendação de colesterol foi de menos de 200mg/dia.

Neste estudo, após as intervenções, as variações lipídicas médias provocadas pelo uso do chá verde (Camellia sinensis) sofreram uma redução de 3,9 % nas concentrações de colesterol total e uma redução de 4,5 % do LDL - colesterol. Essa quantidade de chá verde ingerida não influenciou significativamente os níveis de HDL-c, dos triglicerídeos e da Apo-B.

Outro benefício atribuído ao consumo do chá verde foi identificado em relação aos parâmetros antropométricos: observou-se perda de peso de 1,7 % e diminuição do IMC de 1,7 % .No grupo placebo, a variação foi significativa mas de menor intensidade, a perda de peso foi de 1,1% e o IMC teve uma redução de 1,1%.

As modificações alimentares, obtidas através da dieta, tiveram influência sobre o consumo de gorduras, principalmente na redução dos ácidos graxos saturados. Houve uma diminuição bastante significativa da ingestão do valor calórico total, a diminuição do consumo de gorduras totais, de gorduras saturadas e do colesterol e o aumento do consumo de fibras. Foi evidenciado também um aumento no consumo de proteínas.

Esses achados mostram os benefícios do chá verde (Camellia sinensis), em concordância com estudos prévios da literatura, mas revelam também que ainda são necessárias novas investigações, com maior número de pacientes e períodos de observação mais longos, para validar as observações iniciais feita neste estudo.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Tratamento nutricional em pacientes com insuficiência cardíaca


O seguinte artigo foi publicado na Revista de Nutrição nos meses de maio e junho de 2009. O título consta acima e a seguir um resumo deste artigo:

A IC é um problema grave e crescente de saúde pública em todo o mundo, sendo a via final comum da maioria das cardiopatias. Aproximadamente 23 milhões de pessoas são portadores dessa doença e dois milhões de novos casos são diagnosticados a cada ano. Pode-se estimar que até 6,4 milhões de brasileiros sofram dessa síndrome.

A evolução clínica dos pacientes com IC, via de regra, caminha para quadros variáveis de desnutrição. Esta pode ocorrer devido à ingestão inadequada, ao metabolismo alterado, ao estado pró-inflamatório, ao aumento do estresse oxidativo e à maior perda de nutrientes, até mesmo pelas interações medicamentosas. A anorexia é conseqüência da redução da ingestão de nutrientes ou da associação das alterações absortivas e metabólicas.

A presença da desnutrição constitui importante fator preditivo de redução de sobrevida nos pacientes com IC.

Em um estudo foram estabelecidas recomendações energéticas para pacientes com IC clinicamente estáveis. Estas são de 28kcal/kg para pacientes com estado nutricional adequado e 32kcal/kg para pacientes nutricionalmente depletados. Para este cálculo deve-se levar em consideração o peso do paciente na ausência de retenção hídrica.

Os carboidratos devem representar em torno de 50 a 60% do valor energético da dieta, evitando-se os carboidratos simples e dando preferência aos carboidratos de baixa carga glicêmica. O excesso de carboidratos, especialmente os de alta carga glicêmica, pode agravar o quadro de resistência à insulina, comumente percebido em pacientes com insuficiência cardíaca, o que representa mau prognóstico para estes. A insulina é um hormônio natriurético e a resistência a ela pode agravar a retenção de sódio e água.

A recomendação diária de fibra de 20 a 30g previne a obstipação intestinal e o conseqüente esforço para evacuar.

Estudos mais recentes indicam necessidades protéicas de 1,1g/kg/dia para pacientes com estado nutricional adequado e de 1,5g/kg/dia a 2,0g/kg/dia para os com depleção nutricional ou que apresentem perdas por nefropatia ou má absorção intestinal.

Os lipídios complementam o valor energético total da dieta, não excedendo 30% deste. Deve-se evitar o consumo de alimentos contendo gordura trans, reduzir a ingestão de gordura saturada e dar preferência às gorduras mono e polinsaturadas, com ênfase aos ácidos graxos da série ômega 3, que apresentam efeitos positivos em pacientes com insuficiência cardíaca sintomáticos.

A má absorção de gordura ocorre em cerca de 1/3 dos pacientes com caquexia cardíaca e, na ocorrência de esteatorréia, indica-se a suplementação de triglicerídeos de cadeia média.

No paciente com insuficiência cardíaca severa, a ingestão de sódio deve ser, no máximo, de 2-3g/dia, podendo ser modificada de acordo com o sódio plasmático e a tolerância à dieta hipossódica. Além do controle do sal adicionado às preparações, deve-se orientar o paciente quanto aos alimentos com alto teor de sódio.

O grande problema da dieta hipossódica é a baixa adesão, devido à palatabilidade dos alimentos. É necessário fornecer orientações e receitas com temperos e ervas naturais para serem usados nas preparações, pois somente com a educação nutricional a adesão à restrição sódica irá acontecer de maneira efetiva e eficaz.

Na prática diária, a quantidade de água máxima é de 2,0L/dia é recomendada. No entanto, em pacientes com estado congestivo, a ingestão hídrica pode ser menor, devendo ser restringida de acordo com a superfície corporal.

Pacientes com IC devem ser orientados no sentido de minimizar a ingestão de bebidas alcoólicas.

É importante oferecer uma dieta com volume reduzido e fracionamento aumentado (6 a 8 refeições/dia).

As necessidades de vitaminas e minerais devem ser oferecidas de acordo com a necessidade do paciente. Deve ser seguidas a RDA (mínimo) e UL (máximo).

Existe uma crescente evidência de que a dietoterapia é um fator importante no prognóstico e no tratamento dos pacientes com insuficiência cardíaca, porém ainda há diversas lacunas no que diz respeito à suplementação de nutrientes.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Vegetais podem conferir proteção ao câncer


Pesquisadores norte-americanos encontraram que dieta rica em vegetais crucíferos alterou beneficamente a comunidade bacteriana do intestino humano comparada com dieta sem vegetais e sem fibras, trazendo proteção contra diversos tipos de cânceres do trato gastrintestinal.


Doze homens e cinco mulheres saudáveis, com idades entre 20 e 40 anos e índice de massa corporal (IMC) dentro da faixa de normalidade (18,5 a 24,9 kg/m2) participaram deste estudo. Não poderiam participar do experimento aqueles que apresentassem alguns dos seguintes critérios de exclusão: desordens gastrointestinais, alergia ou intolerância a algum alimento utilizado no estudo, uso de antibiótico nos três meses antecedentes ao estudo, uso de medicamentos e constipação grave que necessitasse tratamento médico.


Todos os participantes consumiram duas dietas diferentes durante 14 dias cada uma, com intervalo de 21 dias entre elas. As dietas foram calculadas para oferecer proporções similares de macronutrientes, com exceção à quantidade de fibras alimentares:

• Dieta basal (DB): dieta base, privada de frutas, vegetais e alimentos integrais


• Dieta vegetal (DV): dieta base com adição de 14 g/kg peso corporal/dia de vegetais crucíferos (brócolis, couve-flor, repolho verde e roxo)



Embora cada indivíduo apresentasse uma comunidade bacteriana intestinal particular, as análises mostraram que houve diferença significativa entre a estrutura da comunidade bacteriana intestinal dos participantes quando se alimentaram da DB comparada com a DV.

“Os vegetais crucíferos são ricos em alguns componentes dietéticos, como as fibras alimentares (celulose, hemiceluloses e pectina) e outros componentes como as lignanas (esteróide vegetal de ação análoga ao estrógeno em mamíferos) e os glucosinolatos (fitoquímico), que servem como substratos metabólicos para algumas bactérias do intestino humano”, relatam os autores.


Os vegetais crucíferos conferem proteção contra o câncer, especialmente os cânceres do trato gastrointestinal, bexiga, próstata e pulmão. Isto porque as bactérias intestinais que se “alimentam” dos componentes desses produtos alimentícios suprimem o crescimento de células tumorais. Além disso, um componente presente nesses alimentos, o isotiocianato (produto da hidrólise dos glucosinolatos), apresenta propriedades anticarcinogênicas, contribuindo ainda mais com esta proteção.

Fonte: Nutritotal

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Falta de sol, cálcio e vitamina D

O aumento da expectativa de vida do brasileiro tem sido acompanhado por uma epidemia silenciosa, que pode ganhar maiores proporções nas próximas décadas. A vilã, conhecida como osteoporose, compromete a QUALIDADE DE VIDA de uma em cada três mulheres acima de 50 anos e contabiliza, atualmente, pelo menos 10 milhões de vítimas em todo o Brasil. Especialistas alertam que a pouca ingestão de cálcio e os baixos níveis de vitamina D no sangue da população infantil indicam que as crianças de hoje são fortes candidatas a sofrerem do mal em um futuro próximo.


A osteoporose é a doença metabólica mais comum em todo o mundo. Ela afeta os ossos, deixando-os mais fracos e propensos a sofrerem fraturas. Não existem estudos epidemiológicos que comprovem o aumento da incidência no país, mas a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) não tem dúvidas: o número de vítimas do mal já configura um problema de saúde pública. A doença não é letal, mas as fraturas decorrentes do enfraquecimento ósseo podem levar o paciente à morte. As mais comuns são as de quadril, vértebras e fêmur (osso da coxa). Estudos sugerem que a primeira ruptura ocorre um ano depois do aparecimento da patologia, que é praticamente assintomática. Cerca de 200 mil pessoas morrem por ano no Brasil em decorrência dessas fraturas.


"Menos de 10% das pessoas que quebram o fêmur, osso mais resistente do corpo humano, recebem diagnóstico e tratamento para a doença", revela a presidente do Departamento de Metabolismo Ósseo e Mineral da SBEM, Victória Borba.

Idade avançada, histórico familiar, ALIMENTAÇÃO pobre em cálcio, sedentarismo, tabagismo, alcoolismo e baixo índice de massa corporal são fatores de risco. A menopausa também está entre as causas mais comuns, pois a falta de estrogênio reduz a composição óssea. A reumatologista Ana Patrícia de Paula explica que o esqueleto, além de promover sustentação ao corpo, é fonte de cálcio para funções importantes, como batimentos cardíacos e força muscular. "É uma estrutura viva, que está em constante renovação. Sua destruição e reconstrução ocorre simultaneamente em diferentes partes do esqueleto", assegura.


Homens

A osteoporose é o desequilíbrio desse processo. A remodelação óssea não consegue acompanhar a absorção do cálcio pelo organismo, caso o elemento não tenha sido armazenado ao longo da vida. A médica ressalta que, apesar de mais comum entre as mulheres, a doença não é exclusivamente feminina. Os homens sofrem com o problema, mas em idade mais avançada e com um agravante: o mal geralmente vem acompanhado de outras patologias comuns em idosos. "As fraturas são mais graves entre os homens, o que faz com que a taxa de mortalidade decorrente dessas rupturas seja maior entre eles", observa Ana Patrícia.

As mulheres também são mais cuidadosas. Depois que descobrem a doença, passam a monitorá-la atentamente. É o caso da dona de casa Odete Chinchilla, 78 anos. Três décadas depois de ter recebido o diagnóstico pelas mãos de uma ginecologista, ela confessa ter sofrido várias fraturas. No entanto, conseguiu se recuperar de todas e faz questão de curtir a terceira idade ativamente, seguindo a DIETA recomendada e exercitando-se dentro do possível. "Tinha pouco mais de 50 anos quando a osteoporose chegou em minha vida. A médica se assustou com a perda óssea avançada para a minha idade. A menopausa agravou a doença", conta. De lá para cá, Odete fraturou a coluna virando na cama, quebrou o joelho, os pés, as costelas e sofreu com as dores decorrentes dos acidentes. "Tive infância saudável, mas sou muito clarinha e baixinha, e isso é um fator de risco, sem contar que sempre tomei muito refrigerante, o que também colaborou", confessa.


Para Francisca Maria da Silva, 57 anos, a osteoporose foi uma surpresa. Voluntária do Centro do Idoso do Hospital Universitário de Brasília (HUB), ela nem chegou a desconfiar da doença. "Uma médica suspeitou da minha postura curvada e pediu um exame, que não deixou dúvidas. Desde então, tomo medicamentos para repor o cálcio e tenho mais cuidado com a ALIMENTAÇÃO. Bebo muito leite, como queijo e folhas verdes e tento prevenir as quedas. Tem dado certo. Graças a Deus, não tive nenhuma fratura ainda", comemora.


Prevenção

A osteoporose é comprovada por meio da densitometria óssea, exame de imagem que faz uma varredura na coluna e no fêmur do paciente. Abaixo dos 40 anos, a doença é rara e quando ocorre é preciso investigar causas secundárias do enfraquecimento ósseo. Indivíduos asmáticos, com doença celíaca, usuários crônicos de corticosteroides estão mais expostos ao mal. As drogas disponíveis não curam, mas previnem as fraturas. O próprio cálcio, vitamina D, medicamentos formadores de massa óssea ou antirreabsortivos, que não deixam o osso se desgastar e promovem a absorção de cálcio, fazem parte do arsenal.

A prevenção, porém, é a melhor arma. Ela é possível com boa ALIMENTAÇÃO, composta de leite e seus derivados, e exposição solar saudável. "As crianças de hoje não comem bem, não brincam, não recebem os benefícios dos raios solares. Em Curitiba, uma pesquisa detectou que 40% delas em idade escolar têm insuficiência de vitamina D, o que nos leva a acreditar que a epidemia de osteoporose pode ganhar força nas próximas décadas", lamenta a representante da SBEN, Victória Borba.


Necessidade de sol

A vitamina D promove a absorção de cálcio, essencial para o desenvolvimento de ossos e dentes, e para coração, cérebro e pâncreas. A substância não é encontrada pronta na maioria dos ALIMENTOS, mas sintetizada a partir de uma proteína existente no organismo - o calciferol -, com ajuda da exposição solar. Funciona assim: ao ingerirmos a pró-vitamina D dos ALIMENTOS, precisamos da radiação ultravioleta para transformá-la em vitamina D. Por isso, pessoas com restrições de exposição solar precisam reforçar as fontes dessa vitamina no cardápio.


Fonte: CFN

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Nutrição do bebê tem efeitos mais tarde


Existem evidências científicas de que problemas de saúde do adulto podem ser desencadeadas já na alimentação infantil. A nutrição na infância tem sido estudada há muitas décadas no sentido de garantir um crescimento saudável, livre de doenças.

Sabe-se há muito tempo que o leite materno deve ser o alimento único nos primeiros seis meses de vida, propiciando um crescimento ideal, redução de infecções e alergias, garantindo nos primeiros meses uma vida saudável. "Vale ressaltar que uma criança nos primeiros seis meses dobra o peso de nascimento e triplica seu peso até um ano. É um período onde a nutrição tem papel fundamental na base da saúde", destaca José Spolidoro, presidente da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (SBNPE).

Este assunto será o tema central do Congresso Brasileiro de Nutrição Parenteral e Enteral que ocorrerá em Natal - RN, entre os dias 29 de novembro e 2 de dezembro. Na ocasião estará presente o médico Berthold Koletzko, da Alemanha, que tem coordenado os estudos sobre o assunto em muitos centros na Europa.

Risco de hipertensão no primeiro ano
Na última década, os pesquisadores passaram a se preocupar não só com o crescimento saudável, mas quanto desta alimentação poderá promover uma vida sadia na maturidade. Eles verificaram que a fase de vida em que o sal tem a maior correlação com o desenvolvimento de hipertensão arterial é no primeiro ano. Em nenhuma outra fase o sal pode ser tão relacionado com esta patologia do adulto quanto nos 12 primeiros meses de vida.

O sal é oferecido na introdução de sólidos, quando a criança ainda não desenvolveu este paladar, mas os adultos provam os alimentos e colocam sal baseados em seu próprio gosto. "Ao acrescentarem sal na alimentação, estão estimulando este paladar e em geral oferecendo excesso deste nutriente. Além disto, as crianças que recebem leite de vaca integral ao invés de leite humano também acabam excedendo a ingestão de sódio (principal componente do sal)", diz Spolidoro. O leite de vaca tem altas concentrações de sódio, assim como de proteína, que por sua vez tem sido associado à síndrome metabólica eobesidade na vida adulta.

Estudos constataram que excesso de proteína e ganho de peso muito rápido, especialmente em prematuros e recém-nascidos de muito baixo peso, promove distúrbios metabólicos, alterações gênicas (isto se chama epigenética), favorecendo o desenvolvimento desta grave patologia na vida adulta.

A obesidade é o mal do século, acometendo uma população cada vez maior em todo o mundo, e isto pode ter seu início na alimentação do primeiro ano de vida. "Assim, cuidar da alimentação de nossos bebês é da maior importância, evitando excessos e ganho de peso além das curvas de crescimento normal", finaliza Spolidoro.

Fonte: Jornal Gazeta do Sul (02 de novembro de 2009)

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Anemia em crianças


Um estudo feito por médicos da Universidade de Campinas constatou que quase 5 milhões de crianças com idade pré-escolar sofrem com a falta de ferro no organismo, que pode levar a anemia. A causa do problema é a má alimentação das crianças, que preferem alimentos industrializados e pouco nutritivos a uma alimentação balanceada com carne, feijão e verduras. Segundo o estudo, apenas uma alimentação balanceada com arroz, feijão, carne e vegetais pode evitar o déficit de ferro no sangue e, consequentemente, uma anemia.


A nutricionista Suzana Janson Franciscato afirma que, além de uma alimentação balanceada, não se deve servir leite junto a alimentos ricos em ferro. Segundo a nutricionista, "não se deve servir leite junto com as refeições ricas em ferro, porque, com o cálcio ele compete com a absorção do ferro, sempre ganhando o cálcio no lugar do ferro".

O feijão e os vegetais de folhas verdes escuras (como por exemplo, o agrião, a rúcula e o couve) são alimentos ricos em ferro.


Fonte: CFN


quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Cresce o número de diabéticos no mundo!!!


A Federação Internacional de Diabetes (FID) divulgou nesta segunda-feira (19) levantamento sobre o impacto da diabetes no mundo. Atualmente, 285 milhões de pessoas sofrem da doença, que é uma síndrome decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade da insulina de exercer adequadamente seus efeitos no corpo. De acordo com os dados da Federação a diabetes se tornou uma epidemia global e está fora do controle.


Índia, China e Estados Unidos têm o maior número de doentes: 7 milhões e 600 mil diabéticos. A cada cinco segundos, uma pessoa desenvolve a doença e aproximadamente 380 milhões de indivíduos correm o riso de se infectarem até 2025, segundo a FID.


As crianças têm sido o grande alvo da doença. Por ano, 70 mil crianças com menos de 15 anos desenvolvem a diabetes tipo 1, cuja freqüência na população aumenta 3%, a cada ano. Este tipo de diabetes é auto-imune e se caracteriza pela ausência de secreção de insulina pelas células do pâncreas.


Desde o ano passado o CFN desenvolve ações de prevenção contra a diabetes junto à população. Em atividades realizadas em locais públicos pelo Sistema CFN/CRN são distribuídos uma espécie de cartão postal informando o que é a diabetes, com dicas para melhorar a qualidade de vida e a necessidade de se consultar um nutricionista no tratamento da doença.


Ainda não existe cura para a diabetes, mas a evolução das ciências biomédicas trouxe alternativas para que o portador da doença possa viver normalmente e a alimentação adequada e saudável é uma das principais formas de controle.

Fonte: CFN

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Melhor idade: atenção redobrada com a alimentação


Comemorado no último 1° de outubro, o Dia do Idoso deve servir não apenas para nos lembrar do respeito e admiração que devemos ter com nossos familiares e amigos, mas também dos cuidados que esta parcela da população deve ter com a nutrição e estilo de vida.


Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), esta população, só no Brasil, é formada por 14,5 milhões de pessoas, e não para de crescer. Até 2025, seremos o sexto país do mundo com o maior número de pessoas idosas. Ao contrário do que muitos possam pensar, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que 62,4% deles são responsáveis pelos domicílios.


Mais um motivo para ter atenção redobrada com a saúde. Infelizmente, não é o que acontece. Na contramão destas estatísticas está a constatação da Secretaria de Saúde de São Paulo: mais da metade dos idosos no Estado está com sobrepeso.


A informação é fruto de uma pesquisa feita entre 2007 e 2008, que avaliou 5.957 pacientes acima dos 60 anos que passaram por atendimento no Sistema Único de Saúde. Destes, 52% estavam acima do peso. Entre as mulheres o fato é ainda mais grave: são 55,9% acima do peso contra 44,6% dos homens.


Estes números podem ser explicados, segundo os pesquisadores, pelo sedentarismo, problemas hormonais e má alimentação. Como consequência, estes indivíduos acabam mais vulneráveis a hipertensão arterial, acidente vascular cerebral (AVC), infarto, incapacidade de movimentação, diabetes, entre outros problemas.


Outro problema frequente entre os indivíduos de mais idade, que contribui para os distúrbios alimentares, é a alteração do paladar, que com o passar dos anos fica menos aguçado. Segundo especialistas do Grupo de Geriatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, isso faz com que os idosos percam a vontade de se alimentar corretamente, aumentando a carência de determinados nutrientes e vitaminas no organismo e levando à desnutrição.


Estratégias como ter uma boa higiene oral, evitar o tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas ajudam a conservar a sensibilidade do paladar ao longo dos anos, prolongando a vida com qualidade.


Para isso, são também fundamentais a prática regular de atividade física, alimentação saudável e procurar um médico regularmente para avaliações de rotina.

Fonte: Nutritotal