segunda-feira, 21 de junho de 2010

Intervenção nutricional na infância e adolescência: um passo rumo ao futuro


Em umas conferências do CONBRAN 2010, mais um dado preocupante foi levantado: as doenças não transmissíveis (DNT) matam mais do que as doenças transmissíveis (DT) no Brasil. Isso se deve há diversas questões epidemiológicas e é preciso, para reverter esse quadro, uma mudança radical de hábitos de vida, especialmente através de uma alimentação saudável e da prática permanente de atividades físicas. Hábitos simples podem ajudar a reduzir sensivelmente esse quadro.


Um fator que contribui para o significativo aumento do número de obesos e para o risco das DNT é o fenômeno da globalização. Esse fenômeno interfere diretamente na realidade dos cidadãos, pois, através da constante e intensa troca de informações, a população adquire novos hábitos de forma muito rápida, muito em função da disseminação rápida de hábitos e novas manias. Especificamente nos casos de obesidade infantil, há um estudo que comprova que a origem da obesidade e de hábitos alimentares inadequados, bem como sua manutenção, se deve à influência da família e da televisão na mesma medida. A maior prevalência dos índices de obesidade se dá nas regiões sul, sudeste e centro-oeste, especialmente nas áreas urbanas.


Para modificar essa realidade, a Organização Mundial de Saúde (OMS) determinou como meta a redução de 2% das taxas até o ano de 2015. Esse compromisso é mundial. E, para que essa redução seja efetivada, estão previstas campanhas que valorizem o uso de alimentos regionais, campanhas para a prática de saúde, incentivo ao consumo de frutas, verduras, e legumes, e a promoção da alimentação saudável nas escolas.


Se estas ações forem ratificadas, as crianças e adolescentes terão seus hábitos criados de forma saudável, evitando doenças como obesidade, hipertensão, diabetes, problemas cardíacos, AVCs, entre outros. Com esses hábitos consolidados, nem mesmo propagandas poderão desfazer a rotina saudável das crianças. A maior prevalência nas regiões sul, sudeste e centro-oeste, especialmente nas áreas urbanas.


Outro dado interessante apresentado na conferência diz respeito à diferença nos índices de obesidade nas escolas públicas e privadas. Nas escolas públicas o índice de crianças obesas é de 2%. Já nas escolas privadas, esse índice sobe para 7,5%. A isso, somam-se outras situações que precisam ser revistas: a ingestão de sal, muito alta especialmente na infância e na adolescência; o consumo excessivo de sódio por crianças e adolescentes; a carência no consumo de consumo de cálcio por essa mesma população.


Entre os desafios apresentados, citamos a seguir alguns: conciliar o consumo de produtos naturais e de produtos industrializados; diminuição diminuir o consumo de sal e sódio; incentivar a prática de atividades físicas; criar hábitos alimentares que incluem alimentos naturais e diversificados diariamente.

Fonte: Boletim Informativo CRN2

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