quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Em 2022, brasileiro será obeso como americano


Um estudo do Ministério da Saúde mostra que os problemas de sobrepeso e obesidade pioraram tanto no Brasil que em 2022, mantida a atual situação, a população brasileira será tão obesa quanta a americana. Em 2006, 42,7% dos brasileiros estavam acima do peso, percentual que saltou para 46,6% no ano passado. "Estamos sentados em cima de uma bomba-relógio", disse o ministro da Saúde, Jose Temporão, que vai entregar à presidente eleita, Dilma Rousseff, o Plano de Enfrentamento da Epidemia da Obesidade. Uma das ideias é fazer a indústria reduzir os teores de açúcar e sal nos alimentos processados. Não por acaso, o diabetes passou a ser a terceira maior doença causadora de mortes no país.

Quase metade dos brasileiros está acima do peso

Estudo do Ministério da Saúde revela que indicadores pioraram e, em 2022, podem se assemelhar aos dos EUA

O Brasil está vencendo o fantasma histórico da fome, mas caminha rapidamente para se equiparar à nação mais obesa do mundo.

Estudo divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que, embora o país já tenha atingido a meta de redução da desnutrição infantil fixada pela Organização das Nações Unidas (ONU), os indicadores de sobrepeso e obesidade pioraram tanto que, mantidas as condições atuais, serão semelhantes aos dos Estados Unidos em 2022. Às vésperas de sua provável saída do cargo, o ministro José Gomes Temporão, desde 2007 no comando da pasta, anunciou ontem que reagirá a essa realidade: entregará à presidente eleita, Dilma Rousseff, o Plano de Enfrentamento da Epidemia da Obesidade.


Além de promover ações educativas para estimular a prática de atividades físicas e melhorar a qualidade da alimentação, a ideia é fazer acordos com a indústria de alimentos para reduzir os teores de açúcares e sal. Seriam semelhantes aos que diminuíram os teores de gorduras trans. O retrato do Brasil obeso consta do relatório Saúde Brasil 2009. Em 2006, 42,7% dos brasileiros estavam acima do peso, percentual que saltou para 46,6% no ano passado. Os obesos (com índice de massa corporal muito acima do desejável) passaram de 11,4% a 13,9%. Nos EUA, a prevalência é mais que duas vezes isso (33,8%). Não por acaso, no Brasil, os doentes de diabetes - que tem o excesso de peso entre suas principais causas - aumentaram de 5,2% para 5,8%. Em apenas três anos, a doença passou a ser a terceira maior causadora de mortes no país (49 mil em 2008), atrás apenas dos males isquêmicos do coração (94 mil) e cardiovasculares (97 mil). Em 2005, os homicídios ocupavam a terceira posição. Num período maior, de 1996 a 2007, as mortes por diabetes cresceram 10%.

Fonte: CRN2

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