quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Câncer colorretal


Um estudo norte-americano publicado na revista Cancer Epidemiology Biomarkers and Prevention apontou que o câncer colorretal teve crescimento mundial que varia de 11% a 92%, no período de 1983 a 2002. Segundo os pesquisadores, o aumento da incidência pode ser atribuído a um maior consumo de carne vermelha em detrimento de frutas, verduras e cereais.

A pesquisa avaliou dados de pacientes em 51 países. Em 27 deles, distribuídos nos cinco continentes, foi constatado o aumento desse tipo de câncer. Em todo o mundo, foi o terceiro tumor mais frequente entre mulheres e o quarto entre homens. No Brasil, ocupa o terceiro lugar entre as mulheres e o quarto entre os homens, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Em números absolutos, a mortalidade por esse tipo de câncer no País também deu um grande salto na última década. Entre homens, passou de 2.843 (em 1996) para 5.142 (em 2006), um aumento de 81%. Entre mulheres, o aumento foi de 69% (de 3.352 para 5.679).

O câncer colorretal, quando detectado em seu estágio inicial, possui grandes chances de cura. Pessoas com mais de 50 anos devem se submeter anualmente ao exame de pesquisa de sangue oculto nas fezes e, se o resultado for positivo, devem realizar colonoscopia. Indivíduos com histórico pessoal ou familiar de câncer de cólon e reto, portadores de doença inflamatória do cólon (retocolite ulcerativa e doença de Chrohn) e de algumas condições hereditárias (FAP e HNPCC) devem procurar orientação médica. Uma dieta rica em frutas, vegetais, fibras e cálcio ajuda a prevenir sua incidência.


terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Mangaba contra a hipertensão


O Jornal Nacional mostrou uma matéria interessante sobre os últimos estudos envolvendo esta fruta indígena.


Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais estão animados com os primeiros testes com plantas para tratamento da hipertensão. A mangabeira, na dose certa, se mostrou muito mais eficaz que o remédio mais vendido contra a pressão alta.


Os pesquisadores fizeram um extrato da folha, dissolveram em água e serviram a camundongos hipertensos.


As análises mostraram que o chá da mangabeira tem três princípios ativos. Juntos, eles são até dez vezes mais potentes do que o captopril, usado no tratamento da pressão alta.


O chá ainda tem uma qualidade extra: além de inibir a produção de substâncias que causam a hipertensão, ele também é vasodilatador. Nos animais, a pressão arterial baixou e ficou controlada.


A especialista em plantas medicinais, Maria das Graças Lins Brandão, professora da UFMG, alerta que não se deve trocar medicamentos por chá sem autorização médica.


“O perigo é de fazer o remédio de forma inadequada, extrair uma quantidade grande de princípio ativo, usar uma dose excessiva e fazer até mal ou não fazer o efeito adequado”.


Os testes em humanos devem começar neste ano. A pesquisa também investiga os poderes da raiz do olho-de-boi contra a pressão alta.

Fonte: Blog Converse com a Nutricionista

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Benefícios da laranja


Qualquer que seja o sabor, a laranja média tem cerca de cinquenta calorias, mas para aproveitar todos os nutrientes depende muito de como a fruta é consumida. Quem joga fora o bagaço perde umas das grandes propriedades da laranja. É nele que está concentrada a maior parte de fibras da fruta.


“Nós nunca devíamos chupar, nós devíamos comer a laranja, porque a parte branca consiste de pectina e a pectina exerce diversas funções no organismo. Por exemplo, na boca ela insere-se nos sulcos gengivais e previne contra cárie dentária. No estômago, ela aumenta o volume do alimento então dá uma saciedade. No intestino grosso esta pectina é fermentada e produz uma substância que previne contra câncer do intestino grosso. Para quem tem o intestino preso tambem é muito importante”, explica o nutrólogo, Hênio Cardilo.


O suco tem potássio que ajuda a controlar pressão, betacaroteno, um renovador celular, e vitamina C que facilita a absorção do ferro, de alimentos como feijão. O consumo da vitamina C também faz bem para a pele.


“A vitamina C atua na formação do colágeno, então pode ser considerado um rejuvenescedor. Ela clareia a pele exatamente por interferir na formação de melanina. Ela é um antioxidante então ela previne o envelhecimento celular não só no organismo como um todo, mas na pele também”, fala Ana Cláudia de Brito Soares, dermatologista.

Você pode potencializar os efeitos antioxidantes da vitamina C associando a alimentos que tenham vitamina E, A e selênio que também tem antioxidantes. Quem explica é a chefe e nutricionista Andrezza Eufrásio.


Então você pode fazer uma salada de grão de bico que tem muita vitamina E, laranja, e castanha que tem selênio e fica perfeito.



- Qual é a melhor forma de descascar a laranja? Com uma casca bem fininha.


- Qual a melhor faca? Faca inox. Se a faca for de ferro: o ferro em contato com o ácido da fruta, pode oxidá-la mais rapidamente.


Só em cortar a fruta já se perde vitamina C. Uma laranja média, por exemplo, tem 33 miligrama de vitamina C logo após ser espremida. A boa notícia é que uma pesquisa da Embrapa já comprovou que ela não se perde tão rapidamente como se pensava nos sucos.



Em temperatura ambiente caiu para vinte e oito miligramas duas horas depois e vinte e cinco miligramas. Quatro horas depois, então um suco ainda vai ter 76% da vitamina C quatro horas depois.


Se você guardar na geladeira esta perda vai ser bem menor.



O melhor é botar em recipientes escuros, nunca transparentes porque a luz também oxida a vitamina C. O oxigênio também tem o mesmo efeito por isto encha até a borda, tampe, ou coloque papel filme.


- E qual a quantidade ideal? A Organização Mundial de Saúde recomenda noventa miligramas para homens e setenta e cinco para mulheres diariamente. Então duas laranjas no mínimo.


Fonte: Jornal Hoje

sábado, 16 de janeiro de 2010

Estudo revela carências e excessos de nutrientes na alimentação de crianças em fase pré-escolar


Recentemente divulgados, os resultados do Estudo Nutri-Brasil Infância revelam carências e excessos de nutrientes na população infantil brasileira. O estudo, fruto da parceria entre 12 instituições de ensino e pesquisa do país, a Danone Research e coordenada pelo pediatra e nutrólogo dr. Mauro Fisberg, professor-associado do Departamento de Pediatria da Unifesp e coordenador da Força-tarefa do Estilo de Vida Saudável da ILSI Brasil, avaliou 3.111 crianças em fase pré-escolar (2 a 6 anos) durante oito meses, em escolas e creches das redes públicas e privadas.


Foi identificado um perfil semelhante nos nove estados pesquisados (Amazonas, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Distrito Federal, Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul): falta de cálcio e dieta rica em carboidratos e proteínas, mas muito pobre em frutas, verduras e legumes, entre outros problemas nutricionais.


“Dos resultados, o que é urgente e que está preocupando mais as organizações tanto governamentais como não-governamentais é a necessidade do aumento de alimentos específicos – frutas, verduras, legumes e derivados lácteos, que são essenciais. Mas é uma mudança que deve acontecer desde a educação familiar até o currículo escolar”, afirma o dr. Fisberg.


O Nutri-Brasil Infância constatou que 57% das crianças de 4 a 6 anos não ingerem a quantidade diária recomendada de cálcio, mineral fundamental na infância, justamente na época em que ocorrem as grandes mudanças físicas do indivíduo - crescimento ósseo longitudinal e modificações no tamanho e no formato do esqueleto.


Outro ponto destacado pelo dr. Fisberg foi o elevado consumo de colesterol e gordura trans em casa, local em que as refeições têm uma quantidade de fibras, vitaminas A, C, K, folato, ferro, cobre e magnésio ainda menor que nas escolas. “Percebemos que muitos comem a mesma quantidade em casa, mas num espaço de tempo menor. Já na escola, a alimentação é avaliada, medida e tem algum tipo de orientação”, explica o dr. Fisberg.


O Estudo Nutri-Brasil Infância mostra ainda que as crianças brasileiras estão consumindo três vezes mais a quantidade de sódio diária recomendada, o que, futuramente, pode levar a distúrbios cardiovasculares, como hipertensão. De acordo com o dr. Fisberg, esse resultado se deve principalmente à tendência brasileira de preparar os alimentos básicos, como arroz e feijão, com uma enorme quantidade de sal, além de adicioná-lo também aos alimentos depois de prontos.


Do ponto de vista da avaliação antropométrica, observou-se o excesso de peso em 27,4% das crianças menores de 5 anos. Os índices maiores foram encontrados nas escolas privadas, onde a taxa alcança 33,6%, enquanto nas públicas é de 25,8%.


A baixa estatura para a idade, encontrada em 5% das crianças, também chamou a atenção dos especialistas. Os piores números apareceram nas creches públicas, onde o índice de estatura abaixo de dois desvios padrão da curva da Organização Mundial de Saúde chega a 6,25%, enquanto nas privadas é de 3,83%.


“A alimentação nessa fase é essencial porque cria o hábito. E nesse período, podem surgir as doenças crônicas, como anemia ou fome oculta, além de sobrepeso e obesidade, que podem levar, no futuro, ao desenvolvimento de doenças.”

Fonte: Nutritotal

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Lanche das crianças


Quando se aproxima a hora do recreio é difícil conter os alunos na sala de aula. Além de uma pausa para se distrair, as crianças esperam ansiosas o momento em que poderão provar as delícias da cantina ou as preparadas em casa. Enquanto alguns pais fazem questão de rechear a lancheira dos filhos, outros não têm tempo para organizar a rotina alimentar das crianças e apostam no bom senso dos pequenos para fazer as escolhas corretas na escola. Desde 2002, quando entrou em vigor a lei 6.848 - a lei das cantinas - os responsáveis puderam respirar mais aliviados, pois foram determinadas regras rígidas sobre o tipo de alimento que pode ser vendido nas lanchonetes.


A regra é não servir salgados fritos, gordurosos, refrigerantes e outras guloseimas classificadas como prejudiciais à saúde. Infelizmente, a lei não vem sendo totalmente cumprida e, muitas vezes, a pedido dos próprios alunos. Em uma escola particular da Asa Sul, pais e filhos fizeram reivindicações depois que a equipe de nutrição proibiu a venda de alguns alimentos. "Eles nos pediram para servir refrigerante e mais algumas coisas. Não liberamos tudo, mas a bebida industrial não teve jeito de barrar", lamenta Luiza Zanatta, nutricionista do colégio.


Pelo fato das novas regras terem sido implantadas há pouco tempo, em algumas instituições, o lanche saudável encontra resistência para se firmar e os profissionais responsáveis por conduzir o processo enfrentam dificuldades para reeducar os hábitos alimentares de crianças e jovens. Há dois anos trabalhando na mesma escola da colega Luiza, Sabrina Lima conta que foi complicado vetar os produtos favoritos dos estudantes. "Eles gostam de frituras, doces, refrigerantes. Quando chegamos aqui, a alimentação era muito diferente do que é hoje", compara.


Durante o recreio é mais fácil ver meninas e meninos comendo salgadinhos. Algumas optam pelo suco, mas normalmente não dispensam o salgado. É o caso da pequena Ana Luiza dos Santos, 8. Diariamente, ela recebe R$ 5 para comprar algo na cantina. "Acho mais gostoso e posso comprar o que quiser. Geralmente é um salgado assado e um suco, porque minha mãe briga se eu comprar refrigerante e muito chocolate", conta.


Mas nem todos os pais conseguem influenciar as escolhas dos filhos. Para certificar-se de que as crianças vão se alimentar de maneira correta, preparar o lanche ainda é a melhor escolha. Apesar de ser recomendada, a medida requer alguns cuidados para não se transformar em uma alternativa perigosa. "É preciso manipular os alimentos com mãos limpas e em lugares próprios. Se o alimento ficar exposto a forte calor pode causar uma infecção", observa. Os sucos naturais, por exemplo, podem perder os nutrientes em duas horas.

De olho nas recomendações, a analista de recursos humanos Lorena Barros não abre mão de cuidar da alimentação dos filhos, Luiz Fernando, 4, e Isabela, 3. "Prefiro mandar os lanches porque sei como vão se alimentar. Na escola, a gente não sabe o que a cantina tem para oferecer e não dá para controlar o que eles compram." Para os pais e mães como Lorena, os médicos aconselham a escolha de frutas que possam ficar fora da geladeira, como goiaba, maça ou pêra.


Os pais também precisam ficar atentos às necessidades calóricas de cada idade. De 7 a dez anos, por exemplo, as crianças precisam de nutrientes que estimulem o crescimento e o desenvolvimento. Já os adolescentes, que passam por transformações físicas e hormonais, devem fazer refeições ricas em cálcio, magnésio e fósforo, que contribuem com o processo de mineralização dos ossos.


Comer, comer

A pedido do Volta às Aulas, a nutricionista Marcela Gomes elaborou um cardápio semanal para estudantes de diferentes idades. Segundo ela, os lanches devem ser acondicionados em recipientes verdadeiramente térmicos e é preciso muito cuidado ao enviar alimentos perecíveis como queijo, leite e iogurte, uma vez que eles estragam mais facilmente em temperatura ambiente. Oferecer diariamente frutas para criar o hábito de consumir alimentos saudáveis é outra recomendação. Confira as sugestões.

2ª feira
iogurte
1 bisnaguinha com requeijão
1 maça

3ª feira
1 caixinha de suco concentrado
1 sanduíche (2 fatias de pão de forma) com queijo branco
1 pêra

4ª feira
1 garrafinha de leite fermentado
1 minibolo
1 goiaba

5ª feira
1 caixinha de suco concentrado
3 bolachas sem recheio
1 queijo processado

6ª feira
1 caixinha de achocolatado
1 bisnaguinha com peito de peru
1 banana

8 - 9 anos

2ª feira
1 iogurte
1 pedaço de bolo de cenoura
1 pêra

3ª feira
1 caixinha de suco concentrado
1 sanduíche (2 fatias de pão de forma) com queijo branco
1 tangerina

4ª feira
1 garrafinha de leite fermentado
2 bisnaguinhas com geléia
1 banana

5ª feira
1 caixinha de suco concentrado
6 bolachas sem recheio
1 queijo processado

6ª feira
1 caixinha de achocolatado
4 mini-pães de queijo
1 goiaba

A partir de 15 anos

2ª feira
1 iogurte
1 pedaço de torta salgada
1 maça

3ª feira
1 caixinha de suco concentrado
1 sanduíche (2 fatias de pão de forma) com queijo branco
1 banana

4ª feira
1 garrafinha de leite fermentado
1 rosca de coco
1 pera

5ª feira
1 caixinha de suco concentrado
1 bisnaguinha com pasta de ricota
1 ameixa

6ª feira
1 caixinha de achocolatado
6 mini-pães de queijo
1 goiaba


Fonte: CFN

sábado, 9 de janeiro de 2010

Benefícios da troca de sal para a saúde cardiovascular


A atual recomendação da Organização Mundial da Saúde é que o consumo diário de sal não exceda 6 g por dia, o que equivale a uma colher de chá. No entanto, o consumo está muito além disso. Nos países ocidentais chega a 10 g em média, enquanto que no Brasil, assim como nos países asiáticos e na Europa oriental atinge 12 g.

Para se ter uma ideia, um estudo recém-publicado pelo periódico British Medical Journal revela que uma redução de pelo menos 5 g no consumo diário de sal seria capaz de diminuir o risco de acidente vascular cerebral em 23%, e o de doenças cardiovasculares em 17%.
Isso significa que a redução do consumo de sal evitaria mais de um milhão de mortes ao ano por acidente vascular cerebral e outras três milhões por doenças cardiovasculares em todo o mundo, no mesmo período.

A explicação para isso está no fato do consumo de sal estar diretamente ligado a hipertensão arterial, que por sua vez está presente em cerca de 50% dos casos de doença das coronárias e em 60% dos acidentes vasculares cerebrais.

Estudos também têm alertado para um novo aliado da pressão arterial: o potássio. Já é consenso entre especialistas que o consumo regular de potássio é capaz de reduzir a pressão arterial. O ideal, portanto, é que pouco a pouco o sódio seja substituído pelo potássio em benefício da redução do risco de doenças cardiovasculares.


Sódio e potássio


Para aumentar o consumo de potássio, abuse de alimentos como feijão, ervilha, vegetais verde-escuros, banana, melão, cenoura, beterraba, frutas secas, tomate, batata inglesa e laranja. Na outra ponta, podemos começar a reduzir o consumo de sódio com a simples medida de retirar o saleiro da mesa. Para temperar a comida, o sal e outros condimentos industrializados devem dar lugar a ervas como a sálvia, tomilho, louro, cebolinha, alecrim, e outros, que podem temperar a comida adequadamente. Devem ser evitadas as conservas, enlatados e salgadinhos, bem como carnes processadas, embutidos e fast food.

Fonte: Nutritotal

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Boas notícias sobre a merenda escolar


O Ministério da Educação anunciou na semana passada o aumento do valor do repasse por aluno no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), passando de R$ 0,22 para R$ 0,30.


Esse aumento atende a reivindicação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea). Em reunião plenária realizada em junho, os conselheiros aprovaram uma sugestão de valor per capita de R$ 0,35.


Entre 1994 e 2003, o valor per capita esteve congelado em R$ 0,13. De 2004 para cá, o reajuste é de 130%, segundo informações do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão do Ministério da Educação.


A mudança da semana passada foi feita através da resolução 67. Esse valor de R$ 0,30 será para os alunos matriculados na pré-escola, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos (EJA).


Para alunos matriculados em creches, escolas de educação básica em áreas indígenas e quilombolas, o valor será de R$ 0,60. Para os estudantes do Programa Mais Educação, o per capita era de R$ 0,90.


Criado entre os anos 1940/1950 e hoje atendendo a 47 milhões de estudantes, o PNAE é um do maiores e mais antigos programas de alimentação escolar em todo o mundo. Sua finalidade é contribuir para o crescimento e desenvolvimento biopsicossocial do aluno, bem como a aprendizagem, o rendimento escolar e, sobretudo, a formação de hábitos alimentares saudáveis.


Os seguidos reajustes do valor per capita não são os únicos avanços conquistados através de demandas apresentadas pelo Consea. No período de 2003 a 2009, o PNAE incluiu alunos de creches, do ensino médio (antigo 2º grau) e de alfabetização de jovens e adultos; atendimento diferenciado a alunos de áreas indígenas e quilombolas; atendimento especial para alunos de municípios com baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb); aquisição direta de gêneros da agricultura familiar e criação e expansão de Centros de Alimentação e Nutrição do Escolar.

Entre 2004 e 2008, o número de municípios com nutricionistas cuidando da merenda escolar quase quadruplicou, saltando de 1.001 para 3.872. Há dois anos o FNDE formou parcerias com cinco universidades federais para a criação dos Cecanes - Centros Colaboradores em Alimentação e Nutrição do Escolar.


Outra conquista no campo da segurança alimentar e nutricional nos últimos tempos foi a obrigatoriedade de oferta mínima de três porções de frutas e hortaliças por semana e a fixação de limites máximos de sódio, gordura e açúcar na alimentação escolar.


Com relação ao repasse do governo federal aos municípios, o montante que em 2003 era de R$ 954 milhões, chegará a R$ 3 bilhões agora em 2010.

Fonte: CFN

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

11 alimentos que derrubam o colesterol

1 - AVEIA: o mérito é da betaglucana, um tipo de fibra que inibe a síntese do colesterol. A recomendação diária de fibras varia entre 20 e 35 gramas, sendo de 5 a 10 gramas solúveis. Um pote de aveia pela manhã oferece de 1 a 2 gramas desse tipo de fibra.

2 - SOJA: seus grãos e derivados carregam uma proteína que auxilia a excreção de ácidos biliares no intestino - uma boa, porque eles são ricos em colesterol. Além disso, o consumo desse alimento reduz a oxidação do LDL, o colesterol maléfico. A ingestão diária deve ser de 25 gramas.

3 - FITOESTERÓIS: você encontra margarinas, iogurtes e leites enriquecidos com a molécula vegetal que, aliás, também está presente na soja. Sua grande vantagem é diminuir a absorção do colesterol ingerido. Coma duas porções desses produtos por dia.

4 - CEVADA: a exemplo da aveia, o que sobressai aqui são as fibras. Elas marcam presença em todos os grãos integrais, como o farelo de trigo, a semente de linhaça e o gergelim. Essa turma ainda fornece vitaminas e minerais importantes, principalmente vitamina B e selênio.

5 - PEIXES GORDOS: neste grupo entram o salmão, a sardinha, o arenque, a cavala e o atum. Entre seus ingredientes está o ômega-3, que ajuda o coração de duas maneiras: substitui as gorduras saturadas e aplaca os efeitos do mau colesterol. Lembre-se de incluir esses pescados no cardápio duas ou três vezes na semana.

6 - FEIJÃO: pesquisas mostram que é possível reduzir em até 10% os níveis de LDL comendo a leguminosa diariamente. Quem se arrisca a chutar o motivo? De novo, as fibras. Sem falar que o feijão é um ótima fonte de proteínas e aumenta a sensação de saciedade.

7 - OLEAGINOSAS: castanhas, nozes e amêndoas estão cheias de gorduras monoinsaturadas. Muitos estudos apontam que, além de reduzir as moléculas gordurosas nocivas, esse tipo de gordura é capaz de elevar o HDL, a versão benéfica do colesterol. Outra boa fonte é o azeite de oliva.

8 - BERINJELA E QUIABO: se você é daqueles que torcem o nariz para essa dupla, é hora de repensar suas preferências. Ambos os vegetais possuem baixíssimo valor calórico e substâncias antioxidantes. De quebra, são boas fontes de fibras solúveis.

9 - ÓLEOS VEGETAIS: de soja, milho ou girassol, eles guardam bastante ômega-6 uma gordura poli-insaturada famosa por reduzir os níveis de colesterol. Duas colheres de sopa de um desses óleos ao dia são suficientes para controlar a produção de LDL.

10 - MAÇÃ, MORANGO E FRUTAS CÍTRICAS: essas frutas são ricas em pectina, outro tipo de fibra solúvel que contribui para a eliminação do colesterol. Elas também estão repletas de vitaminas e antioxidantes, verdadeiros protetores das células.

11 - SUPLEMENTOS DE FIBRA: no Brasil, esses produtos são mais recomendados para quem tem o intestino preguiçoso. Mas, nos Estados Unidos, eles já são usados para deixar as artérias mais relaxadas. Aqui, os especialistas concordam que é preferível adotar uma alimentação equilibrada antes de recorrer aos suplementos.

Fonte: Revista Saúde (dezembro de 2009)

Contaminação cruzada


Há algumas semanas, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fez um alerta sobre o risco de contaminação cruzada de alimentos, que acontece quando o mesmo objeto – utensílios e equipamentos – é utilizado em alimentos crus e, em seguida, nos cozidos, ou até mesmo pela manipulação. De acordo com dr. Wilson Roberto Catapani, professor titular da disciplina de gastroenterologia da Faculdade de Medicina do ABC, o risco não é apenas atual, mas recorrente e está presente em qualquer lugar.


“O importante é ter sempre cuidado na manipulação de alimentos crus. Para eliminação das bactérias, é preciso submetê-los ao cozimento em temperaturas acima de 70ºC, além de lavar todos os alimentos muito bem. O grande potencial de contaminação está nos frutos do mar e no ovo cru, assim como seus derivados, por exemplo, a maionese”, explica dr. Wilson.


Estes alimentos citados pelo médico gastroenterologista são responsáveis por 34,5% dos episódios de doenças originadas de alimentos no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Um desses males, a intoxicação alimentar, se manifesta de formas diferentes, conforme o estado de saúde do paciente. Se o indivíduo possui alguma doença de base ou não, e a faixa etária são algumas das variáveis. Nos casos dos mais debilitados e com idade avançada, o quadro se agrava significativamente, com risco de óbito.


O processo de contaminação ocorre pela transferência de microrganismos, presentes em carnes cruas e vegetais não lavados, para os alimentos cozidos. Em 2009, a Anvisa determinou que o rótulo dos ovos deve conter declarações como “O consumo deste alimento cru ou mal cozido pode causar danos à saúde” e “Manter os ovos preferencialmente refrigerados”. Carnes e miúdos de aves têm informações semelhantes em sua rotulagem.


Como evitar contaminação cruzada

- Separar carnes e peixes crus de outros alimentos

- Manipular alimentos crus e cozidos utilizando equipamentos e utensílios, como facas ou tábuas de corte, independentes

- Guardar os alimentos em embalagens ou recipientes fechados para evitar o contato entre crus e cozidos

- Lavar bem os utensílios e as mãos após a manipulação de alimentos crus

- Guardar na geladeira os alimentos cozidos, mesmo que ainda estejam quentes.

Fonte: Nutritotal

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Sedentarismo e maus hábitos alimentares

Com previsão de ser finalizado ainda este ano, um estudo realizado por acadêmicos da Faculdade de Enfermagem (FE) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) revela dados alarmantes sobre os alunos daquela instituição que podem espelhar a má alimentação dos jovens nos dias de hoje.


Segundo o estudo, apenas 50% dos alunos almoçam durante a semana. Ainda assim, muitas destas refeições são substituídas por um lanche. Outros pontos identificados foram o alto índice de sedentarismo (74%) e grande quantidade de pessoas que acrescentam sal nos alimentos já preparados (35,48%).


A “Análise dos Hábitos Alimentares dos Discentes da Faculdade de Enfermagem da Uerj”, de autoria de Diana da Silva Marinho, foi realizada com o apoio da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), e orientação da doutora e professora Lina Márcia Miguéis Berardinelle, do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica (DEMC) da FE da Uerj.


O estudo

Foram avaliados 124 estudantes em um período de três meses, observando-se a frequência, a substituição e o tipo de alimentação, além das interferências destes hábitos na saúde.


A pesquisa partiu do princípio de que por meio de uma alimentação balanceada temos os nutrientes necessários para desenvolver resistência aos riscos a que somos expostos no meio ambiente, assim como às agressões hereditárias.


Apesar de mostrar um perfil ainda distante do ideal, o estudo observou ao menos um ponto positivo: apenas 3,2% dos alunos são fumantes. De acordo com as autoras, isso pode ser resultado das recentes campanhas antitabagismo.


A popularidade dos regimes alimentares também pode ser observada neste estudo. Quase 84% das respostas foram afirmativas para a realização de dietas, sendo 24% com restrição de gorduras.


Com base nestas e em outras informações coletadas, as pesquisadoras concluíram que o estudo enquadra-se nas projeções feitas pela Organização Mundial da Saúde em análise da estratégia Global para alimentação, atividade física e saúde.


O documento indica um crescimento epidêmico de doenças cardiovasculares, neoplasias e diabetes tipo 2 na maioria dos países em desenvolvimento. Um dos principais fatores que explicam esta tendência é a alimentação predominante nesses países, que tem levado ao aumento expressivo da obesidade.


Conclusões

A conclusão, no entanto, não é nada animadora. Os hábitos identificados como frequentes entre os estudantes são danosos e, somados ao histórico familiar, ampliam os riscos para o adoecimento precoce e o desenvolvimento de distúrbios cardiovasculares.


O motivo apresentado pelas pesquisadoras para essa rotina inadequada vivida pela maior parte dos estudantes é a falta de conhecimento sobre o próprio corpo. Por se tratar de indivíduos que estão entrando na fase adulta, os pesquisados ainda têm muitas dúvidas acerca de como se manterem saudáveis.


Observando as influências do mundo globalizado sobre todas as situações durante a vida, o estudo é um alerta para a importância dos programas globais para a melhoria do estilo de vida da população, não apenas focando a dieta e o controle do peso.

Fonte: Nutritotal