quarta-feira, 13 de maio de 2009

Resultado sobre anemia e deficiência de vitamina A

No dia 24 de abril de 2009, o Ministério da Saúde divulgou, pela primeira vez, a prevalência nacional de anemia e deficiência de vitamina A entre crianças menores de cinco anos e mulheres de 15 a 49 anos, por meio da nova edição da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS 2006).

A pesquisa, encomendada ao Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), revelou que 20,9% das crianças e 29,4% das mulheres brasileiras têm ane
mia. A situação mais preocupante é a da região Nordeste, onde o percentual foi de 25,5% das crianças e de 40% das mulheres. A prevalência de anemia em crianças com menos de 24 meses e de áreas urbanas e em mulheres negras também se sobressaiu.

Em relação à vitamina A, os resultados indicaram que 17,4% das crianças e 12,3% das mulheres apresentam níveis inadequados desse micronutriente. Entre as crianças, os índices mais preocupantes são os do Sudeste (21,6%) e do Nordeste (19%). A maior idade materna (acima dos 35 anos) é outro aspecto apontado como relevante para a insuficiência de vitamina A.

Essas duas deficiências são as de maior ocorrência no mundo, gerando, por exemplo, a redução da imunidade a infecções, problemas de desenvolvimento nas crianças e, em casos mais graves, até retardo mental e cegueira.

AÇÕES DO MINISTÉRIO - Os resultados corroboram que a anemia e a insuficiência de vitamina A são problemas de saúde pública no Brasil e, por isso, exigem ações específicas do Ministério da Saúde. Em 2004, o governo tornou obrigatória a fortificação de farinhas de trigo e de milho com ferro e ácido fólico. Nas próximas semanas, o Ministério da Saúde deverá criar uma comissão para monitorar farinhas de trigo e de milho, com o propósito de aprimorar a fiscalização do processo de fortificação no país.

Além da fortificação, em 2005, foi criado o Programa Nacional de Suplementação de Ferro, com o objetivo de suplementar crianças de seis a 18 meses, gestantes a partir da 20ª semana e mulheres até o terceiro mês após o parto em todo país. A cada ano, são fornecidos 8 milhões de frascos de suplementos para as crianças e 250 milhões de comprimidos para mulheres grávidas.

Na Região Nordeste e no Norte de Minas Gerais, regiões consideradas endêmicas quanto à hipovitaminose A, também são fornecidas anualmente 8,5 milhões de cápsulas de vitamina A para crianças e mulheres no pós-parto imediato. Com base nos resultados da PNDS, a Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição deverá avaliar a possibilidade de ampliação da distribuição dessas cápsulas para toda a região sudeste.

Entre as ações do Ministério, ainda está a orientação à rede de saúde para a adoção de conduta nutricional baseada no aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade e outras medidas fundamentais para a alimentação saudável da criança.

Fonte: CGPAN

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