quarta-feira, 13 de maio de 2009

Consumo de cálcio e vitamina D na infância

A Danone Brasil publicou em março de 2009 um Newsletter sobre Cálcio e Vitamina D na Infância. Abaixo um resumo sobre esta publicação:

Aproximadamente 90% da massa óssea é formada até os 20 anos de idade, motivo pelo qual a infância e adolescência são períodos críticos na determinação da saúde óssea ao longo da vida. Além do cálcio, fósforo e vitamina D, reconhecidamente importantes na saúde óssea; a ingestão energética, de lipídios, proteínas, potássio, vitaminas K e A e cloreto de sódio estão envolvidos no metabolismo ósseo, correlacionando-se de forma positiva ou negativa com a densidade mineral óssea.

O cálcio é o mineral mais abundante no organismo e necessário para mineralização de ossos e dentes, além de agir na contração muscular, coagulação sanguínea, transmissão nervosa e liberação de alguns hormônios.

Para absorver o cálcio, a dieta deve ser adequada em vitamina D, que tem como principal função a homeostase do cálcio.

A deficiência de vitamina D na infância chama-se raquitismo, caracterizado por deformidades ósseas, maior vulnerabilidade a fraturas, além do déficit de crescimento. Nos adultos e idosos, chama-se osteomalácia, podendo coexistir com a osteoporose. A pessoa apresenta dores ósseas e fraqueza muscular e reduzida densidade óssea.

A Adequate Intake - AI para ingestão de cálcio de pré-escolares são de 500 e 800 mg/dia nas faixas etárias de 1 a 3 e de 4 a 8 anos, respectivamente. Já para a vitamina D, a recomendação é de 5,0 ug (ou 200 UI) /dia para ambas as faixas etárias.

O estudo Nutri-Brasil Infância envolveu 9 cidades brasileiras, sendo analisado o consumo
alimentar de 3111 crianças de 2 a 6 anos.

Observando a média de consumo, poder-se-ia inferir que a ingestão de cálcio e vita
mina D estão adequadas. Mas como há variabilidade inter e intra-pessoal, que podem ser constatadas pelos elevados valores de desvios-padrão, o percentual de inadequação é alto.

A creche contribuiu pouco para a ingestão de cálcio e vitamina D. Elas deveriam contribuir mais, pois as crianças permanecem na creche durante todo o dia e dependem da alimentação ali oferecida.


Na faixa etária de 2 a 4 anos, o percentual de crianças que não atingiram a recomendação de cálcio foi menor (11,3%). Já na faixa etária de 4 a 6 anos, mais de 50% dos pré-escolares não atingiram a recomendação.

Em relação à vitamina D, a frequência de crianças com consumo inferior a AI foi superior a 50% em ambas as faixas etárias. Isso reflete a dependência da síntese de vitamina D pela exposição ao sol, sendo que as crianças estão cada vez menos expostas a ele.

Além do risco de fraturas, raquitismo e déficit de crescimento na infância, estes pré-escolares tem maior risco de osteoporose na vida adulta.

A osteoporose é uma doença crônica não-transmissível em que ocorre redução da massa óssea e alteração na microarquitetura deste tecido, aumentando a fragilidade e o risco de fratura. Com o aumento da expectativa de vida na população e consequentemente da incidência de fraturas, estima-se um aumento de 1,66 milhão de fratura de fêmur em 1990 para 6,26 milhões em 2050.
Cerca de 1/3 das mulheres com mais de 50 anos apresente risco de desenvolver osteoporose.

É recomendado para o pré-escolar, o consumo de 3 copos de leite integral por dia (600ml). É preocupante, pois está ocorrendo substituição do leite por sucos e refrigerantes, contribuindo para ingestão inadequada de cálcio.

Além do retorno do leite e derivados à mesa dos pré-escolares, é importante ainda estimular o consumo de outras fontes de cálcio (vegetais verde-escuros: brócolis, couve e espinafre) bem como de vitamina D (peixes com alto teor de gordura, óleos de peixes, margarina, ovos, dentre outros).

Nenhum comentário: