sábado, 2 de julho de 2011

Ganho de peso está associado a bebida diet e aspartame

Pense duas vezes se você consome refrigerante diet para manter a forma física. Um novo estudo norte-americano apresentado durante uma conferência da Associação Americana de Diabetes diz que a bebida diet está associada ao ganho de peso.



A cintura de quem toma dois ou mais refrigerantes diet por dia pode aumentar seis vezes se comparado com os não consumidores. O estudo vem da Escola de Medicina da Uni­versidade do Texas, que acompanhou 474 indivíduos durante dez anos.


Conclusão

A conclusão obtida é que quanto mais uma pessoa bebe refrigerante diet, mais ela engorda. A circunferência abdominal, cujo tamanho pode indicar a propensão ou não a doenças cardíacas, também ficou 70% maior.


Uma outra pesquisa apresentada no mesmo evento mé­­dico afirma que o aspartame, presente como ingrediente de produtos diet e usado como adoçante, aumentou o nível de acúçar no sangue de camundongos com propensão a diabetes.


Estudos como esses mostram que o refrigerante diet e o aspartame não são tão bons para as saúde quanto as propagandas costumam sugerir.


Alerta

Para a professora de epidemiologia clínica Helen Hazuda, que conduziu o estudo da Uni­versidade do Texas, os consumidores deveriam ser alertados sobre os perigos à saúde ao ingerir esses produtos.

Fonte: CRN2

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Embalagens podem confundir consumidores


Antes de escolher os ALIMENTOS nas prateleiras dos supermercados é preciso observar os ingredientes que vêm descritos nas embalagens. Sempre quando há menção de gordura hidrogenada ou gordura vegetal, é bom saber que na sua preparação foi adicionado GORDURA TRANS.


Por vezes, as embalagens divulgam zero por cento de GORDURA TRANS, mas é preciso ficar atento porque se refere apenas à porção caseira descrita Informação Nutricional ou rotulagem do produto. É que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) especifica para cada produto sua porção caseira padronizada, ou seja, se você comer mais do que aquela quantidade indicada na porção caseira, estará ingerindo a GORDURA TRANS.


Como não se consegue quantificar percentualmente as pequenas porções, se diz zero de gordura. Outra maneira de verificar é através das letras VD (quantidade não estabelecida). Como não existe quantidade mínima estabelecida para ingestão de GORDURA TRANS, um fabricante mal intencionado pode se utilizar destes termos e confundir os consumidores menos informados.

Fonte: CFN

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Obesidade já atinge 10% das crianças brasileiras; saiba como evitar


A OBESIDADE e os níveis elevados ou anormais de lipídios no sangue são os principais fatores de risco causadores de doenças cardiovasculares e, embora possam se iniciar precocemente, quase não são diagnosticados clinicamente na infância.


Os crescentes índices de OBESIDADE e de doenças cardiovasculares em crianças estão diretamente associados às mudanças no modo de vida, particularmente o sedentarismo e o consumo de ALIMENTOS gordurosos e açúcares. Segundo dados da Sociedade de Pediatria de São Paulo, a OBESIDADE infantil já atinge cerca de 10% das crianças brasileiras.


A redução do consumo de ALIMENTOS saudáveis como vegetais e frutas e o aumento no porcentual de gordura saturada e animal também resultam na menor ingestão de micronutrientes alimentares antioxidantes - importantes para controlar ou diminuir a ação prejudicial dos radicais livres no organismo.


As alterações do perfil lipídico na infância ocorrem silenciosamente e as lesões geralmente são diagnosticadas apenas na idade adulta. De acordo com o Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas), a OBESIDADE na infância e na adolescência pode antecipar de 10 a 20 anos a manifestação de doenças cardiovasculares, uma das principais causas de morte e de incapacidade no Brasil e no mundo.


ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

Nos primeiros anos de vida da criança é essencial uma ALIMENTAÇÃO qualitativa e quantitativamente adequada para proporcionar ao organismo a energia e os nutrientes necessários ao bom desempenho de suas funções e à manutenção da saúde. Como são muito ativas e possuem metabolismo mais acelerado, as crianças precisam de uma DIETArica em ALIMENTOS energéticos, ferro, vitamina C e cálcio.

Fonte: CFN

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Embalagens de alimentos poderão ter código de cores para componentes nutricionais


As embalagens de ALIMENTOS poderão ter seus componentes nutricionais identificados por um código de cores. A proposta do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) deverá ser votada pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), na reunião da próxima terça-feira (24), às 11h30. O senador Paulo Davim (PV-RN), relator da proposta, emitiu parecer favorável à aprovação.


Em sua justificação, Cristovam argumentou que a mudança no perfil alimentar do brasileiro tem produzido "notícias dramáticas" no cenário epidemiológico brasileiro, causadas pelo crescimento vertiginoso da OBESIDADE e das doenças crônico-degenerativas a ela associadas, especialmente a DIABETES e as cardiovasculares.


"Em recente audiência pública realizada na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), assistimos à exposição de um médico especialista que classificou como alarmante o aumento nos casos de DIABETES tipo 2. Ele afirmou que a doença deverá atingir, em 2030, no mundo todo, mais de 400 milhões de pessoas, o que tornará o seu tratamento insustentável", alerta.


O senador assinalou que, em relação ao Brasil, o especialista apresentou a estimativa de que existam 10 milhões de diabéticos, número compatível com a estimativa do Ministério da Saúde de que 5,3% dos brasileiros têm a doença.


Cristovam disse ainda que, em 2006, a Associação Brasileira das Indústrias da ALIMENTAÇÃO (ABIA) defendia, em seu anuário, uma proposta de auto-regulamentação do setor, que incluía, entre suas estratégias, o oferecimento de produtos mais baratos e com valores nutricionais melhorados, além da simplificação da rotulagem dos ALIMENTOS.


"Julgamos que a identificação por meio de um selo de cores diferenciadas conforme o conteúdo nutricional irá auxiliar a população a escolher os ALIMENTOS e melhorar suas condições de saúde", conclui o senador na justificação.


Fonte: CFN

terça-feira, 17 de maio de 2011

Em pesquisa, 28% dos brasileiros consomem refrigerante regularmente



O Ministério da Saúde constatou em pesquisa que 28% da população consome refrigerante pelo menos 5 vezes por semana. O consumo regular é encontrado em todas os níveis de escolaridade. Os dados são da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel Brasil 2010).



O sobrepeso (IMC acima de 25) foi encontrado em 48% das pessoas, sendo que 15% são obesas (IMC acima de 30). Em 5 anos, este índice subiu 4 pontos percentuais. Os mais gordos concentram-se em Rio Branco e Rio de Janeiro.



Os homens apresentam mais excesso de peso do que as mulheres. Elas tendem a ter uma prática alimentar melhor, com maior consumo de frutas e hortaliças, além de retirarem o excesso de gordura da carne e beberem menos leite integral. A população com menos escolaridade (de 0 a 8 anos) apresenta práticas de alimentação menos saudáveis.



Os refrigerantes, e as demais bebidas adoçadas, são indicados como um dos principais vilões da obesidade, já que seu consumo subiu muito nos últimos anos. A obesidade está ligada a problemas cardíacos e diabetes.



A pesquisa visa medir a prevalência de fatores de risco para Infarto, diabetes, doenças respiratórias, responsáveis por mais de 64% das mortes no país.



O levantamento, realizado anualmente desde 2006, apresenta dados sobre a saúde do brasileiro, a partir de indicadores como tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, sobrepeso e obesidade, alimentação e sedentarismo. É ouvida a população adulta com mais de 18 anos, nas 26 capitais e no Distrito Federal.



Fonte: AGAN

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Sal? Só uma pitadinha!


Não mais do que isso, garantem médicos e NUTRICIONISTAS. Do contrário, você estará se expondo a uma série de problemas de saúde


O paladar do brasileiro é acostumado ao sal. Churrasco e feijoada, por exemplo, se não forem bem salgados, parecem perder a graça. O problema em abusar do condimento é o que está por trás dele, em sua composição química: o sódio. Segundo o cardiologista Lucimir Maia, o brasileiro consome, em média, 13 gramas de sal por dia. Todavia, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a ingestão máxima de apenas 5 gramas do produto.


Insuficiências renal e cardíaca, HIPERTENSÃO, ameaça de derrame, problemas circulatórios, edemas pulmonares - tudo isso pode decorrer do consumo excessivo de sódio. A explicação é até simples, diz Maia: as moléculas de NaCl têm uma imensa capacidade de atrair água para os vasos sanguíneos, deixando-os inchados além da conta.


Mara Saleti De Boni, presidente do CONSELHO REGIONAL DE NUTRICIONISTAS no DF, ensina que a medida correta do consumo, indicado pela OMS, corresponde a uma colher rasa de chá. "Outra forma, menos higiênica, mas também válida, é a quantidade necessária para encher a tampa de uma caneta Bic", sugere. Ela ressalta que o padrão se aplica à população adulta de um modo geral. Os que não se encaixarem nesse perfil devem procurar um médico e um NUTRICIONISTA para uma DIETA adequada.


A NUTRICIONISTA alerta para o mau hábito de acrescentar sal a ALIMENTOS que já o têm naturalmente, como laticínios. O perigo maior, porém, está na comida industrializada, que abusa do sódio para fins de conservação. Enlatados, embutidos, macarrões instantâneos são exemplos disso. "Para se ter uma ideia, cada tablete daqueles de caldo de carne ou de legumes contém o necessário de sódio para um dia inteiro. E quase ninguém usa só um para cozinhar", observa.


Apesar de todos os contras, o sódio não é um vilão. O problema é o consumo exagerado. "Com o potássio, ele é responsável pela manutenção da quantidade de água no organismo", ensina a especialista. E não é preciso retirar o sal da DIETA de uma vez, ainda que seu objetivo seja "desintoxicar". "Quanto mais usamos um sabor, doce ou salgado, mais as papilas gustativas vão perdendo a sensibilidade para sentir o gosto natural dos ALIMENTOS", explica Mara. Por isso, o uso de temperos alternativos pode ser difícil no começo, mas, com o tempo, auxiliam no processo de readaptação.


Kátia Simone Pereira de Paulo, 35 anos, está aprendendo isso na prática. A coordenadora de atendimento de uma clínica descobriu faz um ano que tem HIPERTENSÃO. "É difícil ficar sem o sal. Sempre que vou a um restaurante, meus amigos reclamam", confessa. Mas em casa é mais tranquilo. Quem prepara as refeições é sua sogra, também hipertensa, assim todos da família entram na DIETA mais SAUDÁVEL. Frutas e verduras são obrigatórias no cardápio, e os gordurosos foram reduzidos. "Às vezes, a gente foge um pouquinho do recomendado, mas o acompanhamento com o médico mostra que estou melhorando", afirma.


A dica para substituir gradualmente o sal de cozinha é usar mais alho, cebola, orégano ou misturas de ervas naturais. O cardiologista Lucimir Maia também indica o uso de açafrão e sal DIETético. "Este é composto metade por cloreto de sódio (sal comum) e metade por cloreto de potássio. É o mesmo sabor, mas menos nocivo", explica.


Metas para a redução do sódio

Em 7 de abril, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e as associações que representam os produtores de ALIMENTOS processados assinaram um acordo que estabelece um plano de redução gradual na quantidade do sódio presente em 16 categorias de ALIMENTOS - começando por massas instantâneas, pães e bisnaguinhas. O pão de forma, por exemplo, terá de respeitar o limite de 645mg da substância por 100g de alimento. Outras metas, previstas para julho próximo, são relacionadas ao pão francês, bolos prontos, salgadinhos de milho e batatas fritas. Antes do fim do ano, será a vez dos biscoitos tipo cream cracker, embutidos, salame, mortadela, caldos, temperos e refeições prontas. "Essa redução terá impacto na população como um todo. Se intervirmos agora, diminuiremos os casos crônicos no futuro", opina o cardiologista Lucimir Maia.

Fonte: CRN2

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Quase metade da população está acima do peso


O Ministério da Saúde divulgou nesta segunda-feira (18) pesquisa que aponta que 48,1% da população brasileira está acima do peso e 15% são obesos. Há cinco anos, a proporção era de 42,7% para excesso de peso e 11,4% para obesidade. Os dados fazem parte da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel Brasil 2010).

Segundo a pesquisa, se for considerada somente a população masculina, mais da metade dos homens está acima do peso (52,1%). Entre as mulheres, a proporção é de 44,3%. Em 2006, a pesquisa apontava excesso de peso em 47,2% dos homens e em 38,5% das mulheres.

Para Deborah Malta, coordenadora de Vigilância de Agravos e Doenças Não Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, o expressivo crescimento no número de pessoas com sobrepeso e obesidade, em um curto período, é uma tendência mundial.

“A ocorrência do excesso de peso decorre do sedentarismo e de padrões alimentares inadequados. Essa é uma tendência mundial e o Brasil não está isolado. Ela é um reflexo do baixo consumo de alimentos saudáveis como frutas, legumes e verduras e do uso em excesso de produtos industrializados com elevado teor de calorias, como gorduras e açúcares, além de baixos níveis de atividade física”, explicou Deborah Malta.

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, disse que, mantido o ritmo atual, o Brasil terá em 13 anos o mesmo número de obesos que os Estados Unidos têm atualmente. "Se nós mantivermos o rtimo de crescimento [no índice de obesidade] que o Brasil vem tendo, em 13 anos nós vamos ter o mesmo índice de prevalência que os Estados Unidos têm atualmente".

A pesquisa mostra que 14,2% dos adultos não fazem nenhuma atividade física no tempo livre e que 30,2% dos homens e 26,5% das mulheres assitem televisão por mais de três horas ao dia. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a prática de 30 minutos de atividade física pelo menos cinco vezes por semana.


Alimentação
Em relação à alimentação, a pesquisa aponta que o brasileiro está consumindo menos feijão , mais leite integral - com gordura - e bastante carne com gordura aparente. O número de adultos que comem feijão pelo menos cinco dias por semana é de 66,7%. Em 2006, 71,9% dos brasileiros consumiam feijão.


A pesquisa aponta ainda que somente 18,2% dos brasileiros adultos consomem cinco porções diárias ou 400 gramas de frutas e hortaliças, quantidade recomendada pela OMS. O levantamento mostra que 34,2% se alimentam de carnes vermelhas gordurosas ou de frango com pele; e 28,1% consomem refrigerantes cinco vezes ou mais na semana.

Fonte: G1

Ministério da Saúde anuncia combate a alimentos gordurosos e com muito sal


O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, divulgou nesta sexta-feira (8) uma nova medida do governo para garantir a saúde dos brasileiros: um plano de redução de gordura nos alimentos industrializados. A medida foi anunciada um dia após Padilha ter fechado acordo com as indústrias de alimentos processados para diminuir o teor de sódio em pelo menos 16 categorias de produtos, e demonstra uma maior preocupação do governo federal com a alimentação da população.


"No segundo semestre vamos abrir a agenda para a redução de gordura. É um programa fundamental porque traz a indústria de alimentos para o debate (hábitos alimentares). O Brasil é pioneiro em relação aos demais países nisso", afirmou o ministro.


De acordo com Padilha, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ficará responsável pela fiscalização e controle das novas regras, que visam a cobater a obesidade e a melhorar a qualidade de vida dos brasileiros. Quanto à medida para diminuir o sódio, o Ministério afirmou que tem por objetivo estimular o povo a ingerir menos sal - os dados mais recentes mostram que o brasileiro consome, em média, 9,6 gramas de sal por dia, quase duas vezes mais que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).


A preocupação com a saúde da população é legítima, para o ministro. O consumo excessivo do sal, por exemplo, acarreta em um aumento na incidência de doenças crônicas como a hipertensão e os problemas cardíacos. E é um costume do brasileiro salgar sua comida bem mais que outros povos, já que seu paladar está mais acostumado. Sobre esse assunto, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), Edmundo Klotz, afirmou: “Devem ter alterações [no gosto], mas poderão ser imperceptíveis.”


As metas para a redução de gordura nos alimentos ainda não foram definidas, mas para a diminuíção do sódio o governo espera uma queda de 30% na concentração do elemento químico em massas e de 10% nos pães em um primeiro momento. Em julho, quando o plano de ação deve entrar em sua segunda fase, o governo espera ampliar o leque de produtos afetados pela nova regulamentação. E até o final do ano será definido o teor máximo de sódio para biscoitos, embutidos, pão francês, bolos prontos, mistura para bolo, salgadinhos de milho, batatas fritas, caldos, temperos, margarinas, maioneses, laticínios e refeições prontas.


Uma pesquisa realizada recentemente pelo ministério descobriu que 48% da população das capitais tem sobrepeso e 15% já é classificada como obesa. "É fundamental que a gente divulgue os hábitos de alimentação saudáveis", afirmou Padilha.

Fonte: CRN

sexta-feira, 11 de março de 2011

Obesidade geral prevê risco cardíaco tão bem quanto gordura localizada


Saúde. Estudo contesta consenso de que medida de circunferência abdominal estimaria ocorrência de doenças vasculares com mais precisão que o índice de massa corporal (IMC); as duas medidas seriam igualmente eficazes quando acompanhadas por outros exames.


Medidas de obesidade geral - como o Índice de Massa Corporal (IMC) - são tão boas para prever risco cardiovascular quanto estimativas de obesidade localizada - como a medida de circunferência abdominal. É o que diz estudo da Universidade de Cambridge publicado na revista The Lancet.


O resultado contesta o consenso anterior, que afirma que a medida de circunferência abdominal prevê com uma precisão três vezes maior o risco de enfarte do miocárdio quando comparado às estimativas baseadas no IMC.


A pesquisa avaliou informações sobre 221.934 pessoas, que participaram de 58 estudos de longo prazo. Os autores avaliaram o impacto de três variáveis comumente relacionadas ao surgimento de doenças cardiovasculares: a medida da circunferência do abdome, o IMC e a relação entre a medida do abdome e do quadril.


A conclusão foi que esses três fatores têm capacidade igual de determinar riscos cardiovasculares, desde que se levem em consideração dados adicionais sobre pressão sanguínea, histórico de diabetes e colesterol.


De acordo com o cardiologista Heno Lopes, coordenador do Ambulatório de Síndrome Metabólica do Instituto do Coração (Incor-USP), esses resultados concordam com os estudos que estão sendo realizados dentro do instituto paulista.


Ele enfatiza que, apesar de alguns médicos considerarem que a medida da circunferência abdominal diz mais sobre os riscos cardíacos do paciente, a tendência dos estudos atuais é considerar mais o IMC ao tentar estimar os riscos.


Lopes diz que parte da comunidade científica discute se a obesidade é um fator tão determinante para o surgimento de problemas no coração. "Sem dúvida, a obesidade está associada a mais de 30 doenças", aponta o cardiologista. "Mas em relação à doença cardiovascular, as coisas estão começando a mudar um pouco. Não é só a gordura que é responsável por esses problemas. Outros fatores genéticos podem ser mais determinantes (mais informações nesta página)".


O cardiologista Daniel Magnolli, diretor de Nutrologia do Hospital do Coração (HCor), concorda. "A obesidade, isoladamente, é um fator de risco com impacto menor que diabete, hipertensão e colesterol elevado." Ele afirma que as pessoas obesas costumam ter outras condições associadas relacionadas aos riscos cardiovasculares.


A endocrinologista Cláudia Cozer, diretora da Associação Brasileira para o Estudo da obesidade (Abeso), questiona o estudo, enfatizando que a medida da circunferência do abdome é determinante para o risco cardiovascular.



"A medida da circunferência abdominal é a que mais se equipara com resultados de tomografia para ver o quanto de gordura visceral o paciente possui. Os trabalhos de literatura mostram que esse exame de consultório simples e barato tem um índice de acerto de 96%", diz.


Para o médico Marcus Malachias, presidente do Departamento de hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia, a regra sobre o risco associado com o tamanho da circunferência abdominal continua valendo. "Quando medimos a circunferência abdominal, estamos medindo também uma gordura que está por dentro."


O endocrinologista Bruno Geloneze, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), sublinha que o IMC e a medida de circunferência abdominal só oferecem previsões igualmente precisas quando estão acompanhados de "dados adicionais sobre pressão sanguínea, histórico de diabetes e colesterol", como precisam os autores do estudo.


Mas ele recorda que tais dados são obtidos com exames mais complexos que o simples uso de uma fita métrica e uma balança - únicos instrumentos necessários para cálculo do IMC e da circunferência abdominal. Na prática, o uso conjunto do IMC e da medida de circunferência abdominal continua sendo uma alternativa eficaz para uma primeira triagem em pessoas que procuram a rede de saúde para avaliação de riscos cardiovasculares.


Vários autores do artigo declararam conflitos de interesse: de contratos com farmacêuticas a patentes relacionadas a exames de biomarcadores para doenças cardiovasculares.

Fonte: CFN

quinta-feira, 10 de março de 2011

Estudo encontra elo entre baixo peso ao nascer e obesidade na vida adulta

Já faz algum tempo que os cientistas tinham percebido que muitas crianças que nascem com pouco peso acabam virando adultos obesos. O motivo ainda está sendo estudado, mas um grupo de cientistas americanos apresentou nesta quinta-feira (10) uma possível explicação na revista científica “Brain Research”.


De acordo com os pesquisadores do Instituto de Pesquisas Biomédicas de Los Angeles, bebês de baixo peso acabam com menos neurônios na área do cérebro que controla a ingestão de comida.


Eles estudaram modelos animais que mostram que baixo peso ao nascer faz acontecer um crescimento acelerado para compensar. Segundo a autora principal do estudo, Mina Desai, o trabalho mostra a importância do aleitamento materno para manter a saúde das crianças e evitar a obesidade.


A pesquisa de Desai também afirma que a desnutrição ao nascer pode gerar problemas de cognição e comportamento.


Fonte: G1