sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Mudanças no estilo de vida e fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis e sistema imune de mulheres sedentárias


Um artigo publicado na Revista de Nutrição, nos meses de março e abril de 2009, teve por objetivo observar os efeitos de dois meses de um programa de reeducação de hábitos sobre variáveis do sistema imunológico e de risco para doenças crônicas não transmissíveis e as associações destas entre si e com a composição corporal.

Cinqüenta mulheres sedentárias, com idade de 36 anos, e índice de massa corporal de 31kg/m2 participaram do estudo. Foram avaliados a composição corporal (antropometria e bioimpedância), o hemograma, o perfil lipídico, as concentrações plasmáticas das vitaminas A, C, betacaroteno, do zinco, do ácido úrico e da glicemia. O treinamento consistia de circuito de peso ou caminhada por 1h, três vezes por semana no primeiro mês e 1h, quatro vezes por semana no segundo mês, mais reeducação alimentar.

A gordura corporal, as concentrações plasmáticas do ácido úrico, do colesterol total e da lipoproteína de alta densidade foram significativamente reduzidas. Os triglicérides, a lipoproteína de baixa densidade e as variáveis do sistema imunológico não foram alterados. O zinco não foi associado a qualquer variável. Os glóbulos brancos, os linfócitos, as plaquetas e a vitamina C foram positivamente associados à gordura corporal e negativamente, quando divididos pela massa corporal (kg). O colesterol total e a lipoproteína de baixa densidade divididos pela concentração de vitamina A e do betacaroteno foram negativamente correlacionados à gordura corporal. A vitamina C teve a maior correlação com outros fatores bioquímicos de risco.


Em suma, dois meses de um programa de reeducação de hábitos parecem ter reduzido os fatores de risco associados às DCNT, mas não interferiram nos marcadores do sistema imunológico destas mulheres. Todavia, o aumento da gordura corporal foi positivamente associado à piora dos marcadores do sistema imunológico, das vitaminas e do perfil lipídico, sugerindo que pode ser necessária atenção com o aporte de antioxidantes em indivíduos obesos que iniciem a prática de atividades físicas.


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